Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga
Sítio da Mina
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Continuamos a transcrever, páginas 14 e 15, da brochura «guia da estação e do visitante», da Estação Arqueológica do Vouga, sítio da Mina, Edição da Câmara Municipal de Águeda/Gabinete de História e Arqueologia, texto e imagem de Fernando Pereira da Silva, design de Pedro Alves/Divisão de Estratégia e Planeamento, Janeiro de 2008. Com esta transcrição terminamos por agora esta fase. É que muito mais curiosidades e outros elementos históricos estão contidos e descritos naquela brochura. Talvez um dia a ela voltaremos. Por ora, ficamos com a parte final
Da ancestralidade da ocupação humana - IV
As centúrias de domínio romano, nesta estação arqueológica, espelham-se assim de forma ostensiva, documentando expressivamente a importância que o local representou então.
Esta importância acabaria, porém, por entrar em declínio, acompanhando de certo modo o derrapar do mundo romano, perante a crescente instabilidade sócio-económica e a incapacidade política dos imperadores romanos, confrontados com um mundo novo em rápida ascensão.
Aqui, o declínio e o apagamento do povoamento no Cabeço do Vouga, ocorrerá por alturas do séc. VII da nossa Era, como tudo indicia, pelo abandono do local e a fixação das populações em sectores periféricos, em zonas mais rentáveis do ponto de vista agrícola.
Dos caminhos então percorridos e o que entretanto terá acontecido, sabe-se apenas que a partir do séc. VIII, o rio Vouga se tornará palco de razzias e algaradas muçulmanas.
Contudo, a partir do séc. IX já se encontram as populações estabelecidas em novos povoados, à sombra tutelar de mosteiros e igrejas - estes novos aglomerados populacionais ou villae estão na origem de muitos dos locais e freguesias actuais, embora outros houve que desapareceram por completo.
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