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sábado, 12 de dezembro de 2009

A história local

Estação arqueológica do Cabeço do Vouga
Sítio da Mina
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Continuamos a fazer uma citação à Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga - Sítio da Mina - em Lamas do Vouga, procurando, desta forma, fazer uma visita guiada àquele local, através da transcrição da brochura editada pela Câmara Municipal de Águeda/Gabinete de História e Arqueologia, Texto e Imagem de Fernando Pereira da Silva, Design de Pedro Alves/Divisão de Estratégia e Planeamento, Janeiro de 2008.
Desta feita, entramos nas páginas 16, 17 e 18, que tem este sub-título e diz o seguinte:

Mito e "realidade" arqueológica nos anos 40
A informação cartulária e notarial do século XVI refere-se abundantemente à existência de "paredes velhas" no "mons marnelae", posteriormente e, de certo modo, por acção de trabalhos agrícolas e/ou florestais, começa a desenhar-se um quadro de achados avulsos, principalmente cerâmicas de construção romana que acicatam a curiosidade e o espírito panfletário das mentes cultas do séc. XIX.
Figueiredo Vieira é um dos grandes cultores da temática histórica da terra, e talvez um dos que mais clamou pelo estudo das "antiguidades" do solo aguedense, isto na segunda metade do séc. XIX.
Outros autores, a partir de análises mais ou menos literais dos textos latinos, preocuparam-se com o posicionamento geográfico das "talábrigas", tão ao gosto plíniano.
Seja como seja, o facto é que os diversos estímulos, mormente literários, acabariam por motivar nos anos 40, mais especificamente em 1941, a primeira intervenção arqueológica no Cabeço do Vouga, no sítio da Mina.
Sob a direcção do Dr. Rocha Madahil e com o apoio financeiro de Sousa Baptista, ocorreram os primeiros trabalhos arqueológicos no Cabeço do Vouga, no sítio da Mina.
Tais trabalhos incidiriam na identificação da plataforma murada e algumas das construções semicilíndricas, a par de uma outra estrutura interna naquela plataforma, isto numa altura em que se procedia à semeadura de pinheiros.
Estes trabalhos, se têm o mérito incontestado de darem visibilidade às ruínas e servirem de base à sua classificação como Imóvel de Interesse Público (Dec. nº 36383, de 28/7/47), pecam pelas interpretações aduzidas, sem bases científicas válidas; contudo a publicação de uma planta, se bem que muito romanceada, foi um contributo, também ele significativo, para as posteriores investigações que aí ocorreriam.
Das escavações dos anos 40 (1941) e de 50 resultou algum acervo arqueológico, ainda não convenientemente estudado e que se encontra depositado - ou o que dele resta - na Casa do Povo da Arrancada, Valongo do Vouga, e, algum outro, em mãos particulares.
Compreende cerâmica comum e industrial romana, assim como cerâmica de importação, alguns numismas em bronze, a par de outros artefactos também em bronze.
Espólio arqueológico bem pouco significativo, se se atender ao volume do trabalho realizado, contudo, tenha-se presente a época em que aquelas acções se realizaram e a metodologia - ou a ausência da mesma - donde os escassos resultados ergológicos à vista.

A seguir: - "Obscuros"anos 60

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