Folheando um dos volumes - neste caso o II volume - dos livros do Padre Francisco Dias Ladeira, um homem que dedicou grande parte da sua vida à história, publicou dois livros sobre os aspectos relevantes da história do concelho de Águeda e das suas freguesias.
Embora tarde, fica aqui cumprida a promessa feita a alguém residente no lugar do Toural, que ainda traria aqui alguma coisa das teorias históricas que contém e que se contam por aí, porque, dizia que do Toural não se conhece nada, quer no mapa, quer na história. O II volume do «Município de Águeda», edição do autor, sem data, creio que dos anos 80, século XX, como é lógico, na página 261 tem escrito o seguinte:
Casa de habitação antiga, no lugar de Lanheses, que fica de frente com o Toural |
«Castrelo ou Crastelo, hoje simples situs, local, em frente de Lanheses e conhecido por Toural, foi pequeno castro ou castelo, mais provavelmente uma atalaia do Marnel. Digo assim mas lembro que, apesar de muito perto, os povos não se davam, não eram unidos. Foi um mal da Lusitânia. Aparece mencionado em 1050, num documento de Gonçalo Viegas, que estamos sempre a citar; no século XVII, em que se mantinha povoado, mencionado no registo paroquial e tem, no elemento castro, ou seja povoação fortificada ou castelo, o ter sido um forte celta, ou pré-latino no activo nos 500 anos antes de Cristo, até à chegada dos latinos. Tenha-se presente que castelo é diminuitivo de castro e é precisamente este caso: castrelo, castro pequeno, castelo.»
Aqui fica uma «amostra» do étimo e topónimo que nos legou aquele prelado, que foi muito conhecido no concelho (e nem só) e que, salvo erro, paroquiou Aguada de Baixo, antes de ter falecido.
E a minha promessa fica cumprida. Mas há mais, quando me for possível...
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