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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Isto vale uma vida

Visitei, casualmente, o Facebook, e encontrei lá este vídeo que o Zé Martins «descobriu». Não sou insensível às coisas que a vida nos demonstra, nem sequer gosto de ouvir palavras como racismo, xenofobia e outras coisas que tais. Quero também, neste modesto sítio, partilhar do que muitos também manifestaram. Deixo aqui esse vídeo do Youtube.

Brumas da memória - 10

TOURAL - CASTRELO - CRASTELO

Folheando um dos volumes - neste caso o II volume - dos livros do Padre Francisco Dias Ladeira, um homem que dedicou grande parte da sua vida à história, publicou dois livros sobre os aspectos relevantes da história do concelho de Águeda e das suas freguesias.
Embora tarde, fica aqui cumprida a promessa feita a alguém residente no lugar do Toural, que ainda traria aqui alguma coisa das teorias históricas que contém e que se contam por aí, porque, dizia que do Toural não se conhece nada, quer no mapa, quer na história. O II volume do «Município de Águeda», edição do autor, sem data, creio que dos anos 80, século XX, como é lógico, na página 261 tem escrito o seguinte:
Casa de habitação antiga, no lugar de Lanheses, que fica de frente com o Toural
«Castrelo ou Crastelo, hoje simples situs, local, em frente de Lanheses e conhecido por Toural, foi pequeno castro ou castelo, mais provavelmente uma atalaia do Marnel. Digo assim mas lembro que, apesar de muito perto, os povos não se davam, não eram unidos. Foi um mal da Lusitânia. Aparece mencionado em 1050, num documento de Gonçalo Viegas, que estamos sempre a citar; no século XVII, em que se mantinha povoado, mencionado no registo paroquial e tem, no elemento castro, ou seja povoação fortificada ou castelo, o ter sido um forte celta, ou pré-latino no activo nos 500 anos antes de Cristo, até à chegada dos latinos. Tenha-se presente que castelo é diminuitivo de castro e é precisamente este caso: castrelo, castro pequeno, castelo.»

Aqui fica uma «amostra» do étimo e topónimo que nos legou aquele prelado, que foi muito conhecido no concelho (e nem só) e que, salvo erro, paroquiou Aguada de Baixo, antes de ter falecido.
E a minha promessa fica cumprida. Mas há mais, quando me for possível...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Souza Baptista

O QUE NOS DEU PARA FAZER E ESCREVER

Este é o título de um pequeno livro da autoria de Joaquim Soares de Souza Baptista, editado em 1943, impresso na Tipografia Aguedense, em Águeda, naquele ano.
Estive com este livro na mão, hoje, dia 21 de Novembro do ano da graça de 2011!
Li um pouquinho desse livro, pois que o tive de deixar no mesmo local. Respeitei as instruções existentes.
Do pouco que li, fiquei desde já com uma perspectiva do que aquele benemérito tinha em projecto para a freguesia. E um deles era um clamor de que nada existia nesta terra que fosse ao fundo das questões e justificasse, pela história, pelas pesquisas e pelo trabalho que estas coisas dão, saber como nasceu o lugar da Arrancada, como eram as primeiras palhotas (disse cabanas do século X) que deram origem àquele grande aglomerado de cerca de 700 almas (no tempo de 1943) e um casario em todo o lado e bem conservado.
E dizia ainda que quando passava pela estrada principal e olhava para as casas antigas, admirava os seus umbrais, as almofadas (como se diz técnica e historicamente) das janelas, as datas que uma e outra tinham de 1690, com dizeres do género, que agora tenho de inventar: «Esta janela foi construída em 1595 por Tomé não sei quantos.»
E Souza Baptista interrogava-se: «Ninguém ainda se preocupou em saber que foi este tal Tomé que edificou aquela obra [de arte] e desse conhecimento aos contemporâneos quem foi o artista que realizou tais obras.»
É esta, mais ou menos, a ideia das linhas que lemos em diagonal.
Efectivamente é confrangedor verificar que se destruam algumas obras arquitectónicas históricas que existem ou já existiram.
É certo que não há apoios que possam travar esta destruição e as pessoas vão necessitando desses espaços. E a degradação também ajuda um pouco.
Mas Souza Baptista, neste livro, prova que era um homem de largos horizontes e via à distância os problemas que se provocavam ou iriam provocar antes de acontecerem. E muitos já aconteceram.
E depois, saber-se da história da nossa terra, de algumas pessoas ilustres, de algumas instituições, etc., nada há pesquisado e escrito que se deixe àqueles que hão-de ser os próximos continuadores deste Valle Longum. Ele apontava isto no livro!
Quando quiserem saber alguma coisa da sua terra, não há, porque salvo um ou outro, que o fez, os restantes nada fizeram, nada fazem...
Temos um trabalho em mãos há um ano. Ainda não terminou. Mas pelo que temos e já realizámos, agora tem de terminar, não com a rapidez desejada, mas com a pachorra que temos de aguentar até  chegar... ao fim...
Voltaremos a este caso do livro de Souza Baptista... escrito assim mesmo no livro, melhor, Joaquim Soares de Souza Baptista.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Junta de Freguesia na história - 89


Eleições
A casa da escola - Mais um passo

Foi feita uma «visita» à acta da sessão da Junta de Freguesia de 9 de Janeiro de 1916. Esta acta faz realçar um aspecto histórico interessante: a eleição.
Essa eleição era feita apenas entre os membros da Junta, pelo que a seguir se transcreve. Diz assim: «Em seguida foi interrompida a sessão para se proceder à eleição do presidente que há-de servir no corrente ano. Feito o escrutínio, verificou-se que a eleição recaiu no actual presidente (Álvaro de Oliveira Bastos), pelo que este continuou no seu lugar, no exercício das suas funções.»
O presidente nem se levantou. Continuou no seu lugar!


A casa de escola
É um termo que continua a ser usado nas actas dos distantes anos de 1915... 1916! Não sei porquê, mas poderia ter sido chamada de Escola Primária. Mas não, o termo utilizado era «casa de escola». Pronto, está bem, nós sabemos o que é....
«Seguidamente foram lidas as condições e caderno de encargos da empreitada da segunda tarefa da construção do projecto da casa de escola desta freguesia, as quais depois de devidamente apreciadas foram aprovadas. Foi também deliberado passar editais para a arrematação da dita tarefa, cuja arrematação tera lugar no próximo dia trinta, para o que fica já convocada a sessão extraordinária.»

Uma nota:
A foto que ilustra este post, refere-se ao primeiro edifício da sede da Junta de Freguesia, construído no tempo em que fazia parte da Junta, Joaquim Ferreira Rachinhas, de Carvalhal da Portela e que a esta obra dedicou muito do seu tempo e interesse. Este edifício foi demolido e construída a sede actual.
Claro que esta nota tem uma intenção própria. Não pelo enaltecimento da pessoa, que não necessita, mas pela curiosidade que outros terão em saber. Prometo solicitar fotocópias das actas do tempo que este conterrâneo fez parte da autarquia, em tempos mais recentes que os que tem sido postados. Temos «visitadores» do blogue que terão interesse em conhecer esses pormenores históricos.
A nossa intenção era a de continuar as datas cronológicamente, apontando em cada uma delas, aquilo que se passou. Vamos fazer esta alteração atendendo ao interesse que suscita saber de algumas «estórias» do tempo da Junta daquele Valonguense de Carvalhal da Portela.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A ponte do rio Vouga

Desaparece uma obra de arte e um marco histórico de Portugal?
Como prometido, embora o tempo continuasse a não favorecer, fomos à ponte do rio Vouga verificar o estado resultante do seu desabamento no passado sábado à noite, seriam cerca de 21 horas.

O seu estado agora:



antes:



Alguns dados históricos já por aqui escritos:
Segundo um letreiro existente, no ano de 1713 o rei D. João V mandou fazer a obra. Mas este letreiro, dizem os especialistas, dizia respeito apenas a obras de «reforma e de acrescentamento de alguns vãos.» Há uma outra, anterior a esta, ordenada por D. João III.
Dizia-se desta ponte que era quinhentista. E segundo o Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Aveiro, Zona Sul, edição de 1959, que muitos conhecem, cita que «Em carta ou alvará de 26 de Fevereiro de 1529 nomeava este rei a Jerónimo Gonçalves, fidaldo escudeiro, residente em S. Pedro do Sul, vedor e recebedor da obra da ponte que ora mando fazer no rio Vouga e sull. Foi seu construtor Mestre Ryanho (mestre que foy da obra da ponte de dita villa). Residia este nesta mesma vila de Vouga ainda em 1552.»
Segundo aquela obra histórica esta «ponte foi adaptada ao novo sistema de viação no século XIX e alargada em 1930 pela Junta Autónoma das Estradas, como outro letreiro esclarece. Este alargamento realizou-se por meio de grandes cahorros de cimento, que suportam não só os passeios como também a parte da faixa de rodagem.»
Há outros dados históricos interessantes, que se prescindem neste facto relacionado com o desabamento de toda a área do tabuleiro da parte central da ponte. Basta verificar uma e outra foto. Foi exactamente o pilar central que acabou por ruir ou o tabuleiro, que agora se pode analisar, é constituído apenas de algum material de grés, muito abundante na região.
E agora?
Não pretendemos ser profetas da desgraça, mas certamente que nada mais resta que não considerar, como dizia um autarca da zona, toda a história, a arte e a beleza, considerando aquele monumento completamente perdido, e como alternativa ser completamente demolido o que resta, até às margens ídilicas do rio Vouga. Ou seja, desaparece tudo o que era ponte...
Não acreditamos que seja esta a fácil e simples solução, fazendo desaparecer toda a história de um naco deste país... como o tem sido de outros locais com situações de história idênticas.
Aqui, neste caso, temos a salientar que não houve desastres pessoais. A vítima, que não ganhou para o susto, quando se viu envolvido e arrastado por todo aquele monte de aterro e pedregulhos, já teve alta e voltou à sua casa.
Ficamos por aqui, pois as considerações poderiam ser muitas mais...

domingo, 13 de novembro de 2011

A ponte do rio Vouga

SIMPLESMENTE RUIU......

ABRIMOS ESTA MENSAGEM PARA DIZER, PRINCIPALMENTE AOS DE LONGE, QUE A PONTE QUE ESTÁ RETRATADA NO POST ANTERIOR E DA QUAL AQUI REPETIMOS UMA IMAGEM IDÊNTICA, RUIU ONTEM À NOITE!


EFECTIVAMENTE A PARTE CENTRAL DO TABULEIRO CAIU AO RIO E, COM ELA, UMA PESSOA QUE CASUALMENTE E NAQUELE INSTANTE IA A PASSAR. NÃO TEMOS A IDENTIFICAÇÃO DA VÍTIMA, MAS SABE-SE QUE ESTÁ INTERNADA NOS HOSPITAIS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, SENDO TRANSPORTADO, EM PRIMEIRO LUGAR, AO HOSPITAL DE ÁGUEDA. DAQUI FOI PARA AVEIRO E DESTA CIDADE PARA A DE COIMBRA.

HOJE O TEMPO NÃO AJUDOU. MAS AMANHÃ IREMOS AO LOCAL OBTER UMAS FOTOS DO ESTADO QUE A PONTE APRESENTA APÓS TER RUÍDO AQUELA PARTE QUE, DIGA-SE, ERA VISÍVEL O SEU MAU ESTADO.

E O INTERESSADO PRESIDENTE DA JUNTA DE LAMAS, ALCIDES DE JESUS, CLAMOU DURANTE ALGUNS ANOS, ANTEVENDO ESTA FATALIDADE QUE A INCÚRIA, O DESLEIXO E O DESINTERESSE HUMANO VOTARAM A PONTE E AS CONSEQUÊNCIAS QUE ORIGINOU!

SITUAÇÕES COMO ESTA, COMEÇAM A SER DEMAIS!!!!!!!


sábado, 12 de novembro de 2011

Carvalhal da Portela - Porto Alegre RGS

Uma ligação Luso - Brasileira
Esta montagem de fotografias, no formato "gif", surgiu da ideia resultante da existência de um contacto entre este blogue e o Brasil, por mail.
Lembrei-me de dedicar algumas imagens a alguém que naquele grande país está há muitos anos radicado, com toda a sua família, sendo um dos membros, do tronco comum, do lugar acima intitulado. O outro cônjuge é de Alquerubim, o qual tive oportunidade de contactar e conhecer pessoalmente.
Por outro lado, é lógico acrescentar que aquele casal tem os seus descendentes, já adultos, como se compreende, tendo um destes feito um contacto através dos comentários do blogue.
A evolução resultou em que acabámos por verificar que se trata de um Luso-Brasileiro, filho daquele casal de portugueses.
Desta forma, a surpresa, que o foi certamente, e agradável, provocou a recordação de algumas imagens do lugar onde nasceu e cresceu a progenitora deste tão querido como agradável encontro que o blogue nos proporcionou.
Espero ter contribuído para que as raízes se consolidem e ao "Carlos" sejam relembradas algumas das fotos que o fizeram despertar e reagir positivamente com o seu comentário já publicado.
Espero também que este post e estas fotos sejam apreciadas por seus pais.
Como se compreende, as intimidades e o respeito que merece a privacidade obriga-me a que não vá mais além do exposto, porque não seria de bom tom estar aqui a denunciar identidades pela internet.
As fotos mereciam e deviam ter algum comentário ou esclarecimento, e até algumas identificações, para melhor recordar. Para obter estes efeitos costumava usar o Slide.com, mas como vão fechar a 6 de Março próximo, pedem a retirada de todo o material ali armazenado.
Assim utilizamos um software com o qual não estamos muito familiarizados. E deu nas fotos que conseguimos organizar no formato gif já antes referido.
Espero que fiquem em condições de serem analisadas e vistas no Brasil. Com um agrande abraço.
Até sempre...

As Meninas Mascarenhas

O LIVRO - XLIX

No último episódio, já lá vão umas semanas, deixámos a história numa posição de regresso a Portugal das Meninas Mascarenhas e do seu tutor.

A juzante desta ponte estava o barco dos Abadinhos, que se deslocou a Ovar
Como se sabe, dizia o narrador, «não falo com mais largueza do que em França se passou, por não ter sido testemunha presencial, e porque já lá vão muitos anos depois que Joaquim Álvaro regressou ao país e contava interessantes episódios acontecidos na sua estadia em Bordéus, tendo-me esquecido de todas as particularidades desses episódios e preferindo, por isso, não os referir, a contá-los imperfeitos e obscuros.»
Receberam esmerada educação, já foi citada antes. Entretanto em Aguieira as coisas evoluíam e organizavam-se para o regresso de França. Para o efeito, reuniu um conselho de família íntimo, de que o Dr. José Joaquim da Silva Pinho fez parte, ficando assente que as Meninas voltassem a Portugal, logo que a mais velha completasse doze anos de idade.
Esta era a idade de casamento, segundo a lei e esta resolução foi considerada necessária. É que havia perspectivas de que realizado o consórcio a situação de «guerrilha» das famílias de Aguieira e Torredeita acalmassem, cessando perseguições, conflitos, tribunais e tudo o que as trazia desavindas.
Ou seja, havia a esperança que a família Bandeira «teria de depôr definitivamente as armas de combate.», dizia o narrador.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Casa do Povo de Valongo do Vouga - 18

10º Casa Mágica
Festival de Marionetas

Já se tornou uma rotina o Festival de Marionetas, que se realiza habitualmente na Casa do Povo de Valongo do Vouga. Este evento de índole cultural, tem um apelativo cartaz que aqui deixamos divulgado, da autoria do nosso amigo e entusiasta desta actividade Filipe Vidal.
É com prazer que colaboramos com o Filipe e com a Casa do Povo na divulgação desta actividade, que vai evoluindo à medida que as pessoas vão tomando conhecimento e contacto com estas iniciativas. De outro modo, nem sequer a chegavam a conhecer.
Vá até à Casa do Povo nos dias 18 de Novembro (às 14:30h e 21:30h) 19 (às 21:30h) e dia 20 (às 21:30h). Vai ver que vale a pena, principalmente para a pequenada com programa próprio. O espectáculo do dia 18 às 14:30h (sexta-feira) é dedicado gratuitamente às Instituições da freguesia e seus utentes. Em cada um dos dias há um espectáculo diferente.
O cartaz é este:

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A vida do idoso

Fundação Nª Sª da Conceição
da Freguesia de Valongo do Vouga

Frente do edifício da Fundação Nª Sª da Conceição
Hoje passámos pelas instalações da fundação, no intuito de ali deixar, a pedido da responsável técnica, algumas fotografias.
Essas fotografias registaram momentos do almoço comemorativo do primeiro ano de utilização das novas e modelares instalações e nove anos de actividade em prol dos idosos da freguesia, que veio colmatar uma necessidade social que se fazia sentir há muito.
Na recepção daquela instituição estava lá um pequeno e interessante desdobrável, cujo conteúdo resume as actividades realizadas durante o mês de Outubro e as que estão calendarizadas para o mês de Novembro.

Desse desdobrável deixamos por aqui digitalizada a primeira página.
E para dizer que nos despertou a atenção o que, em letra pequenina, se encontra escrito, e que diz o seguinte:

Novembro, é o mês de todos os santos
E em especial, mês de S. Martinho
O Santo que rasgou a sua capa
Para dar metade a um velhinho
O mês em que nos lembram as castanhas
E se faz, nas adegas, a prova do vinho

Autora: Júlia Magalhães (como não podia deixar de ser)
Utente da Instituição, poetisa popular, com alguns livros de poesia publicados

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