A Via-Sacra em Valongo do Vouga
Talvez não seja adequado o tempo para falar em via-sacra. Mas pelo menos fica desde já alguma história sobre a via-sacra a que se referem as imagens aqui digitalizadas.
Trata-se de um pequeno folheto onde estão inseridas algumas explicações, e orações, segundo as respectivas estações, já com quase 60 anos de idade! É que tais folhetos foram impressos, como consta nos mesmos, em Janeiro de 1950.
Foi, ainda, o seu conteúdo, utilizado durante alguns anos pelo Sr. Padre António Ferreira Tavares, anterior pároco da freguesia, que depois, segundo cremos, mandou fazer outros com as mesmas características.
O que se pretende com este post é apenas fazer história. Não é fazê-la repetir, pois como diz o povo a história não se repete, (há quem não concorde) porque tudo na vida deve evoluir (o ideal seria que tudo evoluísse no bom sentido).
E fazer história seria recordar não só as vias-sacras de Arrancada e Valongo, mas, principalmente, uma via-sacra, que marcou a minha infância. Passava-se na Veiga, quando de manhã muito cedo, antes de todos começarem o trabalho, ao nascer do sol, era eu sacudido da enxerga e acordado pela monocórdica mas interessante música cantada por grande grupo de pessoas, Veiga abaixo, até ao terreno do Calvário, no início daquele lugar, ali a meia dúzia de metros do entroncamento da estrada Aguieira - Arrancada, a seguir ao cruzeiro do primeiro lugar. É que com familiares que já não são vivos, morei na Veiga durante algum tempo. Naquele terreno, que não estava como hoje está, havia uma série de cruzes e à volta de cada uma, com as respectivas estações, se terminava a via-sacra. Este terreno é propriedade da Junta de Freguesia, cuja área está reduzida a uma ínfima meia dúzia de metros quadrados, quando era, para nós, crianças, um grande campo de futebol, onde se jogava até à hora de ir para a escola.
E nessa via-sacra, destacava-se e bem a condução da mesma pela voz do Sr. Manuel Marques de Almeida, residente na Veiga, como todos sabem.
Neste folheto, já todo rasgado pelo tempo, são ainda visíveis alguns apontamentos feitos pelo referido prelado, que serviam de orientação para levar a bom termo esta cerimónia penitencial na quaresma.
Para recordar, aqui ficam as digitalizações das quatro páginas, tantas quantas constituíam o referido folheto, em tamanho A5, dobrado ao meio. E, como consta no folheto, estava no rol das “Tradições de Valongo do Vouga”, além de outras, que foram muito importantes e de grande impacto, na época quaresmal, nesta freguesia, cuja semana anterior à Páscoa, era chamada a semana das Endoenças, que quer significar, em termos simples e resumidos, “solenidades religiosas na quinta-feira santa” ou, de outra forma, "Celebração eclesiástica da Paixão de Cristo, na quinta-feira santa". Penso que essa tradição extinta era mais que uma "Celebração Eclesiástica" apenas reduzida à quinta-feira da semana santa.
E neste folheto consta uma nota que tem uma ligação importante ao 'Cantar as Almas Santas', como em post anterior já referi. É só verificar, no folheto e no post…
Trata-se de um pequeno folheto onde estão inseridas algumas explicações, e orações, segundo as respectivas estações, já com quase 60 anos de idade! É que tais folhetos foram impressos, como consta nos mesmos, em Janeiro de 1950.
Foi, ainda, o seu conteúdo, utilizado durante alguns anos pelo Sr. Padre António Ferreira Tavares, anterior pároco da freguesia, que depois, segundo cremos, mandou fazer outros com as mesmas características.
O que se pretende com este post é apenas fazer história. Não é fazê-la repetir, pois como diz o povo a história não se repete, (há quem não concorde) porque tudo na vida deve evoluir (o ideal seria que tudo evoluísse no bom sentido).
E fazer história seria recordar não só as vias-sacras de Arrancada e Valongo, mas, principalmente, uma via-sacra, que marcou a minha infância. Passava-se na Veiga, quando de manhã muito cedo, antes de todos começarem o trabalho, ao nascer do sol, era eu sacudido da enxerga e acordado pela monocórdica mas interessante música cantada por grande grupo de pessoas, Veiga abaixo, até ao terreno do Calvário, no início daquele lugar, ali a meia dúzia de metros do entroncamento da estrada Aguieira - Arrancada, a seguir ao cruzeiro do primeiro lugar. É que com familiares que já não são vivos, morei na Veiga durante algum tempo. Naquele terreno, que não estava como hoje está, havia uma série de cruzes e à volta de cada uma, com as respectivas estações, se terminava a via-sacra. Este terreno é propriedade da Junta de Freguesia, cuja área está reduzida a uma ínfima meia dúzia de metros quadrados, quando era, para nós, crianças, um grande campo de futebol, onde se jogava até à hora de ir para a escola.
E nessa via-sacra, destacava-se e bem a condução da mesma pela voz do Sr. Manuel Marques de Almeida, residente na Veiga, como todos sabem.
Neste folheto, já todo rasgado pelo tempo, são ainda visíveis alguns apontamentos feitos pelo referido prelado, que serviam de orientação para levar a bom termo esta cerimónia penitencial na quaresma.
Para recordar, aqui ficam as digitalizações das quatro páginas, tantas quantas constituíam o referido folheto, em tamanho A5, dobrado ao meio. E, como consta no folheto, estava no rol das “Tradições de Valongo do Vouga”, além de outras, que foram muito importantes e de grande impacto, na época quaresmal, nesta freguesia, cuja semana anterior à Páscoa, era chamada a semana das Endoenças, que quer significar, em termos simples e resumidos, “solenidades religiosas na quinta-feira santa” ou, de outra forma, "Celebração eclesiástica da Paixão de Cristo, na quinta-feira santa". Penso que essa tradição extinta era mais que uma "Celebração Eclesiástica" apenas reduzida à quinta-feira da semana santa.
E neste folheto consta uma nota que tem uma ligação importante ao 'Cantar as Almas Santas', como em post anterior já referi. É só verificar, no folheto e no post…
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