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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Gente destas terras - XII

A família Pacheco Teles


Socorrendo-nos de António Simões Estima, em de «Ualle Longum a Valongo do Vouga – Subsídios Monográficos – 2003», verificamos, quando começamos a ler o capítulo que aquele autor dedica aos homens ilustres de Valongo do Vouga, que a família da Quinta de Aguieira possui uma antiquíssima genealogia.
É natural que esta génese tenha origem, como se pode ver na página 285, em Domingos João Teles e Antónia Gomes Pacheco, que por volta do ano de 1670, tiveram um filho de nome João Gomes Pacheco, que foi bispo, ilustre e importante figura do tempo. Mas, fazem-nos recuar estes pressupostos, porque era bispo e, como parece fazer-se entender, não terá deixado descendência. E assim, faz-nos pensar que o início desta genealogia pode estar em Mathias Gomes Pacheco e Francisco Gomes Arede, cujo filho, Agostinho Pacheco Teles, nasceu na Quinta do Sobreiro, em 1692, e que se formou em Direito pela Universidade de Coimbra.
Seguindo com a leitura, chegamos ao Dr. José Agostinho Figueiredo Pacheco Teles, já nascido em Aguieira, em 8 de Agosto de 1752, filho de Nicolau Baptista de Figueiredo Távora de Morais, natural de Dardavaz, concelho de Tondela, e de Joana Josefa Teles Vidal Pacheco, natural do Lugar de Aguieira. Vamos admitir que nesta data o palacete da Quinta de Aguieira já existia. É natural que seja aqui o início da existência da família Teles, Figueiredo e Pacheco.
Uma referência para uma descrição fiel, muito sucinta, inscrita no livro «As Meninas Mascarenhas», editado em 1983, por iniciativa do então pároco de Valongo do Vouga, Pe. António Ferreira Tavares, no qual esta hereditariedade é meticulosamente explicada.
Um outro pormenor a destacar é que os “Pachecos Teles” sempre desempenharam a profissão de advogados.
Provocou-nos alguma curiosidade a história que culminou com a morte, por assassínio, do Dr. Nicolau Baptista Teles de Figueiredo Pacheco, que António Estima, naquela monografia nos conta. E este era filho do Dr. José Agostinho e Maria Luiza Magalhães, residentes na Quinta de Aguieira.
Depois, o protagonista da história de «As Meninas Mascarenhas», Dr. Joaquim Álvaro Teles de Figueiredo Pacheco, nascido em 16 de Abril de 1816, era irmão do Dr. Nicolau que foi baleado na noite de 28 de Agosto de 1842, quando entrava na sua casa, pelo célebre João Brandão.
Como refere o Pe. António Ferreira Tavares, após outras peripécias contadas e ilustradas no referido livro, esta família extinguiu-se em 1902, por não haver descendência da família Pacheco Teles, que muita influência teve, económica e politicamente, na freguesia e no concelho e até no país.

2 comentários:

Unknown disse...

Boa Tarde,

Gostei muito da sua descrição, no entanto queria apenas fazer uma ligeira correcção. A Família Figueiredo PAcheco telles continuou na descendência de José Agostinho de Figueiredo PAcheco Telles (irmão do Visconde de Aguieira), morador em Lourosa, lugar situado em Santiago de Besteiros, e por casamento deu origem à família Pacheco Telles de Sousa Mendes.

José Marques Ferreira disse...

Exmº Senhor Tiago Sousa Mendes:

Agradeço o seu comentário. E é bem-vindo, principalmente quando se trata de corrigir pormenores que nos escapam, nestas coisas da genealogia.
Sou especialista apenas na vontade e no gosto pelas coisas históricas, principalmente da minha área geográfica - Valongo do Vouga.
Sobre o que me diz, já li algures (a propósito da narrativa de «As Meninas Mascarenhas») que houve um encontro desta família em Lourosa, que refere no seu comentário.
Como sou apenas um curioso destas coisas, penso que devo agradecer a contribuição que deu para o enriquecimento da história, da família dos Pacheco Telles e destas Terras.
O meu muito obrigado, que lhe dirijo por esta via, já que não tenho outra conhecida para o fazer formalmente.

Os meus cumprimentos,

JM Ferreira

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