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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Como era a escola nos séc. XIX e princípio de XX

O CASAMENTO DAS PROFESSORAS

Um nosso muito prezado amigo enviou-nos uma aceitável remessa de documentos relacionados com a actividade escolar dos tempos áureos, que vamos postando por aqui, pelas curiosidades que contêm e pelas, diríamos, aberrantes condições IMPOSTAS com completa falta de respeito pelas liberdades individuais. Frase feita, que muito se ouve... mas verdadeira...
Sabíamos disto. Mas este documento veio recordar-nos, ao que podemos chamar, as aberrações de tais imposições. É natural que, sem se compreender, houvesse a intenção de dignificar e valorizar as funções do professor(a). Conhecemos as regras e o respeito que nos mereciam os professores(as). Mas chegar a este ponto que o documento transcrito deixa registado, não será de todo compreensível e aceitável.
Valha-nos a santa paciência de um tempo, de uma época, de uma (in) cultura.

Há quem se recorde da capa deste LIVRO DE LEITURA DA 3ª CLASSE! Cheguei a usá-lo...
  

domingo, 5 de novembro de 2017

Coisas e Loisas - 44

Vamos recordar!...

Vamos ou estamos a recordar os antigos anos de 1930, com as notícias que redigia e publicava António Magalhães, no semanário mais antigo de Portugal, «Soberania do Povo»...
É natural que estas tenham sido incluídas  no livro que lhe dedicámos, editado pela Junta de Freguesia.
Se alguém não teve acesso ao livro, que fique com esta parcela de quem escreveu, de forma quase semanal, durante quarenta e três anos para aquele periódico.
Não se requerem mais comentários, porque a notícia não carece deles.
Há cerca de oitenta e sete anos que a tragédia foi descrita por aquele Valonguense. Mas esta não foi única e com os mesmos contornos outras sucederam. Uma delas, foi por nós presenciada, após a tragédia, ali para os lados da Boiça (Aguieira). Finais anos 50, séc. XX, se não erramos.
Note-se a forma como  António Magalhães fazia a introdução da notícia de uma desgraça, além de outros termos muito usados no início do século XX: «Deu-se nesta ridente freguesia uma tristíssima tragédia, que a todos consternou.» E não era para menos!
Leia...

Digitalizado da Soberania do Povo, de 25 de Outubro de 1930

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Gente destas Terras - 51

Notícias de 1931

Soberania do Povo, 31 Janeiro 1931 (clique na imagem)

O que se regista antes faz lembrar o velho aforismo: «PRIMEIRO, ESTRANHA-SE; DEPOIS ENTRANHA-SE».
A propósito das notícias antigas, algumas das quais não provocam qualquer espanto, outras porém podem fazer lembrar coisas de que já nos tínhamos esquecido ou, a propósito delas outras podem alertar a reminiscências dos neurónios e trazerem à tona mais uma ou outra «lembradura». É o caso da digitalização que aqui se deixa. Rebuscada da «Soberania do Povo», que nos permite recuperar estes estados de alma!!!
Veja se os seus olhos conseguem traduzir para uma imagem as palavras escritas em 26 de Janeiro de 1931 e publicadas no número de 31 de Janeiro deste ano, tendo sido autor António Rosa da Silva Magalhães.



sexta-feira, 14 de julho de 2017

Coisas da Guiné - 41

A minha vida andou para trás! 
14 de Julho de 1963


António Silva, José Ferreira e Augusto Silva, em Bissau
Com efeito não me parece que se adapte melhor título sobre o que a seguir se descreve. E há tantos que não sentem a mínima vontade de recordar factos como este, que, ao mesmo tempo, e posteriormente, por eles passaram. Na realidade faz hoje 54 anos - foi a 14 de Julho de 1963 - que após consultar a minha caderneta militar - não vá esquecer-me (o que não seria nada mau, sinal que não teria ido para os trópicos), embarquei em Lisboa com destino à Guiné, fazendo parte da CCaç. 462, desembarcando em Bissau em 21 de Julho...
Primeiro impacto após o desembarque: o calor e o suor (pela humidade) que incomodava violentamente. Segundo impacto, que ainda retenho, o modo de vida de uma população que, concluí mais tarde, eram os militares que minimizavam alguma coisa do que faltava para a sua sobrevivência.E ainda as salas da escola primária de «Teixeira Pinto», logo à saída de Bissau, que nos deu guarida enquanto a logística se reorganizava. Escassos oito dias depois, lá fomos recambiados para o mato (Ingoré, mesmo juntinho da fronteira com o Senegal, onde cheguei a entrar. Mas isto é outra história que já aqui contada). A escassas dezenas de quilómetros de Bissau (agora não sei, mas para aí cerca de 90 Kms), foi aguentar a deslocação com o calor e a dita humidade, que nos fazia suar as estopinhas, durante quase um dia inteiro!
Falta de comunicações terrestres, atravessar rios larguíssimos - quando a maré estava alta - sem pontes (hoje já há, financiadas pela União Europeia) e que eram atravessados com ligeiras barcaças que se cognominavam de «Jangadas», onde cabia tudo: veículos, pessoal militar, civil, animais, enfim uma democracia total!
Chegados ao local, sem preparação prévia alguma, foi uma desilusão. Não tínhamos nada. Logo no dia seguinte, com o tal calor, foi trabalhar para obtermos o mínimo de condições.
Diz depois a dita caderneta militar: «1965 - Embarcou em Bissau de regresso à Metrópole a 7 de Agosto, desde quando deixa de contar 100% de aumento no tempo de serviço. Desembarcou em Lisboa em 14 do mesmo mês.» Nesta data já passei por baixo da ponte «Salazar», renomeada, como sabemos, «Ponte 25 de Abril», que estava na sua fase final de construção.
'Turista na Guiné, frente ao Hospital Militar, berma da estrada
 de acesso ao aeroporto
Anos mais tarde, memorizei que naquela localidade de Ingoré estiveram Armando Santos, Manuel  da Silva Ferreira Martins (recentemente falecido) e Manuel Coelho de Pinho. Entre outros que de momento não recordo. Cheguei a encontrar Fernando Gomes de Oliveira (radio-montador), que estava no Quartel General, cuja foto já aqui deixei e ainda dois camaradas que estavam no Hospital Militar e que estão na foto abaixo: O António Silva, hoje morador na Alagoa (Águeda), onde casou, filho do sr. Anarolindo da Silva, de Arrancada, que todos conheceram e o Augusto Domingues da Silva, meu companheiro de trabalho na fábrica Amaro, Lda., que apoiava os médicos nas intervenções cirúrgicas do Hospital Militar em Bissau. O António, também no Hospital, foi o responsável pelo refeitório dos doentes. Foi o meu "hotel" durante 30 dias de férias em Bissau.

«Troféu de guerra»
  
Local: Bula. Dinheiro nos ombros, nos braços, nas mãos 
e nos bolsos que, nestes, não se vê. Mas era dinheiro 
em circulação na Guiné. Hoje, coisa rara, andamos todos 
à procura e não se encontra!





sábado, 8 de julho de 2017

Vinho da Quinta de Aguieira

Os revendedores de vinhos em 1929

Sobre o preço dos vinhos engarrafados, de que o da Quinta de Aguieira já tinha fama em 1929, deixamos a digitalização, como sempre, da «Soberania do Povo», (de 7/9/1929) contando a história do preço de uma garrafa de vinho, a que o «Jornal de Notícias» tinha dado relevo, com as apreciações adequadas naquele longínquo tempo de há quase cem anos.
Veja como se arranjavam os revendedores com a prática dos preços.
Afinal, hoje em dia também se pratica, aqui e ali, o estratagema, donde não admira os epítetos que já naquele tempo o país e a população era adjectivada.
E dizem que a história não se repete!!!












quinta-feira, 6 de julho de 2017

Palavras loucas - Inspector Gomes dos Santos - 2

Antigo largo do Cruzeiro de Arrancada

Viagem à roda de Arrancada...
...ou Viagem à roda do meu quarto!
...ou como as coisas se modificaram...
...ou se não fosse um benemérito!


É bastante interessante quando, baseado num idêntico escrito de um célebre autor francês, o inspector Gomes dos Santos enaltece a sua Terra, pela amostra que nos dá sobre o progresso sentido numa época. Comparando com a actualidade, parece que as coisas não terão mantido o mesmo ritmo daquele que, em 1929, aquele ilustre Valonguense demonstra. Teremos de aceitar que as coisas podem ser mesmo assim.
Mas melhor que outras considerações, parece ser mais interessante apreciar a imagem escrita que publicou na «Soberania do Povo», de 10 de Agosto de 1929, numa rubrica que aqui manteve, identificada por «Palavras Loucas». Clique na imagem para aumentar.





terça-feira, 21 de março de 2017

Destacados estudantes

Valor da juventude
Artigo de 6 de Julho de 1929 (Inspector Gomes dos Santos)

Embora sem confirmação, estamos em crer que a redacção a seguir digitalizada, pelo conteúdo, redacção e linguagem, nomeadamente por referir que um dos visados na notícia foi seu aluno, é da autoria do Inspector Gomes dos Santos, na qual enaltece e destaca o valor de jovens estudantes da freguesia.
Como será legível, ali estão referenciados com ênfase alguns nomes conhecidos que foram fonte de referência no seu percurso escolar, alguns deles brilhando nos maiores patamares de diversas academias, nomeadamente de Coimbra.
Penso que basta ler o que a «Soberania do Povo» de 6 de Julho de 1929 deixou registado para a posteridade, da autoria daquele ilustre Valonguense.


quarta-feira, 15 de março de 2017

Souza Baptista - 10


Homenageado na sacristia da igreja em 1931!!!  


Conforme digitalização que antes fica registada, cuja fonte teve origem na Soberania do Povo, de 28 de Fevereiro de 1931, foi publicada aquela notícia.
Qualquer actividade e qualquer facto, por simplório que se apresentasse, justificava sempre motivo para enaltecer o benemérito Souza Baptista!
A notícia, publicada com algum atraso, dá conta de uma homenagem àquele grande benemérito da freguesia, na sacristia da igreja paroquial, descerrando-se um retrato a óleo do homenageado! A simples homenagem aconteceu em 15 de Fevereiro de 1931.
Durante muitos anos vimos aquele retrato e no meu tempo de imberbe criança, olhava para ele mas não sabia o que representava e quem era. Mais tarde fiquei a saber. Paroquiava Valongo do Vouga, na altura, o Rev. Padre Celestino de Almeida Branco, da Veiga.
Para além da obra de arte que constitui, agora não se encontra lá pendurado! Cremos que está guardado algures.






domingo, 19 de fevereiro de 2017

Palavras Loucas - Inspector Gomes dos Santos - 1

O Orfeão

 O Inspector Gomes dos Santos teve no jornal "Soberania do Povo" uma rubrica quase semanal, a que chamou «PALAVRAS LOUCAS». Num desses artigos, publicado no número de 17-08-1929, referiu-se este pedagogo e Homem de letras ao Orfeão de Águeda, com um sub título "CARTA AOS MOÇOS DE ÁGUEDA".
Quase que não cuidamos em atentar bem no seu conteúdo. Mas tem uma história da mitologia grega de Orfeu, donde deriva a palavra Orfeão. Quando ainda se ouvem os ecos das comemorações da centenária Instituição de Águeda, eis a digitalização do artigo em causa



sábado, 18 de fevereiro de 2017

Actividades Desportivas em 1930

A caça na Quinta de Aguieira

De uma notícia desportiva, publicada na Soberania do Povo de 20 de Dezembro de 1930, redigida por «Mário Vouga», um pseudónimo adoptado por muito tempo pelo Inspector Arménio Gomes dos Santos, ilustre escritor e pedagogo, que foi residente em Arrancada do Vouga (recordamos sem necessidade), cujo conteúdo era do mais caricato, pitoresco, castiço e engraçado que se poderia imaginar, menos para o seu autor que era especialista, podemos afirmá-lo sem receio, neste tipo de escrita - veja-se o conteúdo jocoso da Revista Valongo à Vista. O desporto praticado foi a caça e nele participou gente ilustre e conhecida na freguesia, entre os quais se referem os nomes do Dr. Mário Pinho, Manuel Rachinhas, Dr. Augusto Santos, Herculano Bastos, Abílio Quaresma e o Sancrenim (quem conheceu o Sancrenim?). E a notícia acrescenta ainda uma caça à raposa envolvendo nomes como Manuel Rachinhas (outra vez), Dr. Augusto Santos, Manuel Fernandes Oliveira, Joaquim Fernandes Oliveira, e outros. O seu conteúdo foi este - clique na imagem para aumentar:



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