Neste capítulo da história com que se viu confrontada a Junta de Freguesia depois da República, mais concretamente em 1911, a sua origem estava num areeiro no sítio denominado, como ainda hoje é, de «Vale da Enguia», nos limites do lugar da Veiga.
Como este facto histórico se relaciona com a Veiga, nada melhor que a ilustração com a capela de Nª Sª das Pressas e do Sr. dos Remédios, o ex-libris do lugar, século XVII.
Era um local com areia de construção e com a qual eram fabricados os adobos que serviam para fazer parede de casas de habitação, muros, etc. Na freguesia esta actividade foi de grande evidência, tendo-nos passado pelas mãos, bem como de outros companheiros os pesados adobos de construção. Dada a qualidade do material, aquele terreno, baldio e, como tal, da responsabilidade da Junta de Freguesia, tinha de sofrer algumas mudanças para a sua correcta e justa utilização.
Daí ter surgido uma postura, legalíssima para o tempo e as leis vigentes, pois de outro modo, parece, as desavenças entre concorrentes era constante e nada condizente com algum civismo que deveria perdurar.
Nota-se o interesse pela actividade e pelo local, quando na sessão onde as posturas são discutidas comparece grande número de pessoas da freguesia. E nota-se que terão existido acaloradas e prolongadas discussões, pois a sessão começou pelas quatro horas da tarde e só terminou pelas seis e meia da tarde, como se salienta na acta.
Deve ser esclarecido, para além disto, que as posturas nem estão demasiadamente extensas, pois são constituídas por dez artigos e dois parágrafos, todos eles de redacção simples e curta.
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