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sábado, 12 de setembro de 2009

Gente destas terras - V

Conselheiro Rodrigues Bastos pelo mundo literário

Falando do Conselheiro Rodrigues de Bastos, que nasceu no lugar do Moutedo, freguesia de Valongo do Vouga, cujo nome está perpetuado na rua principal de Arrancada que vai do cruzeiro até junto da capela de Santo António, é falar também de uma obra literária, além de cargos públicos de grande relevo e prestígio que desempenhou.
Para aquilatar dessa importância, é de realçar a sua influência na literatura, sendo motivo de alguns estudos, além de outras actividades, tendo ainda bastantes referencias e ligações aos aspectos espirituais e religiosos do seu tempo, com visão abrangente e profetica.
Antes que o espaço se torne exiguo e o texto longo, passemos de imediato a algumas histórias. Nas minhas andanças encontrei um site com este texto a confirmar as suas funções de estado.

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Teatro Romano de Sagunto

EDITAL

José Joaquim Rodrigues de Bastos, do conselho de sua magestade, seu desembargador do paço, fidalgo cavalleiro da casa real, professo na ordem de Christo, intendente geral da policia da côrte e reino, etc.

Devendo ser os theatros a escola dos costumes e a innocente diversão dos cidadãos pacíficos; e havendo-se abusivamente introduzido n'elles a mania do levantar arbitraria e indiscretamente vivas e de recitar versos, que, se algumas vezes indifférentes, outras subversivos, têem concorrido muito para escandecer os ritos e perturbar o publico socego: faço saber o seguinte:
1.º Nenhum espectador levantará vivas nos theatros, seja qual for o seu objecto. Ás auctoridades só pertence fazel-o, quando o julgarem conveniente.
2.º Nenhum igualmente recitará prosa ou versos, sem ter apresentado tudo o que pretender recitar ao ministro inspector, e obtido d'elle licença por escripto.
A contravenção a esta ordem será immediatamente seguida da prisão e os contraventores serão punidos como desobedientes ás auctoridades e perturbadores do socego publico.
Lisboa, em o 1.° de agosto de 1827.== José Joaquim Rodrigues de Bastos.

(respeitada a redacção da época)

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Num trabalho de Eugénio dos Santos, professor da Faculdade de Letras – História, apresentado nas Jornadas de Estudo da Casa de Camilo (Famalicão) em 13 de Outubro de 1988, este docente na sua comunicação intitulada “A sensibilidade religiosa de Camilo: Uma consciência perante a sua época”, refere-se ao Conselheiro Rodrigues de Bastos, desta forma: «Assim, a propósito da publicação da 5ª edição da obra do conselheiro José Joaquim Rodrigues de Bastos, “Meditações ou Discursos Religiosos" (Porto, 1850), onde, sintomaticamente, se escreve na introdução que «o acontecimento maior da nossa idade… é o movimento religioso que actualmente agita o mundo», o nosso autor produziu uma série de afirmações bem sugestivas:» Seguem-se transcrições do livro “Meditações ou Discursos Religiosos” que, pelo espaço que ocupam, não vamos reproduzir, sob pena de correr o risco de enfado. Mas, para matar a curiosidade, clique aqui… (pág. 303)
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Brevemente nos referiremos a outros acontecimentos em que a literatura e a figura do conselheiro Rodrigues de Bastos se encontra citado.

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