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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

As farpas de Eça de Queiroz

Porque diversos motivos me impediram de estar aqui com a regularidade habitual, enviaram-me hoje o que deixo para apreciação dos visitantes. Eça de Queiroz e as suas farpas, ainda actuais segundo a óptica de muitos. Não tomamos posição perante essa dita óptica, mas a ironia com que é feita tem a sua graça e, talvez, a sua aplicabilidade.
Deixo esta curiosidade apenas como e para divertimento dos visitantes.
Até já...

domingo, 26 de setembro de 2010

Casa do Povo de Valongo do Vouga - 11

Creche Maria Sintz Baptista
Inauguração a 2 de Outubro de 2010


É já no próximo sábado, dia 2 de Outubro deste ano da graça de 2010, que a Casa do Povo vai inaugurar, com a presença da algumas individualidades, nomeadamente de um membro do governo e outras autoridades do Distrito e da região, a obra mais recente desta Instituição, denominada «Creche Maria Sintz Baptista»
Mais do que palavras, deixamos algumas fotos do edifício e do seu interior, ao qual foi feita uma visita guiada na passada sexta-feira. Ficámos deveres bem impressionados pelas modelares instalações, exteriores e interiores e, certamente, que nunca completas, mas com possibilidades de expansão se tudo decorrer como o previsto. Para já, vai arrancar talvez na primeira quinzena de Outubro.
A Creche recebe como patrona, o nome da esposa do grande benemérito que foi Joaquim Soares de Sousa Baptista. E os responsáveis da Casa do Povo continuam na senda do cumprimento do legado do seu fundador e doador, que é a acção social. Certamente que essa acção social está a ser cumprida, adaptada aos tempos actuais.
Aqui ficam umas «amostras» do que foi possível verificar.

Um aspecto do exterior, sendo de enaltecer que embora a entrada seja do lado da estrada, a parte frontal é a que fica direccionada para poente.

Estes são alguns dos lavatórios que estão instalados em várias dependências do edifício

Sanitários destinados aos utentes que vai albergar

Um aspecto nocturno do lado da estrada, mais para norte ou noroeste. 

sábado, 25 de setembro de 2010

As Meninas Mascarenhas

O LIVRO XXXI


Há quase um mês que não tínhamos voltado aos capítulos, adaptados, da história das Meninas Mascarenhas, cujo livro foi editado pelo jornal paroquial «Valongo do Vouga» de que era Director o Rev. Pe. António Ferreira Tavares. O último foi no dia 31 de Agosto findo. Ficamos no esconderijo que madame Mesnier tinha "montado" para poder salvar o Dr. Joaquim Álvaro, que tinha aguentado com três colchões às costas. E terminávamos a dizer que tinham batido à porta e que, certamente, era a polícia. E era...

*****

Não sabemos se a cama era idêntica ou não. Esta é do séc. XIX do blog Emule.com.br

Madame Mesnier tinha mandado abrir todas  as portas dos diversos compartimentos que o edifício possuía. Comandava esta patrulha o Dr. Resende, amigo dos Bandeiras, médico, de Aveiro e bastante conhecedor da família Pacheco Teles, de Aguieira. Aquela cidadã francesa acompanhou o chefe da patrulha policial na sua busca.
Viram tudo o que pretenderam e quando chegaram àquele compartimento, a senhora adiantou-se na informação e disse que aquele era o seu quarto de dormir. O Dr. Resende olhou apenas e não entrou, seguindo a pesquisa.
Mas, um pouco mais tarde, ao descer do andar superior e passando de novo à porta do quarto antes visto, o Resende, sem pedir licença e sem qualquer explicação à dona da casa, entrou e começou a remexer e a revistar o guarda-fatos, o sofá e debaixo da cama. A dona da casa assistia demonstrando aparente ar de indiferença, aguentando o que sentia rugir no seu peito.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O dia europeu...

... sem carros!

......
É verdade. Foi ontem, 4ª feira, dia 22 de Setembro deste ano de 2010. Eu esqueci-me, porque tinha a intenção de dizer aqui qualquer coisa. Como o dia já passou, não vou dizer o que se passou, mas dizer o que sinto, até pelo que vi em outros colegas blogueiros e bloguistas (qual será a palavra correcta? Não sei!)
Em alguns até vi fotografias, muito elucidativas, de que, tal como eu, também outros cidadãos deste país à beira-mar plantadinho se terão «esquecido» deste dia comemorativo, educativo e cívico.
É que, parece que sou um pouco surdo, pois não ouvi grandes parangonas noticiosas nos «midía» (foi assim que vi que se escrevia, por quem sabe, e não "média", como se diz por aí. Venha o diabo e escolha...).
Tenho a sensação que andou tudo muito calado. Até cá pelo burgo.
Foi sol de pouca dura ou entusiasmo que esmoreceu rapidamente. Em comparação com outros anos.
Como moro na aldeia, nem dei por isso, porque às vezes o trânsito é demasiado e outras vezes nem tanto...
Agora, os noticiários da Antena 1, que costumam de 15 em 15 minutos estar a dar «imagens» sonoras de como vai o trânsito, não terão acentuado a efeméride e parece também que noutros centros mais urbanos e populosos, muitos se terão «esquecido» de que em 22 de Setembro de 2010 era o Dia Europeu Sem Carros. Pronto. Passou.

Coisas e Loisas - 28

As vindimas Versus agricultura


Isto não é para dizer que não tenho mais nada para dizer... que raio de português inventei... percebem, não percebem? Mas as actividades extracurriculares que arranjei, fazem com que me sinta, cada vez mais, com menos tempo para andar por aqui. Percebem, não percebem?
Entre essas actividades, regorgitam por aí algumas azáfamas resultantes das vindimas. E lá ando eu...
Pode haver muitas necessidades de dar atenção a outras culturas. Mas a cultura do vinho, essa não falta, bem como as actividades subjacentes para que seja obtido o produto final, são uma constante azáfama de muita gente. Também tocou o meu telélé para que me envolvesse nesse trabalho. E não faz mal nenhum. Há, nestas actividades, como é tradição em muitas regiões do país, uma alegria e divertimento. O trabalho faz-se, e não custa nada... quase...
Na freguesia, a propósito, temos por esses campos fora, área e motivos mais que suficientes para que as culturas não sejam diversificadas, um pouco à vontade de cada um, mas um pequeno estudo dos solos poderia orientar os proprietários para um emparcelamento das suas propriedades e dar-lhes aquilo que podem produzir, todos juntos.
Que raio de coisa é esta? Onde é que eu já ouvi isto?
Foi tempo, agora histórico, que as culturas eram quase todas uniformes nas respectivas propriedades.
Até Sousa Baptista, com a sua visão futurista, fazia cursos de adaptação às plantações de cereais, fazendo experiências nas suas propriedades e depois aconselhava os agricultores (chamava-lhe lavradores) a optarem, segundo as características dos seus terrenos, por este ou aquele tipo de semente. Chegou até a dar a semente.
Era o que os campos de Valongo necessitavam... sim... mesmo agora!
O que rendem essas propriedades aos seus donos?
Só uma coisa: rendem a contribuição que todos os anos lhes é exigida!!!


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Coisas e Loisas - 27

Três milhões? Não é possível

D. António Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro


Os jornais noticiaram. No primeiro semestre deste ano venderam-se, em Portugal, 3 milhões de telemóveis, 3 milhões! Não pode ser. Se para muitos será hoje um meio de comunicação indispensável, para muitos outros talvez não seja isso que esteja em questão. Mas cada um é que governa ou não desgoverna a sua vida. E, sem dúvida, muitos deles serão dos mais modernos e sofisticados.
Na verdade, a gente no comboio e em viagem mais longa já não dispensa a conversa de negócios, as fofocas das senhoras com as suas amigas, a informação das gracinhas dos netos, e por aí adiante.
A gente vai-se perguntando como foi possível viver sem telemóvel. Uma vida estúpida, claro. Ainda bem que ele chegou. Ao menos assim aumentou a possibilidade de comunicar com toda a gente. Até é giro dentro de casa falar com a mãe por telemóvel ou serem chamados todos para a mesa através de SMS.
Não podemos é dizer que o país está em crise, que a pobreza aumenta, que isto já não tem remédio. A verdade, porém, é que há mesmo gente a passar fome...
Mas isto de saber distinguir o essencial do secundário, de ser capaz de ter menos para poder partilhar com quem não tem nada, é coisa de gente subdesenvolvida... A gente já nem sabe.


(In «Correio do Vouga» de 22 de Setembro de 2010)

domingo, 19 de setembro de 2010

Valongo do Vouga em séculos

A história a desaparecer


Dei-me conta de que a história de Valongo - e de outras terras que nos rodeiam, com algumas poucas excepções - sob o ponto de vista monumental, praticamente já não existe.
-Se excluirmos alguma coisa existente no Sobreiro...


-Logo a seguir umas casas em ruínas no Carreiro de Arrancada e até o centro do próprio lugar, onde o cruzeiro e algumas casas atestam algo de excepcional que por ali existiu, mas não tão antigo como nós desejaríamos que ainda fosse...



-O pelourinho já desaparecido do concelho de Brunhido, a atestar a autoridade ali existente, e a Casa da Audiência, que quase já não se percebe que tenha sido edifício público e ainda a rosácea da sua capela, bem como uma demolição recente de uma habitação do século XVII, salvo erro...












-E até, porque não, a Casa dos Talhos, com alguma arquitectura de outrora...


-A Veiga, com a sua capela, a informar que em tempos terá sido localidade com alguma importância humana e estratégica...


-Em Aguieira, uma casa demolida, que deixou de atestar alguma história e até a Quinta da Aguieira, que, sendo histórica, não confirma os séculos de existência desta área geográfica, e até o próprio cruzeiro...


-A Póvoa, com poucos vestígios, excepção feita ao palacete da Quinta do mesmo nome, mas que apenas só está a fazer quase cem anos!


-O lugar de Carvalhal da Portela, entreposto que servia, além de outras coisas para cobrar portagens, com algumas habitações degradadas e a pedirem substituição da história que tiveram...

-Lanheses (Lancheses, segundo uns), que não tem vestígios de qualquer lancha que ali aportava...


-Fermentões (Foromontanos) que existiu e existe agora só em conteúdos de Inquirições de reis e rainhas...


-Resta-nos a igreja, que ainda assim é um dos monumentos que atestam a existência destas terras de séculos...


-E ainda outras terras, que tendo sido bastante povoadas e férteis, mitigando fomes e, com as suas culturas, talvez evitando as pestes que desapareceram com as populações e dos vestígios que poderiam confirmá-las, mas já não existem, citando apenas Viade, Crastelo, até a Quintã em declínio, salvo se alguém restaurar tudo o que resta e transformar toda a área numa aprazível quinta, tão em moda.
-O lugar de Do Fernando (ou A-do-Fernando), onde nasceu o Prof. João Baptista Fernandes Vidal, e que já nem sei como se encontram as ruínas da capela de invocação de S. João Baptista.
-A Pedra Salgueira, que os mais antigos vão identificando o local, porque o conheceram. Mas mais nada lá está.
-O lugar do Ribeiro, onde ainda só se vêm os moinhos que paulatinamente vão sendo restaurados pelo sr. Anselmo de Miranda Pereira e, para o fazer, venceu burocracias, adquiriu toda aquela área de terreno e lá vai fazendo o seu trabalho, coisa que os poderes públicos não fizeram.


*****

Não estou a fazer um levantamento exaustivo das situações que já desapareceram, mas ao correr do teclado, a apontar aquilo que, em memória, vai passando pelo gravador e monitor das nossas imaginações.
Acresce ainda a ausência de literatura sobre a freguesia e algumas das suas particularidades...
Sei que talvez hajam mais coisas a apontar, que já existiram e agora nada resta que confirme que ali moraram pessoas, coisas e animais...
Havia vida... e tudo morreu...
Inexoravelmente, é o tempo...
E a incúria...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A Junta de Freguesia na história - 60

As fronteiras

É um pouco forte o título que dei a este caso. Mas na realidade, os limites das freguesias, são as suas fronteiras. E disso ninguém duvida.
É que a Junta de Freguesia denuncia essa situação na sua acta de 24 de Maio de 1914. E sem mais comentários, aqui vai o seu conteúdo àcerca dos baldios e  limites com a freguesia de Macinhata.

Apeadeiro de Carvalhal da Portela e, parado, o comboio do Vale do Vouga

«Não se tendo podido chegar a um acordo comum para a divisão dos baldios entre esta freguesia e a de Macinhata, na reunião que para isso tiveram, em dezassete deste mês, foi deliberado oficiar-lhe de novo pedindo uma conferência com esta em Carvalhal da Portela, para a qual deverão também ser convocados os homens mais antigos das duas freguesias e outras pessoas idóneas para ver se se chega a acordo.»

Duma coisa ficamos cientes. Carvalhal da Portela era a aldeia mais importante na Idade Média e passou a sê-lo também na Idade Contemporânea. Está na fronteira e como tal seria a sede das Conferências (inter) Nacionais cá do burgo. Ou seja, entroncamento de portas e portagens. Por isso, leva mais uma fotografia...

50º Aniversário

Associação Desportiva Valonguense


O VALONGUENSE COMPLETA 50 ANOS DE EXISTÊNCIA OFICIAL, COMO INSTITUIÇÃO DESPORTIVA, QUE REPRESENTA A FREGUESIA.
OS PRIMEIROS ESTATUTOS FORAM APROVADOS POR DESPACHO DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO NACIONAL DE 26 DE SETEMBRO DE 1960.

O QUE PRETENDO NÃO É SÓ REGISTAR ESTE FACTO, QUE O MERECE.
PRETENDO TAMBÉM PEDIR A TODOS OS VALONGUENSES DE BOA VONTADE (OU OUTRAS PESSOAS) QUE TENHAM ALGUMAS HISTÓRIAS GRAVADAS EM MEMÓRIA, OU ATÉ ALGUMAS FOTOGRAFIAS ANTIGAS OU OUTROS DOCUMENTOS, QUE FAÇAM O FAVOR DE ME CONTACTAR QUE EU VOU ATRÁS DELAS E DELES.

PARA O CONTACTO, UTILIZE O TELEFONE 234 647 301, OU, PARA QUEM TENHA INTERNET, O MAIL QUE ESTÁ NA BARRA LATERAL DESTE BLOGUE.

ESTE MATERIAL DESTINA-SE A SER UTILIZADO NUM PEQUENO LIVRO COMEMORATIVO QUE PRETENDE HISTORIAR A EVOLUÇÃO DO FUTEBOL DESDE A ANTIGUIDADE, PASSANDO PELOS PRIMÓRDIOS DO SEU «NASCIMENTO» NA FREGUESIA DE VALONGO DO VOUGA, ATÉ CHEGAR AO QUE É HOJE A ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA VALONGUENSE.
NÃO TENHA TRABALHO. CONTACTE-ME QUE EU TRATO DO RESTO. O MATERIAL QUE FOR CEDIDO SERÁ SEMPRE DEVOLVIDO AO SEU DONO.

ISTO NÃO É PARA MIM. NEM NINGUÉM ME PAGA. É PARA E DA FREGUESIA.
A FREGUESIA NECESSITA DE REGISTAR  LITERARIAMENTE A SUA HISTÓRIA E DAS SUAS INSTITUIÇÕES.

OBRIGADO.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nacos de história

O Palacete da Quinta da Póvoa

Seja-me permitido mais uma intromissão no jornal «Valongo do Vouga» de Novembro de 1983. É dele esta (má) digitalização. Mas dá para perceber que se trata do palacete da Quinta da Póvoa, mesmo no coração da freguesia.
Pela pena do sr. Elisio Fernandes de Oliveira, que, naquele periódico e enquanto vivo, ali manteve uma rubrica a que dava o nome «Da minha janela» e na qual contava coisas interessantes.

O Palacete da Quinta da Póvoa, após a sua construção

É dessa rubrica a fotografia daquele palacete e de alguns elementos históricos, donde os retiramos. O sr. Elísio Fernandes de Oliveira chegou, como tantos outros no século XIX e XX, a ir até ao Brasil. Lá a sua função era caixeiro (vendedor) de praça (na localidade). Percorreu todo o Rio de Janeiro. Mas por pouco tempo. A saúde obrigou-o a regressar.
Sobre o proprietário deste palacete - Leandro Augusto Martins - com quem manteve relações, foi um homem de sucesso em terras brasileiras. É quase contemporâneo de Sousa Baptista. Na sua freguesia, Leandro Martins mandou construir aquele palacete, com projecto do arquitecto João Gomes, de Alquerubim, e foi o sr. Manuel Tavares Corga, conhecido e competente construtor da nossa freguesia o responsável pela obra.
A construção foi iniciada em1de Setembro de 1916, com alicerces de mais de 4 metros de largura na base. A casa foi inaugurada em 8 de Setembro de 1925 e havia no seu interior magestosas festas de sociedade. Não havia, no tempo, energia eléctrica, mas Leandro Martins adquiriu um potente gerador que instalou em casa apropriada e anexa ao palacete, que produzia energia para a casa e para alimentar um rádio, quando ainda não se falava em rádios em 1925.
O seu último proprietário, sr. Augusto dos Santos Pereira, há pouco tempo falecido, adquiriu a Quinta, onde viveu e trabalhou os seus últimos anos após a aposentação. Hoje está na posse dos seus herdeiros. Deixamos este naco histórico, para os mais distraídos da nossa praça.


Valores destas Terras

Na nostalgia dos tempos

No habitual desfolhar do «Valongo do Vouga» de Julho de 1983, encontramos e recordamos a notícia de um valor destas terras.
A Drª Arlete já tinha obtido a licenciatura em medicina, no longínquo ano de 1975. Por isso este registo vem dizer às pessoas que mercê do trabalho foi mais além do que aquilo que era o curso de medicina.
Pretendeu valorizar-se e por isso após a licenciatura na Faculdade de Medicina do Porto, foi até à de Coimbra e ali, durante dois anos, especializou-se em Generalista, que incluía estágio nas áreas de psiquiatria, medicina interna, cirurgia, ortraumatologia, pediatria e saúde pública.
Nestas terras registamos o facto na nostalgia dos recuados tempos.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pessoas e factos

A caça desportiva dos anos 30 aos anos 60-séc. XX
Manuel Rachinhas e os companheiros

Temos falado  com alguma frequência e por diversos motivos do fenómeno da caça, no qual era «mestre» o homem de Aguieira, funcionário dos Correios, de nome Manuel Ferreira Rachinhas. Para desempenhar as suas tarefas, durante dezenas de anos, calcorreou as estradas, na altura pergiosas pelos assaltos e assassinatos que naquelas paragens inóspitas e isoladas se iam verificando de quando em vez, e ia desde Aguieira a Aguada de Cima. O local ponde onde passava era a então perigosa Gândara do Vale do Grou, hoje cheia de fábricas e outro tipo de instalações, sempre apinhadas de gente.
O sr. Manuel Rachinhas, calcorreava, todos os dias, aquelas perigosas e assustadoras estradas e percurso.
A propósito do sr. Manuel Ferreira Rachinhas e outros comparsas da caça, fui hoje premiado com três fotografias antigas que apenas pretendem «mostrar» um pouco dos tempos de caça, que se viviam naqueles tempos, de uma forma acentuada.
Este favor devo-o ao meu amigo António Rachinhas, filho daquele, que está a ultimar mais um livro, que considero curioso, porque investigou as origens de toda a família, indo encontrar alguns familiares no Brasil, onde já se deslocou em visita, de que já recebeu retribuição, que ao fim de dezenas de anos se reencontram.
Mas o António não está para ficar só por aqui. Tem em curso outras investigações. E nelas, até parece que
teve familiares clérigos colocados em funções eclesiásticas de preponderância.
Mas como nao estamos aqui para contar (mesmo um pouco) alguma coisa do que ainda se encontra envolto em trabalho de pesquisa e de confirmação, vamos mostrar, as fotografias, das quais o António teve a amabilidade de identificar a maioria de alguns personagens nelas inseridas. Vamos ver:

Uma jornada de caça, só com intervenientes da freguesia de Valongo, assim identificados:

De pé da esquerda para a direita:
1 - Não indentificado
2 - Raul Castelão (muito conhecido assim)
3 - Joaquim Adjuto (Joaquim Fernandes de Oliveira-Veiga)
4 - Manuel Adjuto (Manuel Fernandes Oliveira-Aguieira)
5 - António Paula (António Marques da Silva Paula-Aguieira)
6 - António Nunes de Melo, de Arrancada (nome completo por gentileza das autoras de http://apoesiadaisamar.blogspot.com/)
7 - Dr. Mário Pinho - Aguieira
8 - Manuel Rachinhas - Aguieira
9 - Herculano Bastos - Arrancada
10 - António da Laurinda (como era conhecido)

Sentados da esquerda para a direita:
1 - Dr. Augusto Santos, de Aguieira
2 - João de Bastos Xavier, Arrancada
3 - António Bastos Xavier (um pouco encoberto)


Lembrança de mais uma caçada,  que parece se ter desenrolado para os lados da serra da Lousã. Este grupo foi constituído talvez por caçadores de variadas proveniências. O sr. Manuel Rachinhas é perfeitamente identificável, no segundo lugar dos que estão de pé, a contar da esquerda e utilizando fardamento militar do tempo. Isto quer dizer que neste dia, proveniente de alguma folga militar, o sr. Manuel Rachinhas não esteve com meias medidas: vai mesmo à caça com a «vestimenta» militar.

Esta tertúlia de caça é constituída por pessoas do concelho de Águeda, que me foi identificada pelo António Rachinhas, alguns deles que foram meus conhecidos. Deste modo, a «farra» aconteceu em fins dos ano cinquenta, princípio dos anos sessenta, século XX, e nela estão:

Atrás em segundo plano, da esquerda para a direita:
1 - Não identificável
2 - Professor Gameiro
3 - Joaquim Adjuto (Joaquim Fernandes Oliveira, Veiga)
4 - Engº Miguel - Águeda
5 - Professor Bernardim

De frente, da esquerda para a direita:
1 - Manuel Pinto
2 - Jaime Barbeiro
3 - António Figueira
4 - Manuel Rachinhas
5 - Augusto Valente de Almeida
6 - Manuel Valentede Almeida, de pé ao lado do grupo.

De notar que a brincadeira do António Figueira era peculiar. Aqui lá está na farra, despejando espumante por cima do sr. Manuel Rachinhas. Era assim a convivência. E, para terminar, há uma particularidade que tem de ser evidenciada. Estes grupos de pessoas «construíam» e mantinham uma grande solidariedade entre si e cimentavam uma amizade indestrutível. Belos tempos, belos exemplos. Sem invejas... digo eu...

sábado, 11 de setembro de 2010

Coisas e Loisas - 26

Notícias de 1929-1930-1931


Estas notícias «captei-as» da Soberania do Povo do princípio do século XX. Com elas termino o périplo da sua apresentação. E estão assim ordenadas:

Soberania do Povo de 1/6/1929
- «O sr. Manuel Rachinhas, de Aguieira, é o caçador de maior vocação do concelho, o mais legítimo rival do velho dr. Jaime.»

Soberania do Povo de 13/9/1930
- Noticia o «nascimento de um filhinho do nosso querido amigo sr. Conde de Águeda. Cordeaes saudações.»

Soberania do Povo de 5/12/1931
- «Congratulamo-nos com a boa notícia, de ter brilhantemente concluído os seus estudos, o sr. José de Bastos Xavier, de Arrancada.»

*****

Estas notícias são todas da autoria do correspondente em Valongo do Vouga, com excepção da primeira, que está na secção desportiva da caça. Entretanto foi respeitada a redacção da época.

O mais célebre teólogo católico

Católico, hindu e budista

Chamava-se Raimon Panikkar, um dos maiores ícones da teologia católica e do diálogo inter-religioso, em 1954 foi à terra de seu pai, na Índia, como cristão, verificou que era hindu e regressou como budista. Faleceu em 26 de Agosto findo, em Barcelona - Espanha.
Mas leia a história completa que António Marujo desenvolve no «Público», clicando aqui

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Coisas e Loisas - 25

Para ler bem

Quando digo para se ler bem, é mesmo isso, porque parece que a notícia publicada no «Soberania do Povo», de 5 de Dezembro de 1931, da autoria do sr. António Magalhães que foi correspondente deste semanário durante dezenas de anos, bem como do Jornal «O Século», de Lisboa, com o título "Valongo do Vouga", entre outras que lá estão publicadas, esta merece um destaque interessante. Veja bem o contexto da notícia e concretize com a última frase. Engraçado este português, como costumamos dizer. A notícia é assim:


«Tendo esta freguesia quatro postos de recepção de leite, era de lamentar não haver na freguesia um touro de raça para produção, pois só Macinhata ou Pedaçães havia reprodutor. Agora o sr. Manuel Ferreira de Almeida, desta localidade, adquiriu um de raça turina e outro Mirandez, que muito beneficia nesta região os interessados.»

Não leve a mal. A linguagem e a redacção é que suscita a brincadeira...

Pessoas e factos

As caçadas em Cedrim

Pouco ou nada sei sobre este caso. Mas quem anda sempre atento, como não podia deixar de ser, carola destas coisas e outras, é o meu amigo Filipe.
O Filipe brindou-me hoje com uma foto (frente e verso) de um grupo de caçadores. A foto pertence ao seu avô, inspector Gomes dos Santos, que também foi um amante da actividade desportiva venatória.
Confesso que não sei se ele está nela ou não.
Não tenho a certeza se o sr. Manuel Ferreira Rachinhas, de Aguieira, também estará ou não no grupo desta caçada realizada em Cedrim, em 22 de Setembro de 1935. Mas parece-me ser o último da esquerda na segunda fila.
Ou até, inclusivamente, se estão outros famosos caçadores da nossa terra, como era o caso do Dr. Mário Pinho, seu filho Carlos Pinho, ambos falecidos e ainda outros, como o Joaquim do Adjuto, da Veiga, o dr. Augusto Santos, de Aguieira, Adjuto Fernandes de Oliveira, de Aguieira, homem que fornecia o material de caça na sua loja, naquele lugar e outros que não recordo o nome, até de outros lugares. Todos já não pertencem ao nosso convívio, mas criaram e constituíram uma tertúlia de peso no tempo.
Pela pronta resposta na colaboração do Filipe, que se regista, pela cedência da fotografia do sr. Manuel Rachinhas, que antes se refere, lembrei-me em postar estas fotos todas, ficando a do sr. Manuel Rachinhas no seu devido lugar e aqui as fotos do Filipe e mais uma que fui rebuscar para ilustrar inicialmente o post deste caçador, a qual é de origem brasileira, porque, como sempre, os brasileiros emprestam a tudo o seu pitoresco de graça.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pessoas e factos

Manuel Ferreira Rachinhas

Esta uma fotografia, do saudoso, para mim, Manuel Rachinhas, o célebre caçador, que foi sempre tema de conversa nas tertúlias venatórias do concelho de Águeda. Esta foto devo-a à simpatia e generosidade que seu filho António Martins Rachinhas me proporciona, logo que lhe telefonei a perguntar se, por ele, havia algum inconveniente em recordar estas coisas de seu pai. Não perguntei aos restantes filhos, é certo, o que devia ter feito. Mas pelo que conheço deles e da estima e consideração que, recíprocamente, mantemos, penso que nada impede que todos o recordemos. E gostaria de trazer aqui outras histórias dele, até uma que li na «Soberania do Povo» que, se recordo bem, tratava-se de uma aposta entre caçadores e a mesma tinha como prémio uma das raposas que o sr. Manuel criava em casa e termina essa história com uma frase bastante jocosa sobre a raposa. Se a memória não ma atraiçoa, lembro-me que o sr. Manuel chegava a apanhar raposas e depois criava-as em casa. Este acrescento foi postado após o conteúdo escrito a seguir, face à fotografia que gentilmente me foi cedida pelo António.

*****

Conheci o ti Manuel Rachinhas. Era exímio caçador, a ponto da sua fama se estender por todo o concelho. Era muito conceituado pelos seus comparsas do meio venatório. Como tenho informado, tenho andado de volta das páginas amarelecidas da Soberania do Povo. Lá existia uma secção de Desporto, que noticiava, sempre, factos relacionados com a caça, abrangendo todo o concelho. Não me é possível trasncrevê-los todos, mas constam por lá episódios interessantes passados nos anos de vinte e nove e trinta, séc. XX. Era assinado por Humberto, que não sei quem era. Mas há lá algumas referências ao sr. Manuel Ferreira Rachinhas, todas com muita piada, nas quais acabam por se incluir os seus colegas locais e não só. Por agora recordemos esta, publicada no número de 9 de Novembro de 1929:

«Mas nesta breve revista às tropas, queremos lembrar ainda o Paula e o dr. Augusto Santos, que continuam mantendo os seus créditos, embora o último tenha sido um pouco prejudicado pelo receio que tem de que o Rachinhas o alveje na sua insaciável fome de coelhos.
Os srs. não conhecem o M. Rachinhas de Aguieira?
Tenho a honra de o apresentar à malta venatória. É o Átila dos coelhos, caçando, além disso, raposas, texugos e toda a caça de altanaria.
No último domingo, ele e um seu companheiro, Joaquim Adjuto, mataram 12 coelhos em poucas horas - façanha que para ele é trivial.»

Recordamos este facto ligado a uma pessoa, que conheci, que se pode considerar histórico. 
Para os mais novos deixo, porém, uma pista familiar: sua esposa chamava-se Celeste Martins Nogueira e são seus filhos António Martins Rachinhas (Aguieira), José Carlos Martins Rachinhas (Cumeada), Manuel Augusto Martins Ferreira Rachinhas, já falecido (Covão), Cidália Martins Ferreira (Brunhido) e Joaquim César (Pedro) Martins Rachinhas, estrada Aguieira-Mourisca (Rua do Caminho de Ferreo-apeadeiro de Aguieira).


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pessoas e factos

Escola de Arrancada

Um introito para este apontamento.
Ando de volta de jornais velhos, da «velha» Soberania do Povo, em pesquisa de elementos para um trabalho que será divulgado a seu tempo. Quem já fez este trabalho de pesquisa, sabe que acaba por perder mais tempo a ler alguns factos passados e encontra-os mais rapidamente que aqueles que pretende tratar.
Está a acontecer-me isso também. Já aqui fiz referência a uma destas situações anteriores. Por isso, deixo aqui mais uma dessas notícias que respeita a um ilustre conterrâneo. O tíltulo é mesmo aquele: «Escola de Arrancada». Isto está no número da Soberania do Povo de 8 de Fevereiro de 1930.

«Por haver sido o concorrente mais classificado (com 19 valores e 6 notas de bom serviço) foi nomeado professor da escola de Arrancada, sua terra e importante povoação do nosso concelho, o sr. Arménio Gomes dos Santos que dirigia a escola de Segadães e que é um dos mais distintos professores primários deste distrito.
O sr. Arménio Gomes dos Santos é diplomado da antiga Escola Normal de Aveiro. As nossas felicitações muito sinceras.»

A seguir, no número de 22 de Fevereiro de 1930, aparece outro apontamento, este já da responsabilidade do correspondente, quando a primeira notícia era da redacção daquele semanário.

«Em primeiro lugar cumpre-nos felicitar o nosso insígne colaborador Mário Vouga por ficar junto de nós exercendo as suas funções profissionais, exaltando assim o nome da nossa Terra.»

Há aqui um pormenor que interessa explorar. O Inspector Gomes dos Santos era assíduo colaborador da Soberania. Por esta pequena intervenção, fica-se a saber que usava o pseudónimo de «Mário Vouga». Se isto não estiver correcto, haja alguém que nos corrija.
E mais adiante, diz ainda o correspondente da Soberania do Povo, no número de 13 de Setembro de 1930.

«Já tomou posse da cadeira que lhe pertence numa das escolas de Arrancada, o nosso prezado amigo sr. Arménio Gomes dos Santos.»

Penso que são recordações já históricas e de quem fez história na sua freguesia. E que registo com agrado, para conhecimento dos mais jovens. Esta terra sempre foi rica de valores. E este é um deles. Não enalteço por outras razões que não sejam só, e exclusivamente, estas. Havemos de trazer outras curiosidades, já esquecidas na sua maior parte.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Notícias históricas

Obras em Valongo em 1929

Será interessante referir as notícias de antigamente, como se redigiam, como eram colocadas jornalisticamente, como eram descritas e outras coisas a que já não estamos habituados, porque a evolução da comunicação social foi acelerada e bastante acentuada.
No semanário local mais antigo do país, «Soberania do Povo» de 9 de Novembro de 1929, estava publicada esta notícia, oriunda da freguesia de Valongo do Vouga, com uma novidade e curiosidade, que vamos ver a seguir:

Ao fundo do foto, onde atravessa a passagem de nível, do lado direito, fica a ponte sobre o Marnel, onde foi encontrado o anel que o Sr. Magalhães refere. Era aqui que se planeava a estação da CP

«As obras da ponte de Valongo estão muito adiantadas, e espera-se que esta semana sjam fechados os  arcos.
Quando das escavações feitas no leito do rio para a contsrução dos pegões, achou o Sr. Joaquim Simões Gomes, a uma grande profundiade, um grosso anel de ouro. Este feliz achado está isento de ser reclamado por quem o perdeu.
S.de M.»

*****

Convém incluir aqui um esclarecimento. Por um lado que ponte é que estava a ser construída? Verificamos pelas notícias anteriores e até posteriores, e pelo que sobre a Junta de Freguesia na história a que nos temos referido, a ponte em construção era aquela que está sobre o Marnel, no Outeiro, junto à actual cabine eléctrica, na junção da ribeira de Aguieira e do rio Marnel, que ali têm a sua confluência e que dá acesso ao actual apeadeiro da CP. Essa ponte, dizia-se naquela altura, era de primordial importância, pela hiótese da existência de uma estação onde hoje está o apeadeiro de Valongo e ser possível, por ali, escoar mercadorias de uma zona com grande movimento comercial e industrial. A ponte foi feita, mas a estação nunca foi edificada e até concedida.
Esta notícia foi redigida e assinada com duas letras, de S.e M.. Para quem chegou a relacionar-se com esta pessoa de prestígio que existiu na freguesia, era António Rosa Silva e Magalhães, residente em Fermentões, que além da Soberania, foi também correspondente do jornal «O Século». Daí as siglas S. e M.
Na Soberania de 1929 e 1930, encontramos muitos comentários e outras notícias com características proprias da época, que gostaríamos de apresentar aqui.
Mas as pesquisas que fazemos naquele centenário semanário são outras, pelo que aquelas temos de as guardar para outros momentos.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nacos de história

Carvalhal da Portela

Aspecto parcial do lugar (nova-urbanização do lado sul, junto da estrada Valongo-Macinhata)

Já tinha lido que em tempos imemoriais as condições de vida das populações obrigavam à existência das estruturas então possíveis e, para o seu funcionamento, tal como hoje, existia a obrigatoriedade em pagar taxas, impostos ou, com outros nomes, o que designamos de forma corrente, como portagens.
Também já li que essas portagens existiam principalmente nas vias de comunicação fluvial, noutros casos até para atravessar pontes ou outros locais. Havia uma portagem para os barcos que subiam o rio Vouga e aportavam junto a esta localidade, na ponte que foi há vários anos substituída, por não comportar o tráfego e a segurança.
Quer dizer que as portagens que tanto nos incomodam na actualidade, já existiam há largas centenas de anos, ou mais. Não sei mais que isto.
Vem a propósito dizer que o meu livro de leitura actual é «A Vila de Valongo do Vouga» do meu conterrâneo e amigo António Martins Rachinhas, lançado em 17 de Julho passado.
Não venho fazer apreciações de índole literária ou histórica (esta a principal materia que ali está compilada), porque não tenho preparação para isso, mas apenas realçar um naco de história àcerca de algumas terras, enaltecendo, agora, o lugar de Carvalhal da Portela, porque, como vamos ver a seguir, terá sido um entreposto de certa importância, pelo que, a páginas 35, o referido autor diz assim no seu livro:

«Segundo é referido no livro "A Terra do Vouga nos Séculos IX a XIV", do Dr. Delfim Bismark Ferreira, no capítulo referente a Portos, Portelas e Portagens, havia em 1325 no lugar de Carvalhal da Portela, uma dessas instituições, que assumiam um destacado papel na referenciação dos mais importantes pontos de passagem, caminhos e estradas que cruzavam o território. Estes locais estavam em ligação com tráfego e comércio fluviais e com a cobrança de portagens.»

Esta era a antiga estrada, na altura sem pavimentação, que ligava ao lugar de Vouga e Macinhata

Envereda, depois, por uma referência à freguesia de Valongo do Vouga, que havemos também de trazer aqui, porquanto está exposta numa linguagem que, certamente, não deixa margem para dúvidas. Então, um dia destes, aqui voltaremos com a dita referência à freguesia de Valongo, passe a redundancia. É apenas a confirmação do que, por variadas razões e em diversos locais (às vezes por conveniência), se tem propalado por aí e em outros lados...
Mas é interessante e curioso!

sábado, 4 de setembro de 2010

Valores destas Terras

A nostalgia dos tempos

Penso que muitos o conhecerão, pelo que me parece desncecessário fazer apresentações. Porém, se forem necessárias, elas estão aqui ao lado, digitalizadas na medida do possível e do saber.
Não seria muito difícil falar do Vítor. Mas também sei que ele é avesso a parangonas monossilábicas ou polissilábicas, por isso fico por aqui...
Mas não deixarei de evidenciar que foi a trabalhar e a estudar que o Vítor, quer pessoalmente, quer profissionalmente chegou onde chegou e se realizou. E digo isto com certa evidência e para demonstrar que a vontade ainda é uma grande alavanca da vida de todos e de cada um.
A sua licenciatura em engenharia electrotécnica foi obtida em Maio de 1982, como, aliás, a digitalização refere.
É com satisfação que incluo aqui este valor da freguesia, companheiro de muitas brincadeiras e actividades. Não o referi, mas ainda estamos a tempo, que esta publicação está no jornal «Valongo do Vouga» de Julho de 1982. Já lá vão uns anitos... porque entretanto, outros valores despontaram, com outros horizontes e competências. Que nada desmerecem destas que aqui temos apresentado.
É preciso perceber que só estamos a recordar!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A Junta de Freguesia na história - 59

Escolas em Brunhido

Resolvido o problema das escolas de Brunhido (provisoriamente), houve que avançar na construção de edifício adequado (pelo menos ao tempo) e penso que este terá sido o primeiro a servir de escola para o norte da freguesia. Este edifício, como muitos se lembrarão, está em Valongo do Vouga. Provavelmente já não como o inicial.

Na acta da sessão da Junta de Freguesia de 24 de Maio de 1914, entre outros assuntos já por aqui publicados, existe ainda um, que pode levar a conslusões surpreendentes, ou talvez nem tanto.
Temos falado muito no que as actas dizem sobre as Escolas Primárias de Arrancada, que, naquele tempo, se insistia chamar-se «Casa de Escola», como, aliás, temos transcrito escrupulosamente.
O que a seguir vamos reproduzir da acta daquela sessão, leva a crer que na parte norte da freguesia não havia escolas. E antes de encontrarmos a hipotética resposta, que confirme a situação, é caso para perguntar: Como é que as crianças, que frequentavam a escola - ao tempo o ensino, parece, não seria obrigatório - em Arrancada e como é que se deslocavam até esta localidade? A pergunta é feita em termos actuais, pois, mesmo em Arrancada, se eu pretendesse frequentar a escola, ia a pé, com chuva, frio, vento, calor - fosse o que fosse.
Ora a redacção do que segue, transplanta para esta conclusão simples: não havia salas ou escola a funcionar no norte da freguesia, pelo menos em 1914, como hoje conhecemos, por exemplo, as Escolas de Valongo. As primeiras instalações para a escola desta zona geográfica da freguesia, terão sido em Brunhido. Por isso, a disponibilidade altruista de um cidadão que, ao que parece, residiria naquele lugar. Mas melhor que as considerações, talvez com algumas lacunas, fala a realidade constante da redacção da acta daquela época, deste modo:

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dar gosto ao ouvido!

Não sei se já passei por aqui esta famosa obra, que tem muitas versões e que podem ser «apanhadas» com facilidade do you tube.
Escolhi esta versão. Podem existir outras melhores.
De qualquer forma fica esta, para soar bem ao ouvido, como outra versão qualquer o faria. Até os nossos grupos corais da região têm e apresentam esta peça divinal.
Para quem gosta....
Eu gosto...

Valores destas Terras

A nostalgia do tempo


Hoje trazemos mais uma digitalização retirada do jornal «Valongo do Vouga» de Outubro de 1982, no qual era dada a notícia da licenciatura obtida na Universidade do Porto, na especialidade de engenharia química.
Agora alguns interrogam-se: mas quem será este jovem engenheiro? Pois é. Nós esclarecemos. É de Aguieira, e se houver atenção ao nome dos pais, que na notícia estão identificados, certamente que todos chegarão a lembrar-se deste jovem engenheiro, de 1982.
O João Manuel sempre viveu a tendência do trabalho e da competência, pelo que hoje, e desde aquele ano, que se dedicou a uma promissora e competente carreira empresarial.
Era esta a sua «inclinação». E antes assim inclinado... como dizia a minha avó, «está-lhe no sangue».
Soube o João trabalhar, começando na Cortal, correr riscos no percurso da sua vida, para alcançar o lugar que hoje disfruta a nível nacional... e não só!
Passando à brincadeira. Não ganhamos nada com isto... porque dizemos a verdade...
E os bons exemplos são de divulgar, a fim de que possam ser seguidos! Pois, então?

Coisas e Loisas - 24

O Palacete de Vilar de Besteiros


Este apontamento justifica uma introdução.
No dia 20 de Agosto passado, publiquei dois apontamentos relacionados com os factos, que estão em livro, ao qual foi dado o título de «As Meninas Mascarenhas».
Penso não ser necessário repetir agora que a edição foi do Jornal «Valongo do Vouga» - Abril de 1984 - quem nele esteve envolvido, etc..
O que importa agora salientar e colocar em evidência é a forma desinteressada como algumas pessoas, que gostam disto e da nossa vila, colaboram desinteressadamente. Coloco neste lugar o meu amigo Filipe Vidal.
Estava eu a iniciar a colocação de alguma coisa no blogue, quando ouço um sinal sonoro indicativo que tinha chegado uma mensagem. Imediatamente fui ver e qual não foi o meu espanto que encontro ali duas fotografias, tiradas este fim-de-semana, pelo meu amigo Filipe, que se deu ao trabalho de passar por Vilar de Besteiros e fotografar o palacete onde residiu a família Bandeira da Gama, mãe e tios de ambas as meninas que foram causa e efeito desta história interessante e apaixonante para a época. As Meninas Mascarenhas.
Se bem pensei, melhor o vou fazer. Colocar aqui as duas fotografias dos apontamentos que publiquei em 20/8, e as fotografias agora enviadas pelo Filipe Vidal e, por elas, constatar o estado em que se encontrava aquela moradia histórica, e, após a recuperação feita, creio, pela Câmara Municipal de Tondela. A diferença é muita e o palacete é espantoso!






Estas duas fotografias finais, foram obtidas agora pelo Filipe Vidal. As duas primeiras já constam neste blogue e foram obtidas do site da EB1 de Vilar de Besteiros em:
http://www.eb1-vilar-besteiros-tondela.rcts.pt/index.htm

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