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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Para inicio de dia

Eu e Ninguém...


Quem sou eu?
Ninguém!
Sou o desconhecido…
Sou o vazio…
Sou aquilo que o teu olhar descreve:
Tristeza?
Amargura?
Não!
Ninguém.


O choro aumenta
A dor rebenta
A revolta espreita
Eu que faço?


Não sei quem sou
Não sei quem és
Pára! Não me obrigues a pensar.
Não quero pensar
Porque sofro
Porque enlouqueço
Nesta incerteza amarga e sôfrega
Em que vivo.
Incerteza que me destrói
E mata!
Não. Não quero pensar para não existir
Deixa-me dormir…
O sonho não me provoca…
Tranquiliza-me.
A realidade,
Essa…
Sufoca-me!!!

*****

Poema (como há outros) de Isilda Maria Duarte Pereira (Licenciada em Línguas e Literatura Moderna - Variante Português-Francês, pela Universidade de Aveiro). A leccionar algures no Algarve. Texto publicado em de Janeiro de 1997, no jornal paroquial «Valongo do Vouga».


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