Os Magos do Oriente - V
No seguimento do que aqui se tem dito sobre os Magos, há um monte de teorias que dificlmente se podem concretizar em factos absolutos e irrefutáveis. Uma coisa, penso, que me pode ter convencido em todas as pesquisas efectuadas. A sua existência.
Na Bíblia que tenho citado, há até uma anotação na página 912, livro dos Salmos, salmo 72 (71), que referindo-se ao versículo 10, aponta que Társis poderá ser Tartessos, no extremo ocidental, no sul da península Ibérica (ver salmo 48,8; Gn 10,4; 1Rs 10,22). As ilhas são os países do mar, ilhas e continentes (Is 40,15; 66,19). Sabá fica no sul da Arábia (1 Rs 10,1; Jn 1,3) e Seba poderá localizar-se no nordeste africano.
Penso que aqui pode estar um pouco da história que se conta àcerca da sua proveniência, como disse em capítulos anteriores (europeu, asiático e africano). Mas não serão coincidências?
As descobertas arqueológicas, segundo outros especialistas pouco lidos pelo comum dos portugueses, apontam a sua existência e sepultamento, cujos restos mortais terão sido transportados para Itália (Milão no século V) e depois trasladados finalmente para Colónia, na Alemanha, que, como já disse se supõe estarem ali desde 1163.
Também não deixa de ser curioso este apontamento que encontramos em acidigital.com, quando se refere à estrela:
«Em 17 de Dezembro de 1603, Johannes Kepler, astrónomo e matemático da corte do Imperador Rodolfo II, de Hasburgo, ao observar com um modesto telescópio do castelo de Praga a aproximação de Júpiter e Saturno na constelação de Piscis, perguntou-se pela primeira vez se o Evangelho não se referia precisamente a esse mesmo fenómeno. Foram feitos grandes cálculos até descobrir que uma conjunção deste tipo ocorreu no ano 7 a.C. lembrou também que o famoso rabino e escritor Isaac Abravenel (1437-1508) havia falado de um influxo extraordinário atribuído pelos astrólogos hebreus àquele fenómeno: o Messias tinha que aparecer durante uma conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Piscis. Kepler escreveu nos seus livros a sua descoberta, mas a hipótese caiu no esquecimento, perdida o seu imenso legado astronómico».
Quanto ao número, há outros especialistas que auguram não só três pessoas, mas numa pintura de S. Pedro e S. Marcelino, mostra dois; num outro lado, parece que numa pintura de um cemitério, aparecem quatro; num grande jarro do Museu Kircher, são oito; e há ainda um outro apontamento que li em que se admite terem sido doze os que adoravam o Menino. Tudo não passa de suposições, ligadas à arte.
Para que não nos percamos em hipóteses, há algumas situações conclusivas deste trabalho incompleto e modesto. Por um lado, parece tornar-se claro que tais pessoas existiram, mas sem certezas quanto ao número. As origens, também não estão muito concretamente definidas, mas certamente que seriam oriundos de qualquer império dos Partos, ou da casta sagrada dos Medos, ou seja, pessoas com conhecimentos e influência daquelas culturas.
Que terão regressado por outro caminho, admitindo-se a hipótese de tal regresso ter sido pelo Jordão, da tal forma que se desviassem de Jerusalém e Jericó; ou então fizeram um rodeio para o sul, através de Berseba, hoje rota de Meca no território de Moab e Mar Morto. Diz-se que depois do seu retorno à respectiva pátria, os Magos foram baptizados por S. Tomás e trabalharam muito na propagação da fé em Jesus Cristo. (http://nsrasallette.org.br/ entre outros).
Deve dizer-se, a terminar, que a literatura opinativa brasileira sobre esta matéria, cada qual a pretender evidenciar-se nas suas teorias, é bastante profusa.
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