Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga
- sitio da Mina -
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Uma economia e uma sociedade à escala do Império
Guia da estação e do visitante
Retomamos a transcrição do guia da estação e do visitante, editado pela Câmara Municipal de Águeda, como resultado final dos trabalhos de escavações levados a efeito desde há pouco tempo naquele local. A partir da página 48, retomamos estas descrições de factos.
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«A distinção de uma olaria de cozinha - fogo - e uma olaria de mesa começa a instilar-se e a fazer todo o sentido, sinal de que a sociedade estava a adaptar-se aos novos hábitos e costumes.
A par desta olaria local e/ou regional, assiste-se à introdução via importação, de uma baixela de luxo, de fabrico a molde, com pastas e surperfícies de qualidade nunca vista, decorada ou não mas em que a marca da oficina/proveniência constituía um verdadeiro cartão de identidade - a Terra sigillata, como é conhecida esta produção cerâmica de luxo, é uma das marcas significativas da romanização dos povos pré-românicos.
Mas a olaria não se resume a esta baixela de mesae/ou de cozinha. Um outro vasilhame, este de transporte a longas distâncias - ânforas - está excepcionalmente documentado no sítio da Mina, provando, se dúvidas houvesse, que o comércio de mercadorias a longa distância, teve aqui "clientes" asuficientes para justificar a importação do vasilhame e respectiva mercadoria: vcinho, azeite, garum.
A sociedade do Cabeço da Mina, nesta época, não difererira muito, por certo, das outras comunidades em que a influência romana se fazia igualmente sentir e, por tal razão, também os seus hábitos, fossem eles alimentares ou mesmo estéticos, se foram alterando com o tempo - questões de enquadramento num mesmo mundo, o sentido de pertença a algo ou ainda o sentido da oportunidade e/ou da "modernidade".
O vidro é também uma matéria-prima de uso quotidiano e que aqui se encontra, se bem que em estado muito fragmentado, dada a fragilidade inerente do material.
A par desta olaria local e/ou regional, assiste-se à introdução via importação, de uma baixela de luxo, de fabrico a molde, com pastas e surperfícies de qualidade nunca vista, decorada ou não mas em que a marca da oficina/proveniência constituía um verdadeiro cartão de identidade - a Terra sigillata, como é conhecida esta produção cerâmica de luxo, é uma das marcas significativas da romanização dos povos pré-românicos.
Mas a olaria não se resume a esta baixela de mesae/ou de cozinha. Um outro vasilhame, este de transporte a longas distâncias - ânforas - está excepcionalmente documentado no sítio da Mina, provando, se dúvidas houvesse, que o comércio de mercadorias a longa distância, teve aqui "clientes" asuficientes para justificar a importação do vasilhame e respectiva mercadoria: vcinho, azeite, garum.
A sociedade do Cabeço da Mina, nesta época, não difererira muito, por certo, das outras comunidades em que a influência romana se fazia igualmente sentir e, por tal razão, também os seus hábitos, fossem eles alimentares ou mesmo estéticos, se foram alterando com o tempo - questões de enquadramento num mesmo mundo, o sentido de pertença a algo ou ainda o sentido da oportunidade e/ou da "modernidade".
O vidro é também uma matéria-prima de uso quotidiano e que aqui se encontra, se bem que em estado muito fragmentado, dada a fragilidade inerente do material.
É sobretudo ao nível do adorno que o vidro tem uma expressão mais significativa: contas perfuradas de tonalidades - predomina a cor azul - e formas variadas constituem, até à exaustão, um dos intens ergológicos mais significativos em pasta vítrea.
Mas os acessórios de adorno conhecem ainda outras expressões como as aplicações em metal, bronze e ferro - fíbulas e fivelas - a par de alfinetes de cabelo, assim como anéis, em bronze e ouro, com incrustações de pedras semipreciosas.
Paralelamente a todoas estas expressões da cultura romana bem identificadas no sítio da Mina, existe um outro indicador bem significativo da sociedade e da economia romana, que acompanha de perto a romanização dos povos pré-romanos: a moeda.»
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Terminamos este capítulo com a moeda, tema que será abordado em próximo capítulo. Com todas estas publicações que apenas teve por objectivo contribuir também para sua divulgação, estamos quase a acabar este documento que muito ajuda a perceber as escavações e a história da Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga - Sítio da Mina - que entretanto foi descoberto e divulgado a ponto de receber, aos fins-de-semana, bastantes visitas, em autocarro.
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