Vilarinho - Talhadas
Continuando na senda das cantigas, recolhidas por volta de 1989, ou antes, hoje recordamos duas quadras de um apontamento por mim manuscrito, no qual sobre o canto superior direito escrevi a palavra «Vilarinho».
Este nome só se pode referir ao lugar de Vilarinho, da freguesia das Talhadas, e as nas quadras, que a seguir se transcrevem, entre a primeira e a segunda, escrevi a palavra «Coro:». Isto quer dizer que havia, entre as duas, um coro que cantava qualquer coisa. Mas em vez de qualquer coisa que se cantava, apenas fiz uns traços indicativos desse facto e mais nada.
Está a assim:
Chamaste-me galo riço
Por eu nascer em Janeiro.
Só tenho pena de um dia
Não ir dormir ao teu poleiro.
Este nome só se pode referir ao lugar de Vilarinho, da freguesia das Talhadas, e as nas quadras, que a seguir se transcrevem, entre a primeira e a segunda, escrevi a palavra «Coro:». Isto quer dizer que havia, entre as duas, um coro que cantava qualquer coisa. Mas em vez de qualquer coisa que se cantava, apenas fiz uns traços indicativos desse facto e mais nada.
Está a assim:
Chamaste-me galo riço
Por eu nascer em Janeiro.
Só tenho pena de um dia
Não ir dormir ao teu poleiro.
Coro: ---------------------
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Chamaste-me coradinha
Do alto da oliveira.
Não hei-de casar contigo
Prefiro ficar solteira.
Como se pode ver com facilidade, há aqui um diálogo entre um rapaz e uma rapariga. Mas para além disto e da brejeirice com que as quadras se apresentam, nada mais sei.
Pois; também sei que é uma pena não saber o resto.
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Chamaste-me coradinha
Do alto da oliveira.
Não hei-de casar contigo
Prefiro ficar solteira.
Como se pode ver com facilidade, há aqui um diálogo entre um rapaz e uma rapariga. Mas para além disto e da brejeirice com que as quadras se apresentam, nada mais sei.
Pois; também sei que é uma pena não saber o resto.
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A propósito de recolhas, referi antes que tínhamos obtido indicações adequadas quanto à recolha de uma moda de roda, conhecida pela «Carvalha da Barroca».
Encontrei agora alguns elementos escritos, que dão a ideia do que era essa modinha. Simples, como simples eram as modinhas que o povo utilizava no seu tempo de confraternização, de relacionamento e de ócio, brincadeira e de festa.
Essa cantiga, que me parece muito curta, mas é apenas o que tenho nos meus apontamentos, diz assim;
A carvalha da barroca,
Hei-de a mandar cortar.
Tenho o meu amor doente,
Não posso ver verdegar.
(Entra aqui um estribilho do seguinte teor)
Ó de ginga-ginga
Ó de ginga-ginga bem.
Quem quiser dançar o ginga
Abraça-te a mim meu bem.
A palavra verdegar quer dizer verdejar, tornar-se verde. Não sabemos, no estribilho, se se cantava «Ó de ginga-ginga» ou se se cantava «Ó se ginga-ginga», porque a letra não está muito perceptível. Mas parece-me que será a primeira hipótese.
A primeira vez que esta cantiga foi apresentada foi no cine-teatro S. Pedro.
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