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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Leandro Augusto Martins - 2

O Vasco da Gama do Rio de Janeiro

Não sei se terá sido o único, mas este grande clube brasileiro de futebol (antes desportos náuticos) teve como presidente um português, de Valongo do Vouga!
Andávamos clicando pelo espaço cibernauta, quando deparámos com um facto surpreendente (para nós) no site do Vasco da Gama, clube a que já nos referimos quando pesquisámos histórias e factos do futebol em Valongo do Vouga, na obra «Valonguense - A  Memória dos Tempos». 
O site do Vasco da Gama - SEMPRE VASCO - cita que o 4.º presidente "foi o industrial Leandro Augusto Martins, nascido em sete de Setembro de 1862 em Arrancada do Vouga, Portugal. Foi eleito de maneira unânime no dia 26 de Agosto de 1900, uma época difícil para o Vasco em termos materiais e financeiros, afinal o cruzmaltino tinha acabado de sair de uma grave cisão que quase colocou um ponto final na história do clube."
Seguidamente confirma que o novo presidente foi o criador (sic) da casa de móveis Leandro Martins, sendo hoje grande referência em antiquários.
Além de ter participado activamente na evolução da vida do Rio de Janeiro, nomeadamente na sua iluminação, refere o site que "é o único presidente do Vasco que tem uma rua baptizada em sua homenagem, localizada no centro do Rio." De referir ainda que não se «esqueceram» de apontar que este português muito fez pela sua terra. É legível no site.
O site que temos vindo a citar, termina com o que chama uma "Ficha Técnica", referido em jeito de biografia:

- 4.º presidente do Vasco;
- Mandato 1 (1900-1901);
- Benemérito;
- Nascimento: 7/9/1862;

Em roda-pé, são apresentadas as fotos do seu palacete na Póvoa, o diploma de sócio benemérito do Vasco da Gama, um aspecto da sua casa de móveis e a sua fotografia.
Em Valongo do Vouga, quem é que sabia isto? Nós confessamos que desconhecíamos estes feitos, como os de tantos outros portugueses que sempre «ocuparam» e fizeram progredir o mundo.
A transcrição e digitalização do site daquele clube brasileiro é apenas parte do seu conteúdo.
Que ao que diz respeito a este Valonguense, nos deixou perplexos, porque ignorávamos o facto e o feito.

A seguir: - A inauguração do palacete.

sábado, 24 de outubro de 2015

Leandro Augusto Martins - 1


Este nome é de um Valonguense, que foi sócio de Joaquim Soares de Souza Baptista, no Rio de Janeiro (Brasil) onde ambos tinham uma grande casa e fábrica de móveis.

É muito conhecida esta história, que não se diluiu, na sua totalidade, no pó dos tempos. Mas cremos que vai rareando aqueles que memorizaram este nome e o possam recordar e identificar como um grande contribuinte para o benefício da freguesia e das suas gentes, quando nada havia, nomeadamente no que respeita aos mais pobres, escolas, etc., estas existindo em precárias condições, fez com que fossem bastante melhoradas, nomeadamente as de Arrancada.
Sem qualquer apoio, anotamos estes dados históricos de memória que nos ficou do primeiro proprietário que construiu o palacete da «Quinta da Póvoa», inaugurado no dia do seu aniversário, que se verificou em 8 de Setembro de 1925, segundo o jornal Soberania do Povo de 5 de Setembro de 1925.

Entretanto, no jornal Valongo do Vouga de Novembro de 1983, Elísio Fernandes de Oliveira, que ali manteve durante alguns anos a rubrica «Da Minha Janela», a esta individualidade se refere com mais alguns elementos que, ao que parece, os citava de memória. Temos mais elementos que vão dar para vários post's, registando-os neste cantinho internauta. Dizia Elísio Fernandes de Oliveira:
«A casa foi inaugurada oficialmente com uma grande festa de família (cujos pormenores, como disse, aqui vão ser postados) em 8 de Setembro de 1925. 
Foi o melhor projecto do Arq. João Gomes, de Alquerubim e a construção, feita pelo sr. Manuel Tavares Corga, de Brunhido, a melhor obra da sua vida.
Como prémio de tanto trabalho e zelo, o sr. Leandro Martins ofereceu ao sr. Corga um potente carro Ford que fazia a nossa admiração e a da vizinhança.»
Leandro Martins, que foi um grande industrial de marcenaria no Rio de Janeiro, onde granjeou enorme fortuna, nasceu em 7 de Setembro de 1862.
Esta data, registada no site que vamos divulgar brevemente, deve estar em contradição com a mencionada de 8 de Setembro apontada pelo sr. Elísio Fernandes de Oliveira.
Aqui em cima uma digitalização desta notícia, apresenta-se mais completa em outros números da Soberania do Povo que aqui temos a intenção de mencionar e transcrever.
Porque este se refere à inauguração do palacete, apresenta-se a foto possível do mesmo logo após a sua construção, que está inserida no jornal Valongo do Vouga antes citado.

A seguir: - Leandro Martins e o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro



domingo, 18 de outubro de 2015

Recordando

Foto de meados do século XX, talvez dos anos 50/60 - facto que não foi possível esclarecer - no cruzeiro de Arrancada, tendo sido identificados por um dos elementos que a integram (António 'Carriço'), que são, a partir da esquerda, José Vidal, António Carriço, Chico Almaça e Manuel 'Vermelho' (do Calvário da Veiga, que chegou a ser guarda-redes do GDA-Grupo Desportivo Arrancadense). Local: frente ao que é hoje o Café da Graça.

As Diferenças

Comparar o incomparável

Imagem retirada da Internet
Toda a gente se queixa que antigamente a vida era mais dura, as coisas eram quase impossíveis de obter, as dificuldades, a falta de meios, a pobreza - que nós hoje podemos comparar porque ao tempo as coisas ainda não existiam - a evolução e o progresso rápidos com influência na vida das pessoas alterou bastante as condições e o quotidiano de cada um.
Vem isto a propósito das tais notícias que encontramos nas nossas pesquisas, que nos sugerem este raciocínio, se bem atentarmos no conteúdo desta redacção:

Dezastre

«Na terça-feira de tarde, no lugar de Cabanões, freguezia de Travassô, d'este concelho, estando Manuel do Ricardo, casado, a rachar um rolo  de pinheiro, a machado, este, resvalando fez-lhe um grande ferimento no pé direito. Foi transportado n'um carro de bois a esta vila prestando-lhe o primeiro curativo na pharmácia Alla o sr. dr. António Resende Elvas.»

(Soberania do Povo de 12 de Junho de 1926, com a devida vénia, por intermédio da Biblioteca Municipal Manuel Alegre)
(Respeitada a grafia da época)

A cortar um rolo de pinheiro, com um machado, o ferimento não pode ter sido ligeiro, mas grave.
Após isso, foi o gado bovino, a puxar o carro típico daquele tempo (e ainda actual), no seu pachorrento passo, a percorrer a distância (enorme para a época) de Cabanões a Águeda - mais de duas horas, calculamos - onde a vítima foi transportada para que recebesse a assistência possível.
É por isso que aquela teoria comparativa do que era antigamente, para as condições que agora vivemos, existe uma indiscutível e enorme distância.

sábado, 17 de outubro de 2015

Efemérides

Vale do Vouga

Nas pesquisas históricas, como se sabe, andamos à cata de um determinado assunto ou tema e encontramos outros que achamos interessantes. Já o disse recentemente em outro post. É o caso deste.
No jornal Soberania do Povo, que consultamos na Biblioteca Municipal Manuel Alegre, de 6 de Setembro de 1924, encontramos a notícia a seguir transcrita, conhecida, certamente, de muita gente do concelho de Águeda, porque consta até em algumas placas toponímicas da cidade. Foi intitulada:

VALLE DO VOUGA

«Na 2.ª feira, 8 de Setembro, faz 13 anos que Águeda esteve em festa, pois que naquele dia foi inaugurada a linha do Valle do Vouga e passou na estação do caminho de ferro desta  vila o primeiro comboio. Foi por esse motivo ruidosamente aclamado e victoriado o nome do nosso querido amigo e director d'este jornal, sr. Conde d'Águeda, a quem todo o nosso concelho deve tão extraordinário melhoramento. Esta data é das que nunca mais se apagam do coração do povo d'Águeda.»

(respeitada a grafia da época)

Efectivamente foi isto o que aconteceu. E, pelo que se sabe, após algumas 'batalhas', do conhecimento público, entre o Conde de Águeda e José Estêvão (José Estêvão Coelho de Magalhães), ilustre Aveirense, uma vez que, supomos, parece que o projecto do traçado da linha do norte tinha em vista, em primeiro lugar, passar por Águeda, vinda de Oliveira do Bairro, a que José Estêvão se opôs tenazmente para que a mesma tivesse em Aveiro uma estação, como aconteceu.

*****

Esta efeméride coincide -, passados mais de cem anos, com a inauguração do ramal de Aveiro, a 8 de Setembro de 1911 -, com a remodelação da via desde Sernada do Vouga até Águeda, como é conhecido publicamente, deixando os comboios, por motivos de segurança, de andar a pouco mais de 10 Km/hora (chegavam a demorar à volta de uma hora a fazer o percurso Sernada-Águeda), para, actualmente, fazer a mesma viagem em cerca de 15 minutos (dizem-nos). Afinal o Vouguinha, para aqueles que nasceram, estudaram, trabalharam naquele/com aquele comboio, em vista do investimento realizado, ficará para durar e não encerrar, como muitas vezes se chegou a propalar.
Ficam aqui imagens antigas da via, das obras, e a via actual em que o comboio passou a circular com grande à vontade e segurança - pensamos nós de que...

Aspecto do estado da antiga via férrea....

...As obras de substituição de via antiga...

...Pormenor das obras finais, ainda incompletas...
...Visão completa da via já concluída neste local.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Greve em Águeda

Viva a República!

Foto que circula por aí do antigo edifício dos Paços do Concelho, 
onde se situavam Câmara Municipal, Repartição de Finanças,
Tesouraria da Fazenda Pública, Tribunal e Cadeia, entretanto
demolido. Neste local 'residem'  agora a Caixa Geral de Depósitos
e edifício onde funcionam os CTT
A história diz-nos que na implantação da república, logo após a queda da monarquia, houve muita coisa que as pessoas condenaram, outras que apoiaram, alguns desmandos e muitos factos e acontecimentos, que, raciocinado friamente, não ficou muito longe daquilo que se viveu após a "Revolução dos Cravos", de 1974 (25 de Abril) embora de cariz, fundamentos e justificações diferentes. Poderíamos repetir aqui o aforismo que no início da República existiu, também, um PREC (Processo Revolucionário em Curso).
Vejamos esta notícia local, retirada, a propósito de um outro caso que andamos a pesquisar, do jornal Soberania do Povo de 21 de Agosto de 1920:

Greve em Águeda

«Os operários das fábricas de ferragens dos srs. António Ribeiro de Matos, na Bicha Moura, e João da Silva Neto, d'Assequins, desta freguezia, fizeram greve na segunda e terça-feira, pedindo augmento de salário. Retomaram os trabalhos na quarta-feira de manhã.»

(respeitada a grafia da época)

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Gente destas Terras - 45

Os nossos escritores

No mês de Novembro, prevista para o dia 10, será realizada a cerimónia de lançamento de três livros, em poesia, sendo seu autor um Amigo pessoal e insigne Valonguense, Hernâni da Silva Gomes, há vários anos radicado em Lisboa, que nos seus escritos usa o pseudónimo de Hersilgo.
Numa primeira fase, o evento vai ter lugar no estabelecimento da Delta Cafés, na Av.ª da Liberdade, em Lisboa, sendo a edição da Chiado Editores.
Numa segunda fase e em data a anunciar, será realizada idêntica iniciativa na freguesia da sua naturalidade, donde derivam os temas poéticos que por cá "bebeu" e serviu de inspiração, dos cheiros a terra, azevém e erva que o Marnel vai banhando e irrigando quando é obrigado a transbordar as suas margens, não esquecendo as suas fainas de «pastor» de gado diverso, quando em férias no seu Brunhido, durante as quais aproveitava para 'devorar' leituras de livros de autores consagrados.
As obras poéticas de Hernâni Silva Gomes, todas centradas no mesmo tema - a terra, Brunhido, lugar onde nasceu, Família, lavouras, moinhos e moleiros, País - e viagens pelo dito -  e até restaurantes serviram de mote e, talvez, justificaram alguns almoços oferecidos - são intituladas:

 - CULTIVANDO VERSOS
 - SEMENTEIRA DE VERSOS
 - VINDIMA DE VERSOS

Deixamos aqui uma amostra das capas das obras da sua «Fábrica de Versos», como ele, orgulhoso, lhes chama, no prelo da Chiado Editora.








quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Poema para um Anjo - 2


O respeito e admiração que me merecem as autoras deste poema, Isabel Mendes e Lucília Mendes, escrito logo após o brutal desenlace (a morte é sempre brutal, e logo em crianças, para quem sempre sonhamos e desejamos venturas e futuros cheios de rosas sem espinhos), 'obrigam-nos' a testemunhar um agradecimento profundo, postando-o aqui.
O seu conteúdo, todo perfumado de um ar angelical e divino, como é timbre principal em todos os seus poemas. A uma distância ainda curta, imaginamos apenas que o Lucas já não corre na nossa estrada, porque, qual sinal indecifrável, regressou ao Exército Angelical. Mas porquê?
Fica aqui a retribuição à Isabel e à Lucília, em substituição do que as palavras ainda não conseguem traduzir.


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