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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Coisas e Loisas - 20

A freguesia e a evolução
Serviços Postais - Telefones

Era mais ou menos isto, talvez um bocadinho maior (mais capacidade) que se usava na estação telégrafo-postal de Arrancada. Isto seria uma central telefónica. Mais abaixo, fomos buscar um telefone da mesma geração, exposto no Museu Ferroviário de Macinhata

Sabemos que Sousa Baptista se interessou muito pelo progresso da freguesia, de que podíamos usufruir em tempos recuados. Este tinha regressado do Brasil em 1927. E com o seu interesse e empenho, como a seguir se descreve, em 1929 já tínhamos na freguesia uma estação telégrafo-postal.
 Era interessante, chegar àquela casa onde está um estabelecimento comercial, que foi posteriormente o estabelecimento comercial propriedade do Sr. Horácio de Almeida (mercearia), no cruzamento da estrada principal com a rua que dá para o Carreiro e ali funcionava a estação dos correios onde era visto como se faziam as chamadas telefónicas, por exemplo.
Um caixote enorme, tinha várias aberturas circulares e quando um telefone ligava, descia uma espécie de pestana (era assim como que uma central telefónica) a funcionária metia uma cavilha e ficava na conversa com a pessoa que estava do outro lado da linha.
......

O interessado, pedia à funcionária que lhe ligasse o número....tal.... e a funcionária ligava mais umas fichas, dava à manivela e, quando o número pedido atendesse, fazia a ligação entre ambos, pousava o auscultador, tomava nota da chamada (para cobrança, claro) e lá ia à sua vida atender o público que ali estivesse.
É interessante focar duas pequenas curiosidades; uma, a funcionária podia ouvir a conversa entre ambos, outra, ainda me lembro que o número de telefone da Quinta da Aguieira, era o 10.
Isto era assim, porque vi várias vezes.
Porém, segundo o Jornal «Valongo do Vouga» (desculpem, mas este é já um repositório histórico da freguesia e não só) de Janeiro de 1978, na página 3, menciona uma história curiosa  e bastante interessante sobre este mesmo assunto.
Ficou a conhecer-se que estes serviços chegaram a ser feitos em casa do sr. Adjuto de Almeida Matos, e a sua primeira funcionária chamava-se Engracia de Vasconcelos Soares de Oliveira, ajudada por seu marido João Soares de Oliveira (com larga experiência dos correios) e os serviços postais começaram a funcionar na freguesia no verão de 1929. É capaz de já ter feito anos...
Nesse dia de 1929, houve foguetes, música, talvez alguns discursos, mais ou menos inflamados, como era costume e a alfuência de povo foi enorme, sendo inaugurada oficialmente a estação Telégrafo-Postal.
Não vamos estender mais a história, que a mesma notícia contém, mas creio que estes factos andam por aí publicados (como neste caso) ou em mão de alguém. Que assim seja...

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