Já por aqui referimos, mais de uma vez, o que era o dia braçal. Correndo o risco de repetição, era o contributo de trabalho das populações que resultasse em benefício comum. Mais tarde este dia braçal foi substituído, para quem podia, pelo pagamento de uma taxa. É, por assim dizer, aquilo que hoje se designa por Serviço à Comunidade ou Serviço Comunitário.
Então, a acta da sessão da Junta de «Parochia», presidida, ao tempo, por Álvaro de Oliveira Bastos, de Arrancada do Vouga, realizada em 11 de Junho de 1916, dizia textualmente o que a seguir se transcreve:
«Tendo comparecido alguns habitantes do lugar do Toural a pedir para que a Junta cedesse o serviço braçal daquele lugar pra ser prestado na reparação dos caminhos do mesmo, foi deliberado ceder-lhe a prestação de um dia de serviço de carro de bois e dois dias do serviço braçal, podendo também, se assim o entenderem, reduzir o serviço com carro de bois em serviço pessoal correspondente, conforme a necessidade do mesmo serviço.»
Era assim, nos épicos anos de 1916, início do séc. XX. Já lá vai tanto tempo!!! E o lugar do Toural lá empoleirado em cima no planalto, sobranceiro admirando o Ualle Longum e parece que tão distante que era...
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