A inauguração
O edifício da Casa do Povo actual
Como se referiu nos postes anteriores, a Casa do Povo estava em condições legais de poder avançar com a sua acção social em prol da população mais necessitada. Já antigamente, como hoje, faltava ainda um pormenor: A inauguração.
Vamos abordar este assunto por fases. Nesta fase iremos descobrir (se é o termo adequado) que houve alguns solavancos até que a data fosse definitivamente acertada, como iremos ver.
Por agora, vamos apenas transcrever uma notícia do Jornal «Soberania do Povo», salvo erro de 9 de Maio de 1942, que dizia assim:
«Casa do Povo de Valongo do Vouga – Possivelmente, a inauguração da Casa do Povo de Valongo do Vouga não se realiza na data indicada - 28 de Maio; espera-se, porém, que o seja em um dos primeiros domingos de Junho próximo.
O respectivo plano de realizações é vastíssimo; honra quem o elaborou e muito diz do bairrismo do povo de Valongo, porquanto ele seria inexequível se a contribuição dos futuros sócios não correspondesse à capacidade populacional.
Na devida oportunidade daremos o relevo merecido ao acontecimento; todavia, para já, divulgaremos que faz parte desse magnífico plano, a construção de um bairro de moradias para trabalhadores, e que serão entregues aos sócios, segundo sorteio a seu tempo levado a efeito; de um completo arranjo de caminhos vicinais; a extinção da mendicidade na freguesia; protecção na enfermidade ao trabalhador; a sua mulher em estado de gravidez, cuidados e assistência; à criança, carinhoso amparo, etc., etc.
A sede satisfaz em pleno, às necessidades; e muito nos apraz dizer que nela se está construindo amplo salão de espectáculo, com cómodos camarotes e duas francas escadas de acesso. Esmalta a frontaria do bom edifício um lindo painel, trabalho da Fábrica do Outeiro.
A obra do sr. J. S. de Sousa Baptista vai frutificar, porque foi edificada num ambiente de carinho. A comprová-lo está aí esse exemplo que todo o povo deu ao receber com boa vontade a ideia da contribuição pró-Casa do Povo. Não há excepções a apontar; mas, se alguma surgisse, não teria nunca companheira.
Está, portanto, de parabéns, Valongo do Vouga.»
Vamos abordar este assunto por fases. Nesta fase iremos descobrir (se é o termo adequado) que houve alguns solavancos até que a data fosse definitivamente acertada, como iremos ver.
Por agora, vamos apenas transcrever uma notícia do Jornal «Soberania do Povo», salvo erro de 9 de Maio de 1942, que dizia assim:
«Casa do Povo de Valongo do Vouga – Possivelmente, a inauguração da Casa do Povo de Valongo do Vouga não se realiza na data indicada - 28 de Maio; espera-se, porém, que o seja em um dos primeiros domingos de Junho próximo.
O respectivo plano de realizações é vastíssimo; honra quem o elaborou e muito diz do bairrismo do povo de Valongo, porquanto ele seria inexequível se a contribuição dos futuros sócios não correspondesse à capacidade populacional.
Na devida oportunidade daremos o relevo merecido ao acontecimento; todavia, para já, divulgaremos que faz parte desse magnífico plano, a construção de um bairro de moradias para trabalhadores, e que serão entregues aos sócios, segundo sorteio a seu tempo levado a efeito; de um completo arranjo de caminhos vicinais; a extinção da mendicidade na freguesia; protecção na enfermidade ao trabalhador; a sua mulher em estado de gravidez, cuidados e assistência; à criança, carinhoso amparo, etc., etc.
A sede satisfaz em pleno, às necessidades; e muito nos apraz dizer que nela se está construindo amplo salão de espectáculo, com cómodos camarotes e duas francas escadas de acesso. Esmalta a frontaria do bom edifício um lindo painel, trabalho da Fábrica do Outeiro.
A obra do sr. J. S. de Sousa Baptista vai frutificar, porque foi edificada num ambiente de carinho. A comprová-lo está aí esse exemplo que todo o povo deu ao receber com boa vontade a ideia da contribuição pró-Casa do Povo. Não há excepções a apontar; mas, se alguma surgisse, não teria nunca companheira.
Está, portanto, de parabéns, Valongo do Vouga.»
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E assim termina a notícia daquele semanário. O grande acontecimento da inauguração foi vibrantemente noticiado pela «Soberania» no seu número 5199, de 4 de Julho de 1942, que a ele nos referiremos brevemente. Um dado histórico a que não deve ser alheio aliar a data da inauguração programada a uma outra célebre data: a de 28 de Maio de 1926, portanto, cerca de 16 anos depois desta. Por outro lado, a inauguração não terá sido nos primeiros domingos de Junho de 1942, mas talvez depois. Vamos investigar e esclarecer…
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