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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Coisas e Loisas - 21

O TELEGRAMA
O endereço telegráfico

Quando passamos os olhos pelos papeis antigos - como foi o caso que inspirou este apontamento -, encontramos agora palavras que, comparadas com os tempos actuais da informática e internet, embora façam entre elas algumas ligações, as primeiras estão completamente desfasadas e, até, moribundas.
Era bom que não morressem de todo e alguma coisa fique para a posteridade e, como agora se diz, para memória futura.
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Há por aí muitos exemplares, inclusivé o telegrama dirigido a Aristides de Sousa Mendes, pelo qual o ministro proibia que passasse mais vistos de entrada em Portugal aos Judeus. Mas pretendi este por ser menos decifrável, e que tem a data de 5 de Outubro de 1910.

Uma das coisas que se via muito nos papeis das empresas, por exemplo, em contraste com as modernas indicações de comunicação (e-mail, endereço electrónico, site, blogue e coisas do género), havia uma indicação para essas comunicações chamada «telegrama», simplesmente «teleg.» ou «endereço telegráfico». Neste caso, tal como agora, criava-se um nome, que, naturalmente, tinha de ser completamente diferente de outros já existentes. Esta situação, também como agora, tinha a intenção de tornar a comunicação rápida e pessoal. Compare com os endereços electrónicos, ou de e-mail, onde as semelhanças são evidentes.
Por outro lado, os telegramas pagavam uma taxa consoante o número de palavras a transmitir. Aqui a diferença é abismal. Praticamente qualquer texto, grande ou pequeno, por e-mail, é rapidinho que nem a própria luz, como o Lucky Luke.
Esses nomes das empresas, que deviam ter registado o seu endereço telegráfico, pelo qual apenas recebiam telegramas, era constituído, normalmente, por um nome que mais não fosse um certo «diminuitivo» da marca ou da empresa.
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Não é preciso estar a dar alguns exemplos, mas, inventando, porque não me lembro se era assim ou não, a firma da nossa freguesia já extinta António Pereira Vidal & Filhos, Lda. tinha no seu nome meia dúzia de palavras, que encareciam os telegramas mas podia ser conhecida por «APV» ou simplesmente «VIDAL». E os telegramas eram entregues.
Por esta pequena amostra podemos imaginar o que a evolução técnica (novas tecnologias) «matou» e as coisas novas, talvez mais sofisticadas mas úteis, que fez «nascer»...
Nota: - Faltou referir os telexes e, agora, recentemente, os faxes.
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Deixamos aqui uma curiosidade histórica sobre telegramas, que ocorreu durante a primeira grande-guerra, que colidiu entre 1914-1918, cuja origem bibliográfica está na Wikipédia e da qual respigamos resumidamente:

Ficou conhecido pelo Telegrama Zimmermann, que era ministro do Exterior do Império Alemão, enviado em 16 de Janeiro de 1917 para o embaixador daquele país no México. O telegrama, codificado, como seria de esperar, fornecia instruções secretas para que o embaixador fizesse uma aproximação ao Governo Mexicano, para que se aliasse militarmente aos alemães, contra os Estados Unidos da América.
Em contraparetida, os alemães prometiam ao México a reconquista de territórios perdidos em favor dos EUA, como Novo México, Texas  e Arizona, caso o país aceitasse o acordo.
Este telegrama foi interceptado e descodificado pelos britânicos e apressou a entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial.

Proximamente, para os que o desconhecem, como eu desconhecia, vamos transcrever aqui o conteúdo deste telegrama. Até lá...

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