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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A Junta de Freguesia na história - 58

O terreno para as escolas

Pelo que nos tem sido dado verificar, anteriormente a 1914, as escolas da freguesia de Valongo teriam funcionado nalgumas casas para o efeito adaptadas. É que foi adquirido um terreno que, pelas suas confrontações, não era o local primitivo. Passou a sê-lo, desde aquele ano até aos dias de hoje.
Como andei nas escolas então existentes naquele local, nada condizentes com os actuais edifícios, e dos quais andam por aí fotografias, mas que não tenho, pelas confrontações de 1914, desde este ano que o local se mantem. Os edifícios antigos foram demolidos e deram origem aos actuais.
A acta da sessão da Junta de Freguesia de 24 de Maio de 1914, a ele faz referência do seguinte modo:

Vista parcial das actuais instalações da EB1 de Arrancada no terreno que o texto identifica

«Tendo sido escolhido para a construção das casas de escola de Arrancada um terreno pertencente ao cidadão José da Costa Tavares da Silva, de Aguieira, no sítio do Rocio de Arrancada, a partir pelo norte e poente com a estrada de Arrancada a Aguieira, pelo sul com o caminho largo e nascente com Joaquim Simões da Silva, deste lugar de Arrancada, com uma área de cerca de cinco mil mteros quadrados, e tendo-se já combinado previamente a sua compra pela quantia de quatrocentos escudos, foi delberado aprovar a escolha e compra do mesmo terreno, devendo convocar-se os eleitores desta freguesia para o próximo dia sete de Junho a fim de submeter ao referendum a deliberação desta compra, nos termos ao artigo cento e quarenta e sete da lei número oitenta e oito, de sete de Agosto de mil novecentos e treze.



Atentas as dificuldades em se ter obtido terreno que satisfizesse as condições higiénicas e pedagógicas exigidas para estas construções, e atendendo a que o seu proprietário vendeu este terreno sem necessidade de vender e por preço relativamente cómodo, deliberou a Junta lançar na acta um voto de agradecimento ao dito cidadão José da Costa Tavares da Silva, por assim ter acedido a esse contrato, satisfazendo o desejo da mesma Junta.
Não podendo proceder-se ao início de nenhum trabalho para a construção da casa das escolas sem a confecção do orçamento e levantamento da planta respectivos, que precisam de ser submetidos à aprovação do respectivo Inspector Escolar, foi deliberado mandar levantar a dita planta e organizar o respectivo orçamento, pelo mínimo preço que possa obter-se, e cuja despesa deverá já ser paga pelas verbas destinadas à aquisição de terreno e construção das ditas casas de escola.»


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