Conselheiro José Joaquim Rodrigues de Bastos
(1777 - 1862)
Vista parcial inferior da capela de Santa Ana-Moutedo
(Foto de Filipe Vidal)
Das pessoas desta freguesia, que perponderaram na vida e elevaram bem alto os seus nomes e o nome da localidade donde eram oriundos, pelos seus feitos públicos, políticos e até religiosos, alguns deles quase contemporâneos, outros já de tempos mais afastados, existe um nome que pouco se tem referenciado em termos públicos e históricos: O Conselheiro Rodrigues de Bastos.
Para além de uns mosaicos colocados numa rua de Arrancada do Vouga, e outras curiosidades que o Jornal «Valongo do Vouga» teve ocasião de enaltecer, nada mais se conhece correndo o risco de ficar envolvido pelo nevoeiro do olvido de muitos.
Salva-se, neste caso, o muito que existe a seu respeito em muitas e importantes bibliotecas. Os seus livros têm um valor substancial nos alfarrabistas. Os catedráticos das Faculdades de Letras a ele se referem com bastante assiduidade em algumas conferências, tratados e outros encontros de literatura, história e afins. E curiosamente, de forma preponderante, pelas consultas feitas, no Brasil.
Para o que acabo de dizer, nem são necessárias grandes provas, fotocópias, ou outros documentos convincentes. Basta fazer o que é básico no ciberespaço; clique no browser do Google, pesquisar "Conselheiro José Joaquim Rodrigues Bastos" e logo lhe surgem bastantes referências que qualquer Valonguense se sentiria honrado e enaltecido ao verificar o quanto é citado.
Temos pena de não ter qualquer imagem sua.
Hoje vamos apenas deixar uma pequena e resumida biografia, que a Junta de Freguesia possui no seu site, juntamente com outras de outros ilustres naturais destas Terras, que diz o seguinte:
«Nasceu no lugar do Moutedo no dia 8 de Novembro de 1777. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Foi uma notável figura política e literária. Teve funçoes de Juiz do Tombo da comarca de Barcelos; desempenhou vários cargos políticos em diferentes distritos; foi Desembargador da mesa do Desembargo do Paço. No campo literário publicou várias obras como: Biografia da Sereníssima Senhora Infanta D. Isabel Maria; Meditações ou Discursos Religiosos; Colecção de Pensamentos, Máximas e Provérbios; A Virgem da Polónia; Os dois Artistas ou Albano e Virginia. O Dr. Rodrigues Bastos também era colaborador do jornal portuense "O Comércio".» Faleceu em 1862.
*****
Penso que alguns aspectos que marcaram e marcam a importância, a inteligência e o valor do Conselheiro Rodrigues de Bastos, devem ser tornados públicos. Além desses factores, ressaltam ainda os seus valores humanistas e o seu sentimento religioso católico que prosseguia. Disso deu públicos e grandes testemunhos, que se podem comprovar através das suas obras.
Como temos algumas coisas que a ele dizem respeito na área literária, que certamente nunca foram do conhecimento local, a elas nos referiremos em próximos post's.
Então, até lá...
Sem comentários:
Enviar um comentário