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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Brumas da Memória - 35

1966 - Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.

Querida, minha querida
Chèrie, ma chèrie

Esta canção, apresentada e escrita com estes títulos, em português e francês, teria a ver com alguma música daquele tempo em que a letra encaixava. Na cronologia, aparece com o número 15, os intérpretes terão sido dois, um deles designado por Herr Leuman (em português), que seria apenas um pseudónimo, e outro Pires Reis (creio que é fácil de identificar), que a cantou em francês.
A correspondente digitalização fica por cá, não sem antes dizer que aquele pseudónimo cheira a alguma figura alemã, que se pretendia satirizar. Isto digo eu...
De qualquer forma o objectivo pretendido é recordar.

Casa do Povo de Valongo do Vouga - 26

O baluarte social da freguesia
 
Antes de se apresentarem factos da Assembleia Geral de Novembro de 1944, como antes citámos no número 25 desta série, devemos passar por um pequeno pormenor de idêntica sessão de 7 de Fevereiro de 1943, em cuja acta se pode ler:
 
Este foi o primeiro edifício-sede, entretanto remodelado
«A seguir o senhor presidente da Assembleia Geral fez várias e judiciosas considerações sobre a incontestável vantagem das Casas do Povo e do muito que há a esperar desta nobre Instituição no ambiente social, notando que, se maiores não são as vantagens que a nossa Casa do Povo vem proporcionando aos seus associados - e tantas são elas já - é porque não lho permitem os seus fracos recursos. Apela ainda para todos que possam fazê-lo darem o seu auxílio e boa vontade a esta Instituição, para que ela possa, num futuro próximo, ser o melhor baluarte do povo desta freguesia.»
 
Ainda não tinham decorrido dois anos após a fundação, Souza Baptista fez-se ouvir neste apelo em favor dos mais desprotegidos, já que, vivendo-se o apogeu da II Grande Guerra, as necessidades de bens essenciais eram muitas. Tal como agora, em moldes diferentes...
Idênticos apelos formulou nas sessões da Assembleia Geral de 30 de Janeiro de 1944 e 19 de Novembro de 1944. Viviam-se, certamente, situações de dificuldades extremas!
É que a Casa do Povo era a Segurança Social daquele tempo que, praticamente, não existia e era esta Instituição que, organizadamente, ia acudindo às situações mais aflitivas. E Souza Baptista debatia-se com esta pungente necessidade de ter com que minorar sofrimentos.
Mais adiante talvez se confirmem as suas comparticipações e de alguns dos seus pares.

terça-feira, 28 de maio de 2013

As Meninas Mascarenhas

O LIVRO LXI

Alguns locais pitorescos de Macinhata do Vouga
O funeral da desditosa menina Mascarenhas, fecha, quanto a nós, um doloroso e prolongado capítulo de peripécias, aventuras e desventuras, mas cumprindo-se o testamento do morgado de Sobreiro-Chão, que consistia em casar a filha mais velha com Joaquim Álvaro, abastado senhor de Aguieira, com o solar e quinta do mesmo nome. Mas a narrativa continua...
Quem acompanhou os folhetins que aqui temos postado, reparou, com toda a certeza, que o seu autor, o advogado José Joaquim da Silva Pinho, do lugar de Jafafe, freguesia de Macinhata do Vouga, foi um grande, fiel e dedicado amigo de Joaquim Álvaro, que o acompanhou em todos os lances aflitivos de um drama pungente.
Podemos até acrescentar, que não terá existido exemplo de maior amizade e dedicação muito conhecidos, principalmente naquela época, em cujos acontecimentos o Dr. José Joaquim da Silva Pinho, muitas vezes, colocou a sua própria vida em risco.
Ele mesmo escreveu que se tinha 'apaixonado' pela pessoa de Joaquim Álvaro e sentia prazer em mostrar-se paladino da sua causa. Eram dois amigos íntimos, dois companheiros constantes, quase irmãos. Mas tudo isto se dissolveu, naquele tempo como hoje, por causa da política. E o Dr. Pinho explica.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Junta de Freguesia na História - 97

- 23 de Junho de 1916 -
Guerra civil eminente!

Intitulamos este post propositadamente. Mas devo tranquilizar quem nos visita e lê, porque que nesta freguesia, em tempos que lá vão, não houve nenhuma guerra civil, mas foi eminente, penso eu!
É que na acta da sessão de 23 de Junho de 1916, tem registada uma ocorrência que transcende as mais básicas regras da decência, do respeito e até da legalidade, naquele tempo.
Antecipando-me um pouco ao que a seguir se transcreve, pode resumir-se numa pequena frase: Queriam roubar à freguesia de Valongo do Vouga um milhão de metros quadrados de terreno baldio!!! E não acham que o título devia ser mais contundente?
Passou-me pela cabeça comparar esta situação com a revolta de Águeda contra as minas das Talhadas...
Diz assim a acta: 
Ex-libris do Moutedo: igreja de
Santa Ana *

 
"Tendo a Câmara Municipal deste concelho afixado editais para a venda de terreno baldio desta freguesia, no limite do Moutedo, foi deliberado reclamar contra a referida venda, por serem considerados terrenos paroquiais os baldios desta freguesia e ainda por a venda daquele terreno - um milhão de metros quadrados - ir possivelmente prejudicar a lavoura dos lugares do Moutedo e Salgueiro. Esta reclamação foi logo ali assinada por toda a Junta e muitos proprietários e lavradores desta freguesia, que se achavam presentes."
 
E até, quanto a nós, parece que a manifestação escrita da Junta constante daquela acta, está demasiadamente macia e meiga, face ao descarado despudor que a Câmara estava para levar a efeito. E não era por menos de um milhão de metros quadrados! Além do Moutedo e Salgueiro, não é ali citada a localização dessa venda, mas, possivelmente, contribuiria para fazer desaparecer o lugar da Cadaveira, que, imagine-se, em 1916 como seria a vida daquela depauperada população.
Isto foi quase um abuso total da Câmara Municipal!!!
Não queriam mais nada, era?

* Santa Ana, de quem se sabe muito pouco pelas escrituras, era casada com São Joaquim. Este casal por sua vez, foram pais de Maria, avós de Jesus Cristo.

sábado, 25 de maio de 2013

Brumas da Memória - 34

1966 -Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.

Ainda faltam seis números para terminar esta série que, como se recorda, prometi apresentá-la de forma seguida.
Fica agora esta canção, que na ordenação do quadro sinóptico tinha o nº 14, era a 5ª do 2º acto, foi interpretada por Celeste Maria e a letra e música não é necessário repetir os seus autores. Foram os mesmos das anteriores.
O conteúdo é como se encontra na digitalização ao lado e o seu título: RECORDAR É SENTIR.
 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Casa do Povo de Valongo do Vouga - 25

Nos primórdios da fundação

Como já disse, os meus apontamentos carecem de alguma actualização. Servimo-nos deles porque também não estarão muito desviados da realidade histórica. Pequenos factos devem faltar.
Os primeiros sócios que constituíram a Mesa da Assembleia Geral, pelo que deixa antever a acta de 12 de Novembro de 1944, no período de 1942/1944, teriam sido Joaquim Soares de Souza Baptista, presidente e Manuel Gomes Correia Sereno, substituto.
 
Reprodução do painel, produzido na Fábrica do
Outeiro (Águeda), que simboliza toda a
actividade da Casa do Povo
Seguindo a cronologia, em 7 de Fevereiro de 1943, é realizada uma Assembleia Geral, na qual é aprovado o Relatório e Contas referente às actividades de seis meses de 1942.
Como é referido, em 12 de Novembro de 1944, pelas 16 horas, é realizada uma Assembleia Geral e um dos assuntos a tratar era a eleição do presidente da Mesa e vogal substituto, para o triénio de 1945/1947. Curiosa a forma como eram eleitos, a seguir descrita.
 
Presidiu à assembleia eleitoral (como era designada) o Dr. Augusto Gomes Tavares dos Santos, que morava ao tempo em Aguieira que, por sua vez, convidou para escrutinadores Urbano Valente e João Soares de Oliveira.
Parece que, de seguida, o sócio contribuinte João Martins Pereira propôs que fossem reconduzidos «os mesmos que actualmente vêm desempenhando aqueles cargos com muita distinção, senhor Joaquim Soares de Souza Baptista, presidente da Assembleia Geral e Manuel Gomes Correia Sereno, seu substituto.» Esta proposta foi aprovada por aclamação, ficando assim reconduzidos aqueles vogais da Mesa da Assembleia Geral para o triénio de 1945/1947.
 
Se estes foram reconduzidos é porque já desempenhavam aqueles cargos desde os meados de 1942. Confirma-se que Souza Baptista foi o primeiro Presidente da Mesa da Assembleia Geral, após a sua fundação. Porque não dispomos, no momento, de outros elementos, são de aceitar como credíveis estes factos.
O sistema de eleição tem outras curiosidades como depois se verá na acta da Assembleia Geral de 19/11/1944.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

As Meninas Mascarenhas

O Livro - LX
 
Ao fundo o solar da família Mascarenhas.
Em primeiro plano, à esquerda, a pequena
capela referida no texto.
D . Maria Mascarenhas, como era tratada e conhecida uma das Meninas Mascarenhas, acabava de falecer, como foi referido na página anterior sobre esta história.
Imagine-se o ambiente vivido pelos familiares que habitavam a casa do Cimo da Rua, principalmente da Casimirinha, a irmã e companheira da desditosa Maria Mascarenhas, que soltava gritos que se desfaziam em soluços e prantos de amargura.
Dizia o dr. Pinho que o funeral, para o qual foi encarregado de o organizar e dirigir, foi majestoso. «Quando o féretro, envolvido em seda e flores, saía do solar de Aguieira, a multidão gritava clamores e tinha nos olhos lágrimas que vinham do coração.», escreveu o dr. Pinho.
Isto aconteceu em princípio de Novembro de 1851, apenas tinham caído algumas chuvas e o solo estava a começar a ficar atapetado das folhas secas que desciam das árvores tocadas pelos ventos do Outono. Ainda não tinha nevado.
É feita uma descrição trágico-poética do tempo que fazia no dia do funeral, salientando-se até que «os sinos cantavam ao longe uma sonata terrível, fazendo ruídos de desolação e morte.»
O delicado corpo foi conduzido até à capela de Nossa Senhora das Necessidades, no Sobreiro, onde foi sepultado, envolto em rosas e jasmins, «junto ao vetusto palácio em que viveram numerosas gerações de homens e senhoras da boa raça dos Mascarenhas.»
Como é conhecido, aquele é um templo quase humilde, ficando ornado com a sepultura sagrada da mais velha das duas Meninas, tão bem nascida e criada, tão mal fadada da vida e do destino, escrevia o dr. Pinho.
Quem ali for, em romaria piedosa, pode ler sobre a campa de pedra branca a seguinte inscrição:
 
Pormenor mais próximo da capela de
Nossa Senhora das Necessidades.

AQUI JAZ
D. Maria Mascarenhas Bandeira Teles Mancelos Pacheco, que nasceu a 31 de Agosto de 1838 e faleceu a 7 de Novembro de 1851.

Anjo que a Deus pertencia
Pouco a terra habitou.
Nos céus tinha a pátria sua.
Para os céus alfim voou.
 
À sua memória consagra este padrão de eterna saudade seu marido bacharel Joaquim Álvaro Teles de Figueiredo Pacheco.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Brumas da Memória - 33

1966 -Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.


Mais um naco do espectáculo de 1966, nas instalações que serviram durante anos de área social desta empresa. Hoje, ficamos com uma canção que tinha o título COMO É GIRO VIVER que foi alinhada no programa com o n.º 13 (e por isso é que é giro viver). Fica, por recordação, a digitalização ao lado, não me cansando de avisar que é preciso clicar na imagem para aumentar e poder ver melhor. É só para lembrar.
Os autores foram os mesmo que temos referido, mas o intérprete apenas é identificado por José Carlos. A esta distância, não sabemos que José Carlos foi...

terça-feira, 21 de maio de 2013

Casa do Povo de Valongo do Vouga - 24

Episódios da fundação



Primitivo edifício da Casa do Povo,
talvez pouco depois de 1942.  São visíveis os degraus
de acesso ao salão de espectáculos e respectivas
portas de entrada, na berma da estrada .
Foto obtida no sentido norte-sul, já aqui 
reproduzida por cortesia do Filipe Vidal.
Como tinha dito na página que antecede, continuamos a apreciar factos relacionados com os primeiros passos da fundação da Casa do Povo de Valongo do Vouga.
Já constam por aqui episódios relacionados com esta história. Corremos o risco de repetição. É preferível correr esse risco e relembrá-los, que omitir as coisas que já são história.
Os meus apontamentos, incompletos, como se compreenderá, teve os seguintes passos:

1. - Em 15 de Fevereiro de 1942, houve uma sessão - digamos Assembleia Geral - da Comissão Organizadora, que também já foi referida nestas páginas. Germinava, nesta data, a fundação.

2. - Os termos de abertura do livro de actas da Assembleia Geral que, por sinal, está sem assinatura, estão datados de 19 de Abril de 1942.

3. - Ainda em 19 de Abril são apresentados, por leitura, os Estatutos, que foram aprovados, sendo ainda tratados os seguintes pontos da agenda:
- Eleitos os cidadãos que formaram a primeira Mesa da Assembleia Geral.
- Eleitos os primeiros elementos da Direcção da Casa do Povo.
- Aprovado o primeiro Orçamento, para o 2º semestre, pois no primeiro, como se percebe, não existia oficialmente.
 
4. - Em 7 de Fevereiro de 1943 foi aprovado o primeiro Relatório e Contas dos seis meses de actividade desenvolvida em 1942.

Proximamente apresentaremos respigos da Assembleia Geral realizada em 12 de Novembro de 1944, pelas 16 horas.
 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Casa do Povo de Valongo do Vouga - 23


História da fundação

 

1. - Estivemos aqui a verificar a lista das páginas publicadas e chegámos à conclusão que isto está muito mal organizado. Admira-se de ser eu a dizer isto? É verdade!
Numa dessas arrumações (como quando começamos a colocar os trastes a um canto com destino fatal para o lixo ou sucateiro). Neste caso, nem uma coisa, nem outra. O que está por cá, será para guardar até não sei quando...


Busto do Fundador, retirado
por precaução
2. - Entre alguns elementos de verificação e reorganização, ressaltam as páginas dedicadas à Casa do Povo (nem todas, porque muitas há dedicadas a outros temas ligados a esta Instituição da freguesia, que não sofreram qualquer mutação) e concluímos que temos por cá, no conjunto, com aquele título, vinte e três páginas a ela dedicadas. Se juntarmos outras que não têm aquele título, mas que se relacionam com a Casa do Povo, teremos muito mais de 30 páginas. E se tem tudo isto, é porque justifica a história que se foi construindo e que se pretende, com estes pouquinhos, relembrar.
 
3. - Para trás ficaram bastantes páginas com descrições, algumas inéditas, certamente, que vêm desde a fundação. Encontramos manuscritos nos nossos alfarrábios mais umas tantas curiosidades que não vamos deixar de partilhar. E a história que segue é muito ligada aos tempos da fundação, para a qual ainda se davam os primeiros passos.
Na página seguinte mostramos os elementos que estavam anotados nos ditos alfarrábios.

sábado, 18 de maio de 2013

Junta de Freguesia na História - 96

O dia braçal para o Toural

Já por aqui referimos, mais de uma vez, o que era o dia braçal. Correndo o risco de repetição, era o contributo de trabalho das populações que resultasse em benefício comum. Mais tarde este dia braçal foi substituído, para quem podia, pelo pagamento de uma taxa. É, por assim dizer, aquilo que hoje se designa por Serviço à Comunidade ou Serviço Comunitário.
Então, a acta da sessão da Junta de «Parochia», presidida, ao tempo, por Álvaro de Oliveira Bastos, de Arrancada do Vouga, realizada em 11 de Junho de 1916, dizia textualmente o que a seguir se transcreve:
 
«Tendo comparecido alguns habitantes do lugar do Toural a pedir para que a Junta cedesse o serviço braçal daquele lugar pra ser prestado na reparação dos caminhos do mesmo, foi deliberado ceder-lhe a prestação de um dia de serviço de carro de bois e dois dias do serviço braçal, podendo também, se assim o entenderem, reduzir o serviço com carro de bois em serviço pessoal correspondente, conforme a necessidade do mesmo serviço.»
 
Era assim, nos épicos anos de 1916, início do séc. XX. Já lá vai tanto tempo!!! E o lugar do Toural lá empoleirado em cima no planalto, sobranceiro admirando o Ualle Longum e parece que tão distante que era...
 

Brumas da Memória - 32

1966 - Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.


Florzita Viçosa


Com vista a cumprir o prometido - apresentar de seguida todo este espectáculo de 1966 - registamos mais  uma canção, que, socorrendo-nos do quadro sinóptico que a brochura impressa continha, foi interpretada pela Isabel de Castro (Maria Isabel Gomes de Castro) actualmente a residir em Oiã, com letra de Hernâni Gomes, como se tem acentuado e música de Manuel Morais, autor de todas.
A digitalização dessa canção está aqui ao lado.
Não se esqueça. Clique na imagem para aumentar.




 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A Internet e o Consumo

Prometido é devido
 
Imagem retirada da Internet (Google)

Dois post's antes deste escrevi, na noite de 14 para 15, uma história de trabalho de alguém da freguesia que anda sempre atrás de clientes para lhe comprarem os produtos que representa. Já vou dizer quem é.
Mas antes quero dizer também que tinha escrito, em jeito de brincadeira, que com aquele post e o vídeo que o acompanha, pela publicidade feita, iria obter algumas vantagens, nem que fosse... um sabonete.
E disse também que se acontecesse alguma coisa, vinha aqui e dava a conhecer.
Ora, como muitos sabem, a pessoa que esteve nos primórdios da representação da Amway, pelo que julgo saber, no concelho de Águeda, foi o José Augusto Martins, através de quem compramos produtos (alguns) daquela marca.
Ora, vai daí, o José Augusto, que anda sempre actualizado, viu no facebook aquela coisa, foi ao blogue, confirmou a situação e hoje, cerca das treze horas, aqui estava em casa a entregar um produto que já tinha sido comprado, mas não entregue (funciona sempre a mútua confiança), e, caso curioso, quando não atendemos pela porta, o José Augusto utiliza outro estratagema, para não perder tempo: um toque pelo telé-lé... abro a porta e ele dispara:
- Não trago o sabonete, mas tem aqui esta pasta de dentes... a melhor que se fabrica na Amway!!!

E a pequena embalagem da pasta de dentes cá ficou, para gastar a esfregar o que resta... deles...
Fico agradecido, José Augusto Martins, mas não abuso, porque senão era uma página diária e esgotava o teu stock num instante... com as vantagens só para um lado!!!!! Não estava certo!!!!!!

Mas se você, que está a ler isto, necessita de contactar o José Augusto, aqui tem: 96 022 49 06.

A Comunicação Social

A mudança 


Imagem retirada da Google
Não. Não aconteceu nada digno de registo para aqui vir substituir o que é a função da Comunicação Social. Nem tão pouco dissertar sobre este tema, que para tanto não tenho jeito.
Era só para chamar a atenção que na barra lateral deste modesto cantinho, modifiquei os links para aceder directamente e com facilidade aos vários órgãos de comunicação social escritos, que vai desde «A BOLA», passando pela «EURO NEWS», até aos tradicionais títulos e revistas, como é o caso da «VISÃO».
Penso que fica mais apelativo e identificável do que antes estava com o texto e os títulos.
E se lhe der na gana ir até lá espreitar o que contam, como eu fiz para testar as ligações, vai dar com notícias como estas, das quais destaco apenas os títulos:
 
VISÃO: - Diz saber como foi feita a eleição do Papa Francisco, antes do Conclave.
EXPRESSO: - Anuncia «Quando Portas escrevia que Cavaco merecia um estalo». Nem mais, nem menos, o título é este.
JORNAL DE NEGÓCIOS: - A Unilever JM (Jerónimo Martins) fecha unidade de Sacavém e integra os trabalhadores em Azóia. Eu comento; ao menos integrou os trabalhadores, senão lá ia a percentagem aumentar mais. Conheci a unidade de Azoia, no princípio dos anos 70, por onde andei a trabalhar numa fábrica que tinha, naquele tempo, a melhor organização administrativa e de recursos humanos. Designava-se «Fima», mais tarde «Lever», absorvida por Indústrias Lever Portuguesa, Lda.
O JOGO: - Noticia que o ladrão da família Mourinho, em Londres, já foi condenado 19 vezes. Este não fica com os créditos por mãos alheias...
O SOL: - Acaba de anunciar que o PS vai pedir a queda do governo na reunião do Conselho de Estado!!!!!!!!!!!!!!!!
JORNAL DE NOTICIAS: - Tem uma notícia de que a actriz Angelina Jolie pondera retirar também os ovários. Para além do impacto que esta actriz e a notícia estão a sofrer, não sei não como vai ficar a bonita actriz. Deus queira que fique bem. Mas a andar assim...
 
Ora espreite lá o novo look de alguns dos seus órgãos de comunicação social...
 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Internet e o Consumo

Deambulava por aqui, "navegando" neste mar de comunicação quando vi o vídeo que a seguir está incorporado.
Não tenho nada a ver com a Amway, salvo conhecer pessoas, algumas da freguesia, que se dedicam afincadamente à venda de produtos daquela marca norte-americana, cujo sistema vem desde os meados do século XX, concretamente desde 1959.
E o esquema continua a ser o mesmo - porta a porta, pessoa a pessoa, de boca em boca, passa a palavra.
Então qual o interesse em incluir aqui este vídeo? Porque tenho vantagens? Porque ganho alguma coisa? Nada disto. Apenas porque ao conhecer essas pessoas que procuram ganhar a vida, estou também, indirectamente, a ajudar.
Quanto aos produtos que vendem, garantem  que são os melhores. Sou cliente de uma delas, e sei que o afirmam com convicção, não tendo receio e assumindo plenamente esta afirmação. Comprovo com alguns produtos que consumo...
Sou um mentiroso! Não ganho nada, não é bem assim. Vamos lá a ver se ganho, ao menos, um sabonete!!!!!!!!... Tinha graça... Mas se isso acontecer, eu depois digo...


terça-feira, 14 de maio de 2013

Brumas da Memória - 31

1966 - Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.


Seguindo o quadro sinóptico de uma pequena brochura que foi impressa a propósito deste espectáculo, a canção que se segue - o espectáculo não foi constituído só por canções, mas a esse facto voltaremos quando chegarmos ao fim - tem por título Adeus Amor, era o nº 11 na ordem de apresentação. Foi interpretada por Francisco Rodrigues, sendo a letra, como nas anteriores e seguintes, da autoria de Hernâni Gomes.  E a música, como todas, da autoria de Manuel Morais.
Recorde a letra clicando na imagem ao lado digitalizada.


domingo, 12 de maio de 2013

As Meninas Mascarenhas

O LIVRO - LIX


O padre Fonseca que, recorde-se, morava no Beco, apresentou-se na Quinta do Cimo da Rua (como era designada, antigamente, a Quinta de Aguieira e assim citada, por aqui, várias vezes), sendo recebido pelo dr. Pinho. Este pô-lo ao corrente das suas ideias sobre o testamento que a moribunda esposa do futuro Visconde devia fazer.
O padre Fonseca, meditando, respondeu que ia primeiro ouvir a doente. E lá foi. O dr. Pinho seguiu-o até à entrada da porta do quarto vendo a cena que antes foi descrita.
 
Com esta foto pretende-se destacar a capela privativa
da Quinta de Aguieira, em primeiro plano, do lado direito.
Nela foram realizadas as exéquias fúnebres, antes de
ser organizado o funeral para o Sobreiro.
Quando o padre Fonseca se aproximou, D. Maria Mascarenhas recebeu-o com um sorriso e com palavras de agradecimento, como se transcreve:
"- O Sr. padre Fonseca! Como é admirável a sua dedicação e a sua generosidade!... A sua amizade não abandonou nunca a minha família. Recebi a sua bênção nupcial e vou receber as últimas consolações da nossa religião. O Sr. padre Fonseca aparece sempre, como os anjos protectores, nos momentos solenes. Agradecida! Agradecida!"
 
Diz o dr. Pinho que estas palavras foram pronunciadas em voz pausada...
Seguem-se algumas frases de um diálogo entre a doente e o padre José Fonseca, nomeadamente sobre seu marido, o Dr. Joaquim Álvaro, sobre o qual o padre Fonseca disse que é um homem que sofre mais que todos e espera as melhoras da esposa que adora, confiando na providência de Deus. Disse a doente:
 
-"Desejava que o Sr. padre Fonseca me aconselhasse. Já pedi ao Céu perdão para as minhas culpas, mas receio que, por minha morte, continuem as desavenças da minha família. Se essas desavenças se pudessem evitar!...
-" Não posso dizer a V. Ex.ª que os lastimosos conflitos entre a casa de Aguieira e a casa de Torredeita hão-de necessariamente terminar. Se dependesse de mim, haveria a paz e a harmonia nas duas nobres famílias.

Brumas da Memória - 30

1966 - Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.


GAROTA DE CALÇAS

Este número, que fazia parte do espectáculo de variedades realizado naquele ano, quando foram inauguradas as instalações dos serviços sociais daquela empresa, cujo edifício, ainda existente, está a ser transformado, de uma forma efectiva, para instalações que têm em vista o aspecto social da freguesia e respectivas populações, como, aliás, é do domínio público. E ainda bem que se enveredou por lhe dar um aproveitamento, criando melhores condições, para aquilo que é um dos bens essenciais da freguesia; a segurança e a tranquilidade das populações.
Este número das variedades abria a segunda parte do espectáculo, foi interpretado por Celeste Maria (desculpem, qual Celeste Maria?), com letra de Hernâni Gomes e música de Manuel Morais. Penso que a música era enquadrada no estilo usado na época, designado por Yé-Yé... uma moda que revolucionou as jovens e menos jovens, quando passaram a usar calças, em 1966!!! E hoje?
Aqui fica a digitalização, não esquecendo que para aumentar deve clicar na imagem...

sábado, 11 de maio de 2013

Junta de Freguesia na História - 95

O primeiro Código de Posturas


Rotunda e actual sede da Junta, na Póvoa do Espírito Santo,
o local geográfico mais central da freguesia.
As posturas da Junta de Freguesia, como se intitula, eram um código onde se inseriam as normas a que ficavam obrigados todos os paroquianos e era aplicada, exclusivamente, na área do território da freguesia.
Especificamente ali ficava, preto no branco, tudo o que, naquele tempo e num mundo rural, deviam obedecer certos comportamentos e acções, as multas (que hoje se convencionou designar por coimas, porque a palavra 'multa' parece ser relativamente violenta!), consagrando ainda diversos capítulos que iam desde os limites da freguesia, o que era o Património Paroquial, os terrenos indispensáveis ao logradouro comum (para disciplinar o que era o mato, a lenha, o gado em pastorícia, coradouros públicos e outros mais).
Já aqui fizemos referência ao primeiro Código de Posturas da Junta de Freguesia que conhecemos, datado de 1947, que teve como principal obreiro o prof. João Baptista Fernandes Vidal.
Desta feita vamos referir que a acta da sessão da Junta de Freguesia, realizada em 14 de Maio de 1916, já referia a existência de uma iniciativa do género.
Confirmamos com a redacção que consta naquela acta, do seguinte teor:
 
«E finalmente foi deliberado encarregar o secretário desta Junta de elaborar e apresentar um projecto de Posturas, visto a Comissão em tempo para isso nomeada nunca ter reunido e alguns dos seus membros se terem ausentado, estando assim impossibilitados de fazer nisso qualquer serviço.»
 
Vamos continuar a pesquisa, a fim de poder confirmar se o trabalho do secretário foi ou não realizado com êxito. O que não acreditamos é que as Posturas de 1947 tenham sido o resultado daquela decisão e trabalho de 1916! Deus nos valha!
Mas, quem sabe lá?!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Os nossos monumentos

Recorde e compare



Do que nos lembramos!
Não é nada especial, mas à primeira vista poderá fazer pensar um pouco, até pela denúncia que constituem uns sinais ali colocados e que fazem conhecer  claramente o local da freguesia.
Encontrei por aqui esta fotografia, que foi tirada há já alguns anos. E foi por isso que achei interessante. Verificar o que era, comparada com aquilo que, certamente, todos conhecemos.
O que acha? Um local muito diferente do que é agora? Ou nem tanto?
Acho bastante diferente do que é agora. Mas esta é a minha opinião.
Imagine como eram os outros locais das suas meninices e até de outros tempos mais antigos!
 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Brumas da Memória - 29

1966 - Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.


Ficam por aqui estes versos que correspondiam a mais uma canção do espectáculo realizado naquele ano. Esta tem por título a FÚRIA DO TOTOBOLA. Estávamos na época de grande euforia de um jogo social, que ainda vigora, mas sem a dinâmica e o entusiasmo que lhe era dedicado. Fica a digitalização que, recorda-se, pode clicar nela para melhor poder ler/recordar.
Segundo o quadro sinóptico, o intérprete foi Augusto G. Silva, o autor da letra desconhecido e a música de Manuel Morais.
 
 
 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Ditadura do Consenso

Uma Voz da Guiné

Foto obtida no Palácio do Governador,  em dia de render a guarda,
ano de 1964, agora completamente degradado, destruído.
Não é novidade para ninguém que tenho pela Guiné-Bissau uma grande afeição, diria mesmo, saudade. Era inevitável, decorridos todos estes anos, desde Julho de 1963.
Outros, como bons portugas que são, sentem o mesmo por alguns locais de Angola, Moçambique, S. Tomé, Cabo Verde, Macau e Timor.
Quase nos esquecemos daqueles (ainda bastantes) que vivem neste mundo de Deus, manifestando os mesmíssimos sentimentos por Goa, Damão e Diu. Quase todas as semanas contacto com um bravo companheiro, camarada, que esteve prisioneiro na Índia, e traz sempre consigo, no carro, um livro sobre aqueles tempos ali vividos. Escrito não sei por quem...
 
Porquê este longo introito?
Para dizer que na barra lateral deste blogue, ou lá como se chama (?), adicionei um muito falado e corajoso blogue, da autoria de um jornalista guineense, António Aly Silva, um independente, que luta sozinho pela justiça, pela paz e denuncia as arbitrariedades, prepotências e completo desrespeito para com o seu povo, o mais pobre do mundo, que, ainda hoje, passados mais de quarenta anos, os seus naturais manifestam alguma saudade no tempo de permanência dos militares portugueses e por aquilo que lhe proporcionavam, que hoje, aqueles que dizem ser autoridades, lhes negam na mais revoltante acepção da palavra. Ou seja, não lhes dão nada.
 
A Ditadura do Consenso é, no meio da «floresta guineense», a única voz que denuncia as injustiças, as corrupções financeiras, do narcotráfico em que «quiseram» que o país em quem mandam, com o poder das armas, se tornasse naquilo que é, a grande placa giratória donde irradia, para os mais variados locais do mundo, toda a droga que vai, inexoravelmente, destruir vidas e fazer encher os bolsos de outros, que pouco se preocupam com aquilo que, ao consumidor final, vai provocar.
 
Certamente que serei, a partir de agora, sinalizado... como compreendem. Porque o polvo é um «bicho» que ainda não está em extinção...
Recomendo vivamente uma visita àquele blogue, aqui ou na barra lateral

As Meninas Mascarenhas

O LIVRO - LVIII



Foi no interior deste edifício que se viveram as lancinantes e 
dramáticas cenas dos últimos momentos de vida de uma das
Meninas Mascarenhas. Fotografia já aqui postada
várias vezes.
Após a última postagem em Outubro de 2012, parece oportuno, para não dizer que se deve demonstrar um pouco mais de respeito para com os leitores, deixando mais alguma coisa a partir do momento em que a última página sobre este assunto ficou numa situação dolorosa pela perda eminente de D. Maria Mascarenhas. O dr. José Joaquim da Silva Pinho tinha sugerido que, perante o desenlace que se adivinhava, era prudente que a moribunda deixasse um testamento, ao que se opunha o dr. Joaquim Álvaro (futuro Visconde de Aguieira).
E deixamos a situação na frase com que terminou a acesa troca de impressões entre este e o dr. Pinho, quando lhe disse que não podia obedecer e que procederia como entendesse ser mais justo.
No ambiente de dor que se vivia naquele momento, Joaquim Álvaro já pouca atenção, nem ouvia o dr. Pinho, continuando no seu pranto de choro e lastimando-se verdadeiramente acabrunhado e infeliz.
Após o ter deixado só, chegam, entretanto, suas irmãs para lhe fazerem companhia e o dr. Pinho lá foi cuidar da realização da sua ideia, porque, dizia, «a ideia foi minha e ninguém a inspirou. Resolvi chamar a Aguieira o padre José da Fonseca, que vivia na povoação do Beco, que veio imediatamente. O padre Fonseca era o tipo do bom sacerdote cristão, grave, virtuoso, austero e digno.»

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Brumas da Memória - 28

1966 - Inauguração das instalações sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.


VALONGO À VISTA

 

Aqui fica por recordação mais um quadro do espectáculo que temos vindo a reproduzir. Com letra de Nelson Rachinhas e música de Manuel Morais, por título VALONGO À VISTA, teve como intérprete, José Carlos.
É provável que esta cantiga tivesse alguma conotação com a Revista de costumes regionais, composta por 2 actos, doze quadros e um prólogo, precisamente com aquele título. O seu conteúdo está digitalizado e se, como de costume, clicar na imagem, pode ler com facilidade.
 

sábado, 4 de maio de 2013

Brumas da Memória - 27

1966 - Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.


Continuamos a mostrar a quem por aqui passa, algumas imagens escritas ou digitalizadas, do espectáculo que assinalou a inauguração das instalações sociais daquela empresa, em 1966.
Fica uma digitalização, que vai poder ampliar, clicando na imagem.
Conforme quadro sinóptico a que temos feito referência, o intérprete foi Augusto G. Ferreira, a letra, como sempre, de Hernâni Gomes e a música (como sempre) de Manuel Morais.
Aqui fica a recordação...

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Brumas da Memória - 26

1966 - Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.


AS CRIADAS DE 1966

1ª Criada

Hoje a Criada Moderna                                             
Digitalização a partir do original
Para aumentar, clique na imagem
Sabe ter finura e tom...
Fina meia em bela perna
E tudo mais que é bom!

2ª Criada (acendendo um cigarro)

Fuma o belo cigarrinho
Mostrando grande altivez
Já põe rouge no beicinho
E sabe falar francês!

REFRAIN - Ambas

Somos criadas
Criadas finas
Muito esmeradas,
Muito ladinas,
Temos aos amos
Grande afeição,
Porém gostamos (bis)
Mais do patrão!...

               II

1ª Criada

Já largamos o abano,
A vassoura e o caruncho,
P´ra sentadas ao piano
Alanzoar um faduncho!

2ª Criada

E por este caminho,
Digo isto sem quimera,
Inda havemos de ir parar
Ao Retiro da Severa!

REFRAIN - Ambas
Etc....     Etc....

PARA BIS III

Somos meninas bonitas
Como outra qualquer fulana.
Já não namoramos guitas
Da Guarda Republicana!

2ª Criada

Temos dons, vestidos, galas,
Nosso viver não é pêco...
E trocamos os magalas
Por um lindo papo seco!...

REFRAIN - Ambas
Etc....      Etc....


Esta a transcrição completa do que estava escrito.
Segundo o quadro sinóptico das canções, as intérpretes foram Celeste M. e Isabel A., com letra de desconhecido e música de Manuel Morais.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Brumas da memória - 25

1966 - Inauguração dos  Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.

FOTO BOLA VALONGUENSE

Letra: - Nelson Rachinhas
Música: - Manuel Morais

Numa página de cada vez, vamos apresentar de forma seguida os vários números de que era composto o espectáculo que serviu para inaugurar estas instalações em 1966. Desta forma, poderão os eventuais interessados ter uma panorâmica mas abrangente e completa ao recordar o que foi este espectáculo, puramente amador, como se percebe. Hoje vai ficar por cá este número sobre futebol.
A propósito, convém recordar que a forma jocosa com que o saudoso Nelson Rachinhas colocou a tónica na letra, pois o Valonguense tinha sido fundado há poucos anos e dava os primeiros pontapés oficiais na bola das provas da Associação de Futebol de Aveiro. Tinha sido promovido à I Divisão Distrital e, na época seguinte, voltou à II Divisão Distrital. Creio que desta forma se percebe melhor o sentido e a interpretação da letra, que foi assim:
 
Disputei com galhardia
A 2ª Divisão
E quem é que nos diria
Símbolo da Associação Desportiva Valonguense
Que eu ali ficaria
Vice-campeão
 
Com tal lugar
Fui chamado a disputar
A Divisão superior
Mas o azar
Deu-me logo por lugar
O último e por favor
 
Nestas andanças da bola
Dei mil voltas à cachola
P'ra aquele lugar endossar
Mas por estranho que pareça
Ou aos outros aborreça
Ninguém com ele quis ficar
 
E assim com aflição
Estou a desesperar
Pois diz-me o coração
Que de novo a promoção
Terei de disputar
 
Foi escola para mim
Este belo campeonato
Oxalá que o fim
Que eu tenho dentro de mim
Seja para o ano um facto
 
Campeão eu vou ficar
Para o ano - sim senhor
Pois não há adversário
Que se faça autoritário
E se me consiga impor
 
Mas não quero terminar
Sem neste palco afirmar
De todo o meu coração;
Que nunca mais entrarei
Em coisas que nada sei
Para vos não enervar. (Bis)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Junta de Freguesia na história-94

Construção das escolas atrasada
 
No número 92 desta série admitia-se que a inauguração das escolas estava para breve. Porém, na acta da sessão de 9 de Abril de 1916, as coisas não correram como previsto e, ao que parece, teve de se protelar a situação com a prorrogação do prazo para o empreiteiro ter margem de tempo que, ao que se supõe, se justificava.
A acta daquela data, deixa registado este naco de prosa sobre o assunto das escolas primárias de Arrancada, que muitos de nós frequentámos.
 
«Tendo o empreiteiro de construção da primeira tarefa da Escola, ponderado a impossibilidade  da conclusão dos trabalhos da mesma no prazo estipulado, em virtude da grande invernia do mês de Março e consequentemente dos prejuízos que ali sofreu a pintura, que por se haver deteriorado teve de ser toda refeita novamente, razões estas que igualmente foram reconhecidas e provadas pelo técnico da mesma obra, foi deliberado prorrogar o prazo para a entrega provisória da dita obra até ao dia vinte e cinco do corrente mês de Abril.»
 
Fica deste modo retomado o fio da meada da história da construção da escola primária de Arrancada, que, esperamos, poder vir a encontrar a festa da sua inauguração.

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