Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga
Sítio da Mina
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Continuamos a respigar da brochura «guia da estação e do visitante» da Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga - sítio da Mina, edição da Câmara Municipal de Águeda/Gabinete de História e Arqueologia, com texto e imagens de Fernando Pereira da Silva, Design de Pedro Alves/Divisão de Estratégia e Planeamento. Desta feita fomos apenas às páginas 12 e 13 da brochura. As outras já foram mostradas.
Da ancestralidade da ocupação humana - III
Será, porém, com a designada Idade do Ferro, a qual se estende até à conquista e domínio romano, que se irão verificar alterações do maior significado e que só se encontrarão posteriormente com a conquista e a reorganização económica, social e política romana.
Os povoados alcandoram-se em pontos elevados da paisagem e passam a dotar-se de sistemas defensivos e/ou de prestígio, com maior visibilidade; as estruturas habitacionais empedram-se e assiste-se ao estabelecimento das primeiras redes de drenagem, a uma organização espacial interna que se pode já considerar proto-urbana, com o estabelecimento de arruamentos, pátios, entre outras soluções.
Os ítens ergológicos diversificam-se, servidos agora por redes, se bem que ainda incipientes, de contactos comerciais a longa distância, através dos mercadores fenício-púnicos.
Contudo, esta Idade do Ferro, inicialmente mediterrânica, mercê dos contactos orientais, irá ser profundamente influenciada pelo mundo atlântico, sendo sobre este substrato socio-económico que se irá abater o peso dos conquistadores latinos, e a sociedade pré-romana irá sofrer uma verdadeira revolução, como talvez nunca tenha acontecido na história da Humanidade - a partir de então, nada ficará como dantes.
No Cabeço do Vouga, o domínio romano começa a fazer-se sentir a partir do século I a.C.
Com a sua integração na complexa rede das relações económicas, sociais e políticas romanas, o povoado primitivo ou pré-romano, sítios da Mina e Redondo, assistirá a alterações da maior grandeza.
Desta época existem, no Cabeço do Vouga, vestígios bem expressivos, quer se trate da arquitectura civil como religiosa; tanto materiais de produção local e regional, como materiais de importação: baixela de cozinha e de mesa, cerâmica de transporte; artefactos de ferro e bronze; elementos de adorno em vidro e metal.
-A seguir o conteúdo das páginas 14 e 15.
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