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domingo, 28 de outubro de 2012

As Meninas Mascarenhas

O LIVRO - LVII

Clique na imagem para aumentar. As gravuras possíveis das
Meninas Mascarenhas inseridas no livro publicado em
Abril de 1984, pelo jornal paroquial Valongo do Vouga,
do qual era director o padre António Ferreira Tavares.
Do lado esquerdo a protagonista desta história.
Do lado direito, a irmã, D. Casimira
O episódio anterior terminava com a descrição do previsto desenlace de D. Maria Mascarenhas. O narrador desta história preveniu Joaquim Álvaro que iria ficar viúvo. Este manifestava ainda algumas esperanças, mas quando lhe foi transmitido o diagnóstico fatal dos médicos, caiu-lhe nos braços em grande pranto e pronunciando monossílabos de desconsolação e amargura.
Confortado como foi possível, foi deixado só vertendo copioso pranto, não ouvindo ninguém.Quando foi achado mais calmo e menos desassossegado, trava-se este diálogo:
- É inacreditável que um homem que tantos transes sofreu na vida, lutando como os heróis, se amesquinhe e chore como uma mulher diante do túmulo entre-aberto de um anjo que não era deste mundo.
- É inacreditável, mas é verdade. Sofro imenso, meu amigo, e o meu desejo seria morrer também.
- Não se fale mais em tristezas irremediáveis. Chorou, afligiu-se e as suas lágrimas continuaram a sair-lhe dos olhos como um desafogo e como necessidade. Há tempo para tudo, para sofrer e para chorar. Depois, virão as saudades!
- As saudades começaram já e serão eternas, meu amigo.
- Mas eu tenho de ser calmo nesta hora difícil para o seu espírito, dr. Joaquim Álvaro, e preciso de reflectir por si.
- Reflectir por mim? O que quer dizer?
- Quero dizer que a srª D. Maria Mascarenhas, sua esposa, deve fazer o seu testamento...
- Pelo amor de Deus, cale-se dr. Pinho! É horrível isso, que me diz.
- Será, não duvido, mas há-de ser assim, se a enferma quiser, está claro...
- Mas não quero eu. Oponho-me terminantemente! Deixe morrer essa criança em paz, dr. Pinho.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A Junta de Freguesia na história - 93

A electricidade na Freguesia
 
Este o local onde foi instalado o primeiro posto de transformação
de energia eléctrica na freguesia de Valongo do Vouga
Retomamos a pesquisa sobre factos da freguesia, que as actas da Junta guardam religiosamente. Nelas andam alguns factos que constituem, hoje, nacos históricos valiosos.
Estarei a exagerar nestas afirmações, admitindo-se até que alguns pensarão que tais factos nem são, por aí além, qualquer coisa de espantoso.  Para mim, são. Para os que não sabiam destes pequenos pormenores passados dentro de portas da sua freguesia, também devem ser.
Como chegou a electricidade à freguesia? É, de algum modo, bastante conhecida a história do início do abastecimento de energia eléctrica.
Hoje damos uma pequena amostra desse início. Tudo começou com Souza Baptista. E tudo começou, também, com a construção do primeiro posto de transformação de média para baixa tensão. Nos terrenos da Junta de Freguesia, na Póvoa, onde ainda hoje se encontra a primeira cabine onde foi instalado o posto de transformação, embora sofrendo algumas ampliações, adaptações e transformações.
Era dali que partiam as linhas (ainda de cobre) que abasteciam uma área bastante grande da freguesia. Hoje, essa energia está na freguesia (com excepção da parte serrana) com uma quantidade abastada de transformadores, para melhor abastecimento, distribuição e qualidade. Além de outros factores técnicos que evoluíram, mas dos quais nada percebemos.
A acta da sessão de 10 de Fevereiro de 1935, da Comissão Administrativa da Freguesia de Valongo do Vouga dizia isto:
 
«Mais deliberou esta Junta ceder o logradouro público junto à capela do Espírito Santo, na Póvoa, para ali ser edificada a cabine transformadora da energia eléctrica para a iluminação de algumas povoações desta freguesia, sem exigência por constituir um melhoramento de grande valor para esta freguesia, isto é, o terreno necessário apenas  para a referida cabine da Companhia Hidro-Eléctrica Portuguesa do Lindoso.»
 
Foi assim que começou a história do abastecimento de energia. Havia considerações a fazer, sobre aquela redacção, mas fica para a próxima. Em conclusão, em 1935 ainda não havia electricidade na freguesia. Mas iniciavam-se as obras para que isso fosse a realidade que o progresso nos concedia no início do séc. XX.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Brumas da Memória - 23

1966 - Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.
 
 
Mostramos mais uma página do programa do espectáculo realizado, comemorando a inauguração das instalações sociais daquela que foi conceituada empresa.
Porque se entende que tem algum interesse, pode clicar na imagem para aumentar e visualizar melhor o seu conteúdo.
Ressalvando a distância a que nos encontramos sobre este acontecimento, não vamos deixar de referir que, ou nos enganamos, ou haviam rumores que esta brincadeira, em verso, da autoria de Hernâni da Silva Gomes, foi inspirada num caso de amores que, parece, existiram naquele tempo. O que podemos afiançar, agora, é que já não sabemos, a ser verdade, quais os intervenientes nessa história de paixões. Parece que esta letra foi adptada a uma música muito conhecida, nos anos sessenta, séc. XX, cremos que de Madalena Iglésias. Se não for assim, peço desculpa...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

História de Serém

Os Fataunços 
 
Surgiu há tempos na minha caixa de correio electrónico um mail que me pedia elementos de familiares dos Fataunços, que foram residentes em Serém. Lá me desloquei e através de pessoas que residem na localidade, fui confrontado com alguns factos que considero históricos.
Porquê Fataunços?
 
Esta interrogação foi esclarecida de imediato. Deriva de uma localidade, com este nome, situada próximo de S. Pedro do Sul, mas, administrativamente, pertencente ao concelho de Vouzela.
Alguns habitantes de Fataunços vieram para Serém, por cá ficaram e assim passaram a ser conhecidos.
A razão desta imigração, admite-se ter tido origem num fidalgo de nome Francisco Rodrigues da Silva Fataunços, pai de sete ou oito filhos, que veio para Serém proceder à cobrança dos tributos, em representação do condado de Lafões, do qual Serém fazia parte. O nome de alguns dos filhos eram a Maria, Engrácia, António, José, Augusto e Francisco, pelo que nos foi indicado.
O Francisco, com o nome completo de Francisco Rodrigues da Silva Reis, casou com Ana Tavares da Silva, governanta da casa, já viúva, do lugar de Serém.
Esta, do primeiro matrimónio, cujo marido foi ferroviário, era mãe de Leonel Tavares Dias da Silva, conceituado comerciante naquele lugar de Serém, conhecedor desta história, que no-la transmitiu.
O referido Francisco Rodrigues da Silva Reis faleceu no princípio dos anos sessenta (séc. XX)deixando um vasto legado a algumas instituições, nomeadamente às Misericórdias de Águeda e Albergaria-a-Velha.
Esta família tem ainda descendentes na freguesia da Trofa (Águeda) e de Alquerubim. (A-A-Velha).
Uma casa senhorial, onde habitaram os Fataunços, cuja imagem aqui se deixa, será do séc. XVI ou XVII, não sabemos bem, uma vez que foi reconstruída depois do terramoto de 1755, por ter ficado, emconsequência deste, bastante danificada.
Junto desta casa está assinalada, na esquina da parede do lado direito da foto, a Estrada Real, que por ali passava, bem como os Caminhos de Santiago. Leonel Tavares Dias da Silva, cujo estabelecimento fica mesmo no cruzamento daquelas ruas, parece que possui uma respeitável colecção de cartas e postais de todo o mundo, que lhe enviam os caminheiros de Santiago, aos quais comprova a sua passagem naquele local, com o carimbo que usa na sua actividade comercial e respectiva assinatura.
 
 
 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Creche Sintz Baptista

Comemorados já dois anos!
 
É verdade! Parece que foi ontem, mas já lá vão dois anos...
Inaugurada em 2 de Outubro de 2010, esta importante e modelar valência da Casa do Povo de Valongo do Vouga, começou a funcionar de forma oficial e organizada, recebendo os primeiros utentes (as crianças), no dia 18 de Outubro do mesmo ano.
Foi por isso ontem, numa forma singela e modesta, assinalada a data, pelas 18 horas, com muitas crianças e respectivos pais e familiares.
António Augusto Portilho, presidente da Direcção, fez uma ligeira alusão à data, e enalteceu a forma positiva de um balanço de dois anos, em que, de uma forma rápida, se passaram de 6 crianças, no início, para 60, actualmente.
Presentes ainda António Manuel F. Conceição, Engº Paulino Oliveira e João Pinto.
Depois as crianças deram os ares da sua graça, com música adequada à idade, terminando a efeméride com uns bolinhos e alguns suminhos...
E ficam por aqui algumas fotografias a comprovar.
 
 


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Casa do Povo de Valongo do Vouga- 22

... Em actividade

Dia Mundial da Alimentação
 
A palestra sobre alimentação
A Casa do Povo de Valongo do Vouga, nas várias vertentes que desenvolve, marca presença comemorativa e formativa em cada uma delas.
Houve, no dia 16, especialmente dirigida às crianças, uma actividade integrada no Dia Mundial da Alimentação, que foi orientada pela nutricionista Dr.ª Dinora Bastos.
 
11ª Casa Mágica
 
Clique na imagem para aumentar
 
Integrada nesta série e, por isso, conta já com 11 edições, vai ser proporcionado mais um Festival de Marionetas, que se realizará nos dias 23  de Novembro (6ª feira) 10h30, 14h30 e 21h30, no auditório da Casa do Povo.
O programa estende-se ainda pelos dias 24 de Novembro, sábado, pelas 21h30 e ainda no domingo, dia 25, pelas 16 horas.
Para quem gosta deste tipo de espectáculo, que não é, de modo nenhum, para enjeitar, fica toda a gente convidada. É só marcar e aparecer...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Aniversário das Terras do Marnel

Vamos entrar no 5º ano
 
 


É isso mesmo que uma vez já aqui propagandeei, palrei e gritei para o espaço cibernauta. Já cá ando há quatro anos. Vamos entrar no quinto ano de permanência por aqui.
Com altos e baixos, a ponto de ser chamado a atenção, fazendo-me sentir que estava adormecido. E com alguma razão o fizeram.
Sei que tenho andado um pouco anormal - quer dizer, com falta de regularidade.
O primeiro post foi no dia 9 de Outubro de 2008! Há tanto tempo já.......
Estou a dar os toques finais a um trabalho e depois voltarei com a referida regularidade. Não queria deixar passar despercebida a efeméride, mas vejam lá... ia-me esquecendo!
Valha-nos a Senhora da Memória!!!

sábado, 6 de outubro de 2012

Brumas da Memória - 22

1966 - Inauguração dos Serviços Sociais
António Pereira Vidal & Filhos, Lda.

 
O programa que aqui temos postado, relacionado com este evento de 1966, de uma das maiores empresas existentes na freguesia e no concelho, para não dizer mesmo do distrito de Aveiro, incluimos no anterior a peça nº 2, com o título SANT'ANTÓNIO D'ARRANCADA. Foi omitida a peça nº 1, intitulada HINO DO PESSOAL, com que abria o espectáculo.
Penso que também deve ser recordado o seu conteúdo, quase 50 anos depois! E com o mesmo poder avivar memórias de outros tempos e tentar compará-los com os actuais.
 


Clicar na imagem para aumentar
 
 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Dia do Idoso

Na Casa do Povo de Valongo do Vouga


 
No dia 1 de Outubro é celebrado o Dia Mundial do Iodoso. A Casa do Povo de Valongo do Vouga, lembrou o evento reunindo os utentes do Centro de Dia e do CATL, comemorando em conjunto este dia.
Embora de faixas etárias com distâncias substanciais, os grupos tornaram-se homogéneos pela dinâmica impregnada. As duas gerações, estiveram em perfeita harmonia na confraternização, uns lembrando tempos antigos e, outros, tomando contacto com as histórias, um tanto ancestrais, que redundam sempre, para os mais pequenos, em alegre curiosidade. Nada se modifica ou transforma, complementa-se.
Foi um dia divertido, com um lanche surpresa entre os meninos do CATL e os utentes do Centro de Dia.

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