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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

NA ÉPOCA DE NATAL



Um amigo, natural da freguesia e residente em Lisboa, já lá vão uns anitos, sugestionou-me com um vídeo idêntico. Lá fui à cata dele e aqui o deixo, porque o considero original, embora, certamente, haja quem não concorde muito. Mas na era digital e das novas tecnologias, como devemos encarar esta ideia? Natural, com a condescendência do espírito de Natal!
Porque ideias idênticas e interessantes, o Youtube tem lá mais... é só ir ver.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Duas prendas de Natal!

Tinha a intenção de, a partir do post anterior, não aparecer aqui antes do Natal, mas sou forçado a fazê-lo para deixar duas prendas.
Uma delas tinha sido recebida de um amigo meu internauta de Aveiro, que se «desfez e desapareceu» quando esta máquina esteve «doente», como aqui já disse. É uma peça, que muitos não gostarão de ouvir, pelo «conteúdo» musical que pressupõe tristeza, mas que é uma interpretação fenomenal da muito conhecida peça musical o SILÊNCIO. Feita uma pesquisa, não foi difícil encontrar o que o meu amigo me tinha enviado. Pode apreciá-la a seguir. E repare na sua intérprete...
A outra prenda, agregada àquela, não deixa de ser, também, curiosa e artísticamente fantástica.
Foi por isto e só por isto, que aqui voltei.
Boas Festas Natalícias.
Se gosta, delicie-se...





sábado, 18 de dezembro de 2010

Natal

Este foi o modo que encontrei de me dirigir a todos para apresentar os meus votos de Feliz e Santo Natal. Pelo menos mais quentinho por fora e por dentro.



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Última Coluna


Era assim chamada uma rubrica da minha responsabilidade no jornal paroquial «Valongo do Vouga», do qual era director o Revº Pe. António Ferreira Tavares. Era mesmo a última coluna, da última página do jornal.
Penso que ainda não tinha dado a conhecer todos os apontamentos daquela rubrica, embora algumas já por aqui tivessem passado, em nostálgica recordação, nomeadamente esta, que apesar de ainda ser relativamente cedo para a o tema e época que se aproxima, aqui a quero recordar. O título era:


O Natal não é Natal!

E dizia assim:
Estamos no Natal. Era natural que aqui, nesta pequena coluna, sujeita a um pequeno espaço, tal qual aquele que Maria e José tiveram como resguardo numa noite, quando se deslocavam para Belém, para cumprir um dever, dimanado de um decreto do imperador romano César Augusto: o seu recenseamento.
Na realidade aquele quadro pobre, sem condições, onde o calor era apenas o provocado pela aglomeração dos animais ali guardados, devia fazer parar, para pensar, qualquer mortal que, nesta altura, passa a vida num corre-corre atrás de gastos, muitas vezes supérfluos, atrás de luzinhas e outras miragens, atrás de guloseimas e outras coisas de consumo que a vida moderna nos oferece a todos sem medida.
No meio desta desenfreada e competitiva correria, muita gente «se esquece» que o verdadeiro Natal, tal como o lemos na Bíblia ou noutro livro, mesmo histórico, não nos parece que a sua mensagem fosse esta e para ser assim vivida.
Se o Natal tem o conteúdo que é o de comemorar o Nascimento de Cristo (para os cristãos), também pretende lembrar e comemorar a verdadeira família, em harmonia, na modéstia e não a «banhar-se» em enormes gastos, em muitas prendas, em «muito amor» que apenas se vive nesta época.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Natal?!

"Mãe, o Pai Natal existe?"
Aprenda a resolver este dilema

Acreditar no Pai Natal é saudável, dizem os psicólogos. Contudo, mais tarde ou mais cedo, os seus filhos vão descobrir que ele não existe. Descanse: não haverá traumas. Saiba como lhes contar.
....


No Jornal i on line, de 14 de Dezembro de 2009, da autoria de Vanda Marques, que pode consultar clicando aqui, há um artigo interessante sobre este tema, do qual apresentamos os tópicos em azul.
Agora que as azáfamas do natal, as ansiedades, o corre-corre, que os brinquedos "desapareceram" das prateleiras de super e hiper-mercados, agora que as luzinhas se apagaram, que as ilusões terão sido mesmo algumas, agora que o barulho das musiquinhas se calaram, que as iluminações se desmontaram, que as guloseimas provocaram mais glicémia, colesteróis e outros «bichos» do género, penso que é tempo de meditar se aquela época deveria ter sido mais prolongada ou não, se se deveria manter diariamente (que exagero!) para benefício de todos (mas onde estão as possibilidades para isso?) continuando a provocar as ilusões que o artigo sublinha e recomenda como se vai responder a uma criança que pergunta: «Onde está o Pai Natal?», ou «O Pai Natal existe?».
Leia aquele artigo, que nós prometemos trazer aqui, agora que estamos todos numa «ressaca» de tudo aquilo que representou - que não representou, para muitos - O Natal e o seu Pai.
Mas que diabo de asneira!!! O Natal tem Pai?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Eclesialmente

Cristãos ortodoxos celebram Natal


Algumas Igrejas Ortodoxas Cristãs continuam a usar e a seguir o antigo calendário Juliano, que precedeu o calendário Gregoriano, que regula o mundo ocidental. O calendário Juliano tem uma diferença de 13 dias face ao Gregoriano, pelo que o Natal se celebra a 7 de Janeiro e a Epifania a 19 do mesmo mês.
.....
Fonte: - SNPCultura, com fotos da celebração do Natal, que pode ver aqui


Tiblissi, Georgia, AP - Igreja Ortodoxa

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O Natal na música e na poesia

Um vagido que atravessa o coração


Deus abandonou a sua glória e veio até mim.
Viveu entre tipos insignificantes como eu
Por mim, e em meu lugar, entregou-se
tomando sobre si vergonha e humilhação.
Perante atenções tais dou comigo a pensar:
Quem sou eu?
Se um Rei derramou o seu sangue por mim.
Quem sou eu?
Ele rezou toda a noite por mim".

Não, não foi um autor espiritual quem assinou estes versos dedicados ao tema teológico da Incarnação. Talvez constitua uma surpresa, mas estes versos fazem parte do reportório de um mito (e não apenas americano) do rock'n roll, Elvis Presley, morto há mais de trinta anos, mas que continua a ser celebrado, amado e até idolatrado. O seu universo poético e musical não unia apenas transgressões exasperadas, convenções e esteriótipos, protesto e felicidade rápida, mas combinava também o country branco com o rythm and blues negro, cujos temas tinham frequentemente uma espessura espiritual.

Há mais no snpcultura que pode ler e ver um vídeo dos U2, clicando aqui...

sábado, 26 de dezembro de 2009

O natal e as luzes

Viver o natal



Certamente que há muitas maneiras de viver o natal. Penso até que o melhor seria vivê-lo... sempre. Segundo o dom, o sentir, e a forma de cada um o demonstrar.
Isso passa, necessariamente, pelos actos. E entre eles, há tantos, que já começam a ser lugar comum dizer-se que é o tempo do perdão, da solidariedade, da tolerância, do amor para com e entre todos, como disse há pouco tempo aqui, mesmo para com aqueles que nos são ou demonstram para connosco serem indiferentes... porque, repito, não há inimgos...
......
.....
Aqui bem perto, ao fundo da igreja de Valongo do Vouga, o António Nogueira Simões dos Santos (filho), vive cada natal, há já uma série de anos, com a casa cheia de iluminações próprias da época. Com essas iluminações são feitos vários desenhos e figuras, qual delas a mais sugestiva e diversa.
As fotos que ilustram este post não mostram tudo, nomeadamente as figuras iluminadas que estão no solo. A beleza e esta forma de viver o natal, cada um a verá e entenderá como bem lhe aprouver.
.....
Poderão existir algumas divergências, no que toca à interpretação e alcance da iniciativa. Mas se alguém quer viver o natal, exteriorizando assim esta forma de o ver e sentir, penso que ninguém tem nada a ver com isso e com as intenções de quem lhe dá vida e cor.
De qualquer modo é caso para reafirmar que a festa do natal faz magias... muitas magias...
Porque é que não é assim todos os dias?

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal

O Presépio da Igreja de Valongo do Vouga

A um cantinho da igreja
O presépio era feito
Pelas mãos do sacristão
Com devoção e respeito.

Com alguma antecedência
O musgo se apanhava
Cada um, seu pedacinho
Ao sacristão se levava.

Depois, ele e os ajudantes
Nesse canto o espalhavam
Fazendo montes e vales
Um lindo aspecto lhe davam.

Ao olhar os tons do musgo
Ficava-se com uma ideia
Que se estava a vislumbrar
Um pedaço da Judéia.


Depois, por montes e vales
O serrim lá se espalhava
A fingir que eram estradas
Que ao presépio nos levava.

Aqui e ali dispersas,
Dum modo às vezes bizarro
Eram então colocadas
As figurinhas de barro.

Lá bem no cimo dum monte
Como a dominar a grei
Com imponência e majestade
Ficava o palácio do Rei.

Pastoreando os rebanhos
Montes subindo e descendo
As figuras dos pastores
Iam também aparecendo.

Com cordeirinhos aos ombros
Ou nas flautas tocando
As figuras de mercadores
P'las ruas iam ficando.

E no sítio mais longínquo
É que os Reis-Magos ficavam
Sempre à procura da estrela
Só a seis de Janeiro chegavam.

E lá no alto, pendurada
Estava a estrela-Luz
A indicar o caminho
Até ao Menino Jesus.

S. José e Nossa Senhora
E os animais também
Estavam lá no Presépio
Na lapinha de Belém.

E no dia de Natal
Com o fato domingueiro
Para beijar o "Menino"
Todos queriam ser o primeiro.

Quem dera poder voltar
Outra vez a ser criança
E ver de novo o Presépio
Que ainda guardo na lembrança.


Do livro de poesia de Júlia Magalhães "Ponto Final"
Editado em 2009 pela autora
Gravura digitalizada do mesmo livro, que representa
O Presépio da Igreja de Valongo do Vouga, a que este
poema se refere.

Para o dia de Natal


Para rezar junto à Manjedoura

Bem-aventurados os que no coração se reconhecem pobres
pois é deles tudo o que há-de vir
.....
Bem-aventurados os que existem mansamente
pois a terra os escolherá para herdeiros

Bem-aventurados os que rompem o muro das implacáveis certezas
pois são outros os caminhos da consolação

Bem aventurados os que sentem, pela justiça, fome e sede verdadeiras:
não ficarão por saciar

Bem-aventurados os que estendem largos os gestos de misericórdia
pois a misericórdia os iluminará

Bem-aventurados os que se afadigam pela paz:
isso torna os mortais filhos de Deus

Bem-aventurados os que não turvam seu olhar puro
pois no confuso do mundo verão passar o próprio Deus

Texto: José Tolentino Mendonça
In snpcultura

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Natal

Cidade de Belém de Judá

Os Magos do Oriente - V


No seguimento do que aqui se tem dito sobre os Magos, há um monte de teorias que dificlmente se podem concretizar em factos absolutos e irrefutáveis. Uma coisa, penso, que me pode ter convencido em todas as pesquisas efectuadas. A sua existência.
Na Bíblia que tenho citado, há até uma anotação na página 912, livro dos Salmos, salmo 72 (71), que referindo-se ao versículo 10, aponta que Társis poderá ser Tartessos, no extremo ocidental, no sul da península Ibérica (ver salmo 48,8; Gn 10,4; 1Rs 10,22). As ilhas são os países do mar, ilhas e continentes (Is 40,15; 66,19). Sabá fica no sul da Arábia (1 Rs 10,1; Jn 1,3) e Seba poderá localizar-se no nordeste africano.
Penso que aqui pode estar um pouco da história que se conta àcerca da sua proveniência, como disse em capítulos anteriores (europeu, asiático e africano). Mas não serão coincidências?
As descobertas arqueológicas, segundo outros especialistas pouco lidos pelo comum dos portugueses, apontam a sua existência e sepultamento, cujos restos mortais terão sido transportados para Itália (Milão no século V) e depois trasladados finalmente para Colónia, na Alemanha, que, como já disse se supõe estarem ali desde 1163.
Também não deixa de ser curioso este apontamento que encontramos em acidigital.com, quando se refere à estrela:
«Em 17 de Dezembro de 1603, Johannes Kepler, astrónomo e matemático da corte do Imperador Rodolfo II, de Hasburgo, ao observar com um modesto telescópio do castelo de Praga a aproximação de Júpiter e Saturno na constelação de Piscis, perguntou-se pela primeira vez se o Evangelho não se referia precisamente a esse mesmo fenómeno. Foram feitos grandes cálculos até descobrir que uma conjunção deste tipo ocorreu no ano 7 a.C. lembrou também que o famoso rabino e escritor Isaac Abravenel (1437-1508) havia falado de um influxo extraordinário atribuído pelos astrólogos hebreus àquele fenómeno: o Messias tinha que aparecer durante uma conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Piscis. Kepler escreveu nos seus livros a sua descoberta, mas a hipótese caiu no esquecimento, perdida o seu imenso legado astronómico».
Quanto ao número, há outros especialistas que auguram não só três pessoas, mas numa pintura de S. Pedro e S. Marcelino, mostra dois; num outro lado, parece que numa pintura de um cemitério, aparecem quatro; num grande jarro do Museu Kircher, são oito; e há ainda um outro apontamento que li em que se admite terem sido doze os que adoravam o Menino. Tudo não passa de suposições, ligadas à arte.
Para que não nos percamos em hipóteses, há algumas situações conclusivas deste trabalho incompleto e modesto. Por um lado, parece tornar-se claro que tais pessoas existiram, mas sem certezas quanto ao número. As origens, também não estão muito concretamente definidas, mas certamente que seriam oriundos de qualquer império dos Partos, ou da casta sagrada dos Medos, ou seja, pessoas com conhecimentos e influência daquelas culturas.
Que terão regressado por outro caminho, admitindo-se a hipótese de tal regresso ter sido pelo Jordão, da tal forma que se desviassem de Jerusalém e Jericó; ou então fizeram um rodeio para o sul, através de Berseba, hoje rota de Meca no território de Moab e Mar Morto. Diz-se que depois do seu retorno à respectiva pátria, os Magos foram baptizados por S. Tomás e trabalharam muito na propagação da fé em Jesus Cristo. (http://nsrasallette.org.br/ entre outros).
Deve dizer-se, a terminar, que a literatura opinativa brasileira sobre esta matéria, cada qual a pretender evidenciar-se nas suas teorias, é bastante profusa.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Natal

É com este instrumental da mais conhecida, cantada e tocada música de natal (Adéste Fidéles), que aqui faço votos aos que por cá passam que, na medida do possível, possam viver esta quadra de santas festas, todos os dias do ano, com muita saúde, paz e alegria. Porque a nossa esperança está a chegar! E também um melhor ano que aquele que passou...

Abraços a toda a gente, indistintamente e sem omitir ninguém, amigos ou indiferentes, porque inimigos não há...

JM Ferreira

A subversão da religião

Em maré de natal


Já que os últimos post's são dedicados à quadra que estamos a viver, penso adequado e oportuno aqui deixar a opinião de um conceituado filósofo e teólogo, Anselmo Borges, no Diário de Notícias, cuja leitura pode completar aqui...
........



Nos últimos tempos, a atenção voltou-se para o que não é de modo nenhum central, quando se pensa no que ele é e no seu significado: como e quando nasceu, se a mãe era virgem, se teve irmãos e irmãs... Compreende-se a curiosidade das pessoas, mas estas perguntas não vão ao essencial.
Hoje sabemos que Jesus nasceu alguns anos antes da era cristã (entre 6 e 4) - o erro deveu-se a Dionísio o Pequeno, quando no século VI calculou a data do seu nascimento. Provavelmente nasceu em Nazaré da Galileia, onde se criou. Os relatos dos Evangelhos referentes ao nascimento e à infância servem-se de linguagem simbólica para significar o que mais interessa. Assim, a data de 25 de Dezembro foi adoptada mais tarde pelos cristãos de Roma, para significar que ele é o Sol verdadeiro que a todos ilumina. A presença dos pastores e dos magos anuncia o núcleo da sua mensagem: que Deus se interessa em primeiro lugar pelos mais pobres e que não exclui ninguém.
Hoje ninguém intelectualmente responsável põe em dúvida que Jesus existiu. A sua existência é atestada não apenas por fontes cristãs, pois há também textos de Flávio Josefo, Tácito, Suetónio, Plínio, entre outros. O que é preciso compreender é que os textos cristãos, concretamente os Evangelhos, são textos de crentes, que narram a história de Jesus a partir da fé e convocando à fé.
Na vida de Jesus, há um paradoxo. Por um lado, viveu num recanto obscuro do Império Romano, a sua vida pública pode não ter chegado sequer a dois anos, morreu crucificado - a pena de morte mais ignominiosa, aplicada aos escravos. Por outro lado, a sua influência decisiva atravessa a História e mais de dois mil milhões de homens e mulheres reclamam-se ainda hoje do seu nome e confiam nele na vida e na morte.
.....
In Anselmo Borges, no Diário de Notícias

sábado, 19 de dezembro de 2009

Natal

Os Magos do Oriente - IV



Os Magos do Oriente, diz Mateus, segundo o seu Evangelho, que encontrando Jesus «numa casa» com Maria, Sua Mãe, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.
Em anotações e algumas explicações de que está recheada a Bíblia, bem como outras publicações sobre este assunto, diz-se que aqueles presentes estão tradicionalmente ligados à Arábia e significavam as dádivas de todos os povos ao Messias esperado, neles se evidenciando a profecia do Salmo 72,10.11.15; e em Isaías 60,6.
Segundo a quase totalidade de exegetas, estes presentes simbolizavam a realeza (o ouro), a divindade (incenso) e da humanidade sofredora de Cristo (mirra). O ouro significa o reconhecimento da realeza de Cristo, além da providência divina para a sua futura fuga para o Egipto, quando Herodes mandaria matar todos os meninos até aos dois anos de idade, em Belém; o incenso significa a fé e já era, como ainda é, usado nos templos para simbolizar a oração e as preces feitas a Deus, assim como a fumaça sobe ao céu; a mirra é uma resina antiséptica usada nos embalsamentos desde o antigo Egipto e remete-nos ao género de morte que esperava Jesus Cristo, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamento do corpo de Jesus (João, 19, 39-40).
Deve-se aos Magos a tradição da troca de presentes. Essa tradição entra nos hábitos humanos (mas não em todos os países), e passa a realizar-se pelo Natal. Quanto a nós, e seguindo os hábitos de muitos países, até entre cristãos, a permuta de presentes é feita no tempo de celebração dos Reis. Até aqui na nossa vizinha Espanha tal acontece. Se foram os Reis Magos (que não eram Reis, como já foi explicado mas a quem se atribui esse título para "confirmar" as profecias que constam do AT àcerca do Messias) que influenciaram o início desta tradição dos presentes, tem alguma lógica que tal seja lembrado na época festiva que lhes é dedicada.
Mas, enfim, é quase impossível modificar isto, pelo menos quando tudo está muito enraizado...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Natal

Fotocromo da Catedral de Colónia, tirada em 1890, dez anos após a sua conclusão
Fonte: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

Os Magos do Oriente – III

Estamos cientes que o que aqui vamos dizendo sobre os Magos do Oriente serão situações mais banais e correntes, do que coisas novas que certamente estariam à espera. Porém, também me convenço que há por aí muita gente que porventura estará a leste destas coisas. Sendo assim, há que continuar e divulgar o que encontramos.
Vamos rodear algumas ideias sobre os nomes dos Magos e os significados que lhe foram atribuídos ao longo dos tempos. Seriam três? Como já disse, este número está na relação directa do número de presentes. Vamos aos nomes:
MELCHIOR (ou Belchior) - Encontrei ainda o nome de Belquior. Há quem afirme que este nome quer dizer «O meu Rei é Luz.»
GASPAR: - Este nome foi designado o que significa «Aquele que vai inspeccionar».
BALTAZAR: - Quer traduzir esta afirmação: «Deus manifesta o Rei».
Mas também há quem lhes atribua outros significados: rei da luz, o branco, e senhor dos tesouros. Origens também; um seria branco (europeu), outro seria amarelo (asiático) e outro negro (africano). Existem ainda origens, como sendo Melchior, rei da Pérsia, Gaspar, rei da Índia e Baltazar rei da Arábia.
Porquê Magos?
Magos, por se admitir serem astrólogos ou astrónomos. Interpretavam as estrelas, as constelações: E diz assim um autor: «Quando Júpiter se encontra com Saturno na constelação de Piscis, significa que «o Senhor do final dos tempos» aparecerá neste ano na Palestina. Foi, assim, com esta expectativa que os Magos chegaram a Jerusalém e perguntaram aos seus habitantes e depois a Herodes, pelo menino.
E acrescenta ainda: «A tripla conjunção dos dois planetas na constelação de Piscis explica também a aparição e o desaparecimento da estrela, dado confirmado pelo Evangelho. A terceira conjunção de Júpiter e Saturno unidos como se fossem um grande astro, ocorreu de 5 a 15 de Dezembro. No crepúsculo, a intensa luz podia ser vista para o sul, de modo que os Magos do Oriente, ao caminhar de Jerusalém a Belém, a tinham diante de si. A estrela parecia mover-se, como explica o Evangelho, "diante deles"» (Mt 2,9).»
A exegese vê nesta chegada dos Magos o cumprimento de uma profecia contida no livro dos Salmos (Salmo 72 (71), vers. 11) «Todos os reis se prostrarão diante dele; todas as nações o servirão.» E até o versículo 10 daquele salmo, refere claramente esta profecia: «Os reis de Társis e das ilhas oferecerão tributos; os reis de Sabá e de Seba trarão suas ofertas.»
A Bíblia de que nos socorremos e já identificamos, esclarece que o livro dos Salmos são poemas religiosos compostos ao longo de muitos séculos... e que a maioria seja anterior ao Exílio e alguns deles possam ser do tempo de David e ainda outros pouco tempo antes do Novo Testamento.
Resta mais uma curiosidade encontrada. Os Magos separaram-se, e há quem comente que se reencontraram cinquenta anos depois do primeiro natal, em Sewa, cidade da Turquia, onde vieram a falecer. Os restos mortais destes personagens foram trasladados para Milão, na Itália e daqui para Colónia na Alemanha. E é na Catedral desta cidade, que se encontra o túmulo dos Reis Magos.
Portanto, em primeira análise, podemos afirmar que os Magos existiram, tinham um objectivo que os exegetas interpretaram como uma Mensagem Divina.

A seguir: os significados dos presentes.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Natal

Os Magos do Oriente - II

Este segundo capítulo sobre os Reis Magos, ou apenas Magos, vai-nos introduzir no aspecto histórico e temporal do acontecimento.
Herodes, o Grande, nasceu cerca do ano 73 a.C. Foi nomeado rei pelo Senado romano no ano 40 a.C. Político hábil e governador cruel, aliou-se aos romanos e aos fariseus, de quem recebeu benesses. Foi ainda um grande construtor de Jerusalém (Mt 2,1). Morreu no ano 4 a.C., podendo fixar-se o nascimento de Jesus dois anos antes.
Não tenho conhecimentos, nem encontrei explicação para este desfazamento de tempo. Mas esta situação está intimamente ligada à mortandande dos inocentes, o que confirma a caracterização cruel e violenta de Herodes, embora com uma base literária comum a outras (por exº Mt 22,7; Ex 22 1,15-16), o que quer dizer que Herodes ao tomar a decisão de exterminar e, no meio, poder encontrar Jesus Cristo e eliminá-LO, significa, de acordo com teorias que por aí encontrei, que o receio de Herodes poder ser destituído, leva-o a tentar subornar secretamente os Magos. Mais; quando decide mandar matar todos os filhos primogénitos com idade inferior a 2 anos, naturalmente que os Magos chegaram, não pouco tempo depois do nascimento mas por alturas daquela idade (2 anos). Assim, significará que Jesus Cristo já seria uma criancinha e não um bebé acabado de nascer ou ainda de meses.
Por outro lado, a redacção do Evangelho de Mateus, em 2,11, diz que «entrando em casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe.» Ou seja, já encontraram Jesus Cristo numa casa e não na gruta onde ocorreu o parto, «porque não havia lugar para eles na estalagem» (Lc 2,7). Esta frase de Lucas encerra interpretações e mensagens teológicas importantes.
Voltemos aos Magos:
Os restantes evangelistas não referem este acontecimento. Nem o número dos Magos nem a sua condição de reis pode ser confirmada. Muito menos os seus nomes. Admite-se o número por equivalência aos presentes entregues; ouro, incenso e mirra. Ou seja, certamente que cada um entregava um presente que hoje tem uma interpretação, os quais só eram dados a quem reunisse condições equivalentes ao seu significado, alguns deles que veremos a seguir.
Os nomes terão sido atribuídos ao longo dos tempos pela tradição cristã, como considerando estarem aqui reunidos os representantes de todo o ser humano, de todas as raças, de todos os povos, diferentes mas sempre iguais quer entre si, quer da sua dependência Divina. Os seus nomes, profusamente conhecidos, eram Melchior (ou Belchior) Baltazar e Gaspar.
Os presentes e outros factos, vamos deixar para um capítulo seguinte, porque se pode, com a extensão do texto, retirar o interesse pela leitura.
Um bocadinho de cada vez, é mais fácil...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Natal

Os Magos do Oriente-I

O ano passado pessoas amigas sugeriram-me que fizesse uma espécie de pesquisa sobre os Reis Magos. Diria, para começar, de forma correcta, sobre os Magos do Oriente, que relata a Bíblia através do evangelista Mateus.
Vou tentar obter, através de alguma bibliografia, dados sobre este assunto, que sempre apaixonou cientistas, teólogos, estudiosos bíblicos, enfim muita gente.
Na Bíblia, o único que a este facto se refere, é, como antes se refere, o Evangelista Mateus, em 2, 1-12. Não há, por parte dos restantes evangelistas, qualquer descrição igual ou idêntica a esta. Daí ter suscitado muita curiosidade.
Não sei se serei fastidioso ao transcrever a passagem bíblica referente a este tema, começando assim e, para melhor leitura, omitindo os respectivos versículos. Diz:


Os Magos do Oriente: - Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, chegaram a Jerusalém uns magos vindos do Oriente. E perguntaram: «Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo.» Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele. E, reunindo todos os sumos sacerdotes e escribas do povo, perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém de Judeia, pois assim foi ecrito pelo profeta:
«E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades da Judeia; porque de ti vai sair o Príncipe que há-de apascentar o meu povo de Israel.»
Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e pediu-lhes informações exactas sobre a data em que a estrela lhes tinha aparecido. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: «Ide e informai-vos cuidadosamente acerca do menino; e, depois de o encontrardes, vinde comunicar-mo para eu ir também prestar-lhe homenagem.» Depois de ter ouvido o Rei, os magos puseram-se a caminho. E a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o menino, parou.
Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonhos para não voltarem junto de Herodes, regressaram ao seu país por outro caminho.

*****
Esta a transcrição do capítulo 2, do Evangelista Mateus, da Bíblia Sagrada, Difusora Bíblica (Franciscanos Capuchinhos, 5ª Edição, Março de 2006).
A partir daqui iremos desenvolver em alguns capítulos o que sabemos e, principalmente, o que foi sendo obtido. Admite-se, à partida, que não hajam confirmações da existência dos magos, apenas aqui apresentados por Mateus, em que se salienta o quadro histórico do evento, ficando aqui expressamente anunciado o conflito que vai opor o verdadeiro rei e salvador do povo, com as autoridades vigentes no tempo.
Posto isto, voltaremos, procurando seguir uma metodologia concernente à evolução do próprio texto, se possível.

É Natal!

Conto de Natal 2009

Curvado, mais pelo frio do que pelo peso da idade, caminhava apressado, arrastando os pés pela rua molhada, nem sequer sentindo que a água entrava pelos buracos dos sapatos já velhos e rotos.
Fosse esse o seu pior mal!
Tinha perdido a noção das horas e dos dias já há muito tempo, mas esta noite ele sabia qual era, e uma profunda tristeza juntava-se ao desespero da sua vida.
Era noite Natal, não tinha dúvidas, pois bastava olhar para as pessoas que por ele passavam, para perceber isso mesmo.
Enquanto caminhava naquela noite fria e chuvosa, a memória transportou-o para uma sala, onde uma lareira grande aquecia a casa e os corações à sua volta.
Mesmo ao lado da lareira o presépio, feito com todo o esmero, com musgo como deve ser, e com as figuras tradicionais que representavam aquilo que deviam representar.
No canto esquerdo da sala, a árvore de Natal, simples e discreta, porque devia ser o presépio a ocupar o lugar de destaque.
Por baixo da árvore, embrulhos de todas as cores e feitios, os presentes de Natal.
Não tinha a certeza, mas pareceu-lhe que, por debaixo da barba por fazer há tanto tempo, um sorriso se tinha aproximado dos seus lábios.
Pieguices, pensou ele, coisas do passado que já não voltam!

Conto de Joaquim Mexia Alves, no blogue de um camarada de armas na Guiné, que pode ler aqui
Blogue «Que é a Verdade?», com o devido respeito.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Natal?!

Pai Natal vai desaparecer!

Com culpas quase exclusivas, outrora, pela usurpação das festas natalícias, o Pai Natal pode mesmo ter os dias contados. São hoje novas as personagens que se lançam à conquista das emoções que a quadra gera. Não para fazer esquecer – como se fosse possível - o acontecimento central do Natal, o nascimento de Jesus Cristo. Antes com a ousadia, atrevimento mesmo, de “competir” com o Pai Natal, qual “genérico” desta época do ano.
Os dias que correm não colocam só em tensão a maior valorização do Presépio ou da árvore de Natal, do Menino Jesus ou do Pai Natal. Ganham relevância pública outras personagens, imaginadas, criadas e propostas apenas com o objectivo de induzir a comprar. E com a agressividade suficiente para atingir o imaginário de adolescentes e jovens, moldar comportamentos e criar novas necessidades.


Veja o comentário completo aqui

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Natal! Já? Todos os dias…

Admite-se uma explicação prévia. Começar a falar-se do Natal com uma antecedência acentuada, mais já parece os hábitos comerciais que as organizações de consumo utilizam para começar a aquecer os apetites dos consumidores.

É que para terminar (por agora) esta revisita ao jornal «Valongo do Vouga», fui rebuscar um comentário de minha autoria, do número de Dezembro de 1996, com este título. Esta transcrição, apenas serve para antecipar aquilo que no Natal não se devia fazer, ou melhor, que se devia fazer no que concerne à sua essência. Vamos lá a ver o que eu dizia em Dezembro de 1996.

O Natal não é Natal!

Estamos no Natal. Era natural que aqui, nesta apequena coluna, sujeita a um pequeno espaço, tal qual aquele que Maria e José tiveram como resguardo numa noite, quando se deslocavam para Belém, para cumprir um dever, dimanado de um decreto do imperador romano César Augusto: o seu recenseamento.
Na realidade aquele quadro pobre, sem condições, onde o calor era apenas o provocado pela aglomeração dos animais ali guardados, devia fazer parar, para pensar, qualquer mortal que, nesta altura, passa a vida num corre-corre atrás de gastos, muitas vezes supérfluos, atrás de luzinhas e outras miragens, atrás de guloseimas e outras coisas de consumo que a vida moderna nos oferece sem medida.
No meio desta desenfreada e competitiva correria, muita gente «esquece-se» que o verdadeiro Natal, tal como o lemos na Bíblia ou noutro livro, mesmo histórico, não nos parece que a sua mensagem fosse esta e para ser assim vivida.
Se o Natal tem o conteúdo e o significado que é o de comemorar o nascimento de Cristo (para os cristãos), também pretende lembrar e comemorar a verdadeira família, em harmonia, na modéstia e não a «banhar-se» em enormes gastos, em muitas prendas, em «muito amor» que apenas se vive nesta época.
Nos restantes dias do ano, ninguém mais se lembra de aproximação uns dos outros, a família dispersa-se e esquecem-se um pouco os pobres e desprotegidos. Aqui cabia um outro tipo de palavras a demonstrar um antagonismo perverso.
Ninguém se lembra mais dos desprotegidos, dos doentes, do seropositivos, das lutas tribais a assassinar milhões de pessoas, como recentemente no Zaire e noutros locais do mundo [isto no ambiente e acontecimentos de 1996!].
Se as atitudes vividas entre uns e outros no Natal fossem contínuas e diariamente aplicadas nos restantes dias do ano, temos a certeza que o mundo teria mais paz, o ódio e as guerras seriam eliminados do planeta, o egoísmo seria apenas uma palavra esquecida no meio de um dicionário. Mas quando o Natal termina, volta tudo à estaca zero; reacendem-se lutas pessoais, os egoísmos ressuscitam bem como outros defeitos humanos do género, que apenas dividem e não congregam, as guerras retomam-se com mais ferocidade e não se olham a meios para atingir fins, muitas vezes inconfessáveis… pois caso contrário…
…O NATAL SERIA NATAL!

J. M. Ferreira

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