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sábado, 2 de janeiro de 2010

Gente destas Terras - 19


Gente dos livros
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E estava a cogitar sobre a presença neste local - e com que tema o devia fazer - quando começo a olhar e verifico que tinha à minha frente alguns livros, entre os quais destaco «As Meninas Mascarenhas», editado pela paróquia, «O Pátio» e «Cana ao Vento», ambos do Engº Bastos Xavier, e depois lembrei-me de outros.
Fui ver à estante e encontrei ainda alguns recentes, como os livros de Júlia Magalhães, «Ponto Final», «Pedras Soltas» e «Estado de Alma em Poesia», além do livro do Cons. Rodrigues de Bastos «Collecção de Pensamentos, Máximas e Provérbios», a terceira edição de 1854, «De Ualle Longum a Valongo do Vouga», de António Estima e, não sei se é o último ou se ainda andam por aí mais alguns de autores locais, o livro «Por Bem da Língua» do Inspector Gomes dos Santos.
Este livro, que guardo como recordação perene, tem, logo na primeira página, esta dedicatória: «Ao meu velho e ilustrado amigo, Sr. António da Silva Magalhães, com estima e consideração, ofereço este meu livro. Fevº de 1965»Está denunciado. Ou seja, este livro, foi-me oferecido pelo Sr. António da Silva Magalhães, com quem eu mantinha relações amistosas, de admiração e respeito mútuo. Era um homem, para o seu tempo, de cultura autodidacta muito reconhecida, uma pessoa de escrita simples mas eficiente, chegou a ser correspondente de Jornais Diários, como «O Século» (que tenho a certeza) e creio que (sem muitas certezas) também do «Diário de Lisboa» e outros. Colaborador regular, durante muitos anos, do semanário «Soberania do Povo».
O Sr. António da Silva Magalhães tinha pelo Inspector Gomes dos Santos uma admiração e um respeito fora do comum. Muitas vezes me lembrou que este livro não o daria a ninguém, a não ser a mim. Que o preservasse, pela importância que ao mesmo dava e por ele tinha.
Assim fiz. Aqui o tenho e dele falaremos mais adiante. Porque realmente, a este tempo de distância, nele encontraremos não o pó dos tempos, mas as novidades, que ainda o podem ser, no ensino da língua portuguesa, precisamente num tempo em que tanto mal se provoca à língua de Camões e à respectiva escrita actual, de acordo com as regras gramaticais vigentes, sobre as quais muita confusão por aí anda...
O nome correcto e completo era António Rosa da Silva Magalhães e residia em Fermentões.

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