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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Gente destas terras - 17

Manuel Marques Soares (gravura digitalizada do jornal «Valongo do Vouga»)
«Chama-se Manuel Marques Soares. É casado e criou um pequeno rancho de filhos. Tem já alguns netos. É sapateiro, foi operário fabril. É um bom chefe de família.
E neste modesto e pequeno curriculum falta-lhe um factor demasiadamente importante para alguns, senão mesmo para muitos Paroquianos de Valongo do Vouga: É sacristão da nossa igreja Paroquial desde o último domingo de Maio de 1951, por sinal, lembra-se ainda, era o dia 31. Foi-lhe feito o convite pelo então Pároco da Freguesia, já falecido, Padre Manuel Vieira de Oliveira. Substituiu (se assim se pode chamar) Cândido da Paz Corga e Porfírio Tavares da Silva que tinham organizado entre si o serviço que o sr. Manuel passou a desempenhar.
É assim, de forma simples, como o é o sr. Manuel, que se pretende assinalar uma efeméride de 40 anos de serviço em favor dos cristãos de Valongo do Vouga.»
Seguem-se outras considerações enaltecendo o exemplo e a dedicação, terminando o texto que escrevi naquela altura do seguinte modo:
«No passado dia 23 de Junho [de 1991], dia em que, por conveniência paroquial, se festejou o Padroeiro S. Pedro e se fez o «encerramento do ano de catequese», no final da Missa das 11 horas, foi entregue ao Sr. Manuel Marques Soares por um membro do Conselho Paroquial uma salva de prata a recordar os quarenta anos de dedicação à Paróquia.»
Tenho por aí algures recortes de uma reportagem a assinalar os 50 anos de sacristão que, entretanto, redigi e publicada no jornal local «Região de Águeda». Já depois disso, foi feita uma pública homenagem ao «Manuel Sacristão» no restaurante «O Canto», sendo já Pároco da Freguesia o Padre João Paulo Sarabando Marques.
Há pouco tempo foi vítima de doença cardíaca e encontra-se na sua residência, tendo evoluído favoravelmente o estado físico e de saúde. Porém, já não com a mesma facilidade e agilidade de antigamente, ainda se desloca até à igreja e quando necessário pega no comando e faz funcionar o sino. Aos domingos, às dez horas, não se «esquece» de ocupar um qualquer lugar e participa assiduamente na Liturgia.

Um exemplo de serviço

"Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos" (Mc 9,3)

No jornal «Valongo do Vouga», que continuamos a respigar e a revisitar, do mês de Julho-Agosto de 1991, escrevi sobre o sacristão da igreja de Valongo, Manuel Marques Soares, apenas o que se transcreve a seguir:

1 comentário:

pedro da gula disse...

justa homenagem
pedro da gula

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