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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A história local

Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga
- Sítio da Mina -

Da "conquista" ao domínio romano

Guia da estação e do visitante
Continuamos a focar aspectos da construção da estação arqueológica do Cabeço do Vouga, cujos pormenores estão descritos no «guia da estação e do visitante» editado pela Câmara Municipal de Águeda. Avançamos um pouco mais e pela sua curiosidade iremos abordar esta descrição até ao fim. De outro modo, ficaria este trabalho incompleto e sem ligação. A partir da página 41, diz-se:

«Também na aplicação das argamassas - à base de cal e areia (o grão de areia utilizada é de fino a médio, predominando este último, o que demonstra a utilização de um aglutinante de sofrível qualidade) - se revela um trabalho muito pouco cuidado, sem preocupações de qualidade, o que de certo modo é sintomático da pouca exigência na execução da obra de arte mas, também sugere que estas abóbadas de eixo vertical não foram construídas com a finalidade de serem visíveis do exterior mas sim a de ficarem "soterradas", a coberto da plataforma e respectiva massa do aterro, distantes portanto da vista do comum das gentes.

Estas construções têm indubitavelmente uma função técnica, a de reforçar a plataforma no ponto em que era exercida uma maior pressão pelo aterro e respectivas construções, dado mo desnível acentuado do terreno, de cerca de 5 metros.
A construção destas quatro abóbadas - cinco, hipotéticas, não é risível dada a elevação orográfica - de eixo vertical, não foi contudo julgada suficiente visto que um outro reforço ou contraforte foi edificado.
A uma distância de pouco mais de 4 metros, para o interior da plataforma, os mestres pedreiros levantaram um paramento rectilíneo, paralelo ao muro ocidental daquela, duplamente reforçado por oito pilastras em posições equidistantes.
Trata-se também de uma construção em aparelho de opus incertum, mas mais cuidado - na superfície voltada ao corredor agora criado - que aquele que se encontra nas abóbadas de eixo vertical, se bem que a face interna, onde encostavam as terras do aterro da plataforma, apresente também um certo desleixo construtivo.
Esta pouca exigência ao nível da construção deste contraforte, de modo idêntico ao que encontramos nas abóbadas de eixo vertical, refecte-se na ausência de quaisquer alicerces e na sua ligação ao paramento norte da plataforma.
No primeiro caso, este reforço mural assenta directamente sobre o afloramento de arenito; por outro lado, a junção com o muro norte da plataforma foi feita, simplesmente, encostando-o àquele, sem qualquer ligação estrutural, nem argamassas aí foram aplicadas.»

Admitimos que no próximo capítulo se termine com a descrição das construções que as escavações e respectivos estudos revelaram.

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