Estação arqueológica do Cabeço do Vouga
- Sítio da Mina -
Da "conquista" ao domínio romano
Guia da estação e do visitante
Continuamos, como sabe, a respigar do Guia da estação e do visitante, as publicações sobre as construções do que resta da estação arqueológica do Cabeço do Vouga - sítio da Mina - em Lamas do Vouga, cujos trabalhos arqueológicos realizados resultaram nesta publicação. Diz assim, a partir da págína 43:
«A "fragilidade" desta obra, pese a boa intenção construtiva, constata-se mesmo ao nível das pilastras internas as quais assentam, também elas, no afloramento de arenito mas, em alguns pontos de contacto com o muro, estão completamente desligadas, sem travamento algum, para já não se falar que os seus "alicerces" são, no mínimo risíveis - grosseiros e desconexos, assentes sobre o afloramento arenítico de base, sem argamassas visíveis ou, quando observáveis, de má qualidade e em que os blocos grosseiramente aparelhados, não aparentam deter uma ideia construtiva consentânea com a "responsabilidade" que um projecto arquitectónico deste tipo exigiria.
Com as abóbadas de eixo vertical, este muro duplamente pilastrado teve uma função de contraforte, reforçando a plataforma original; contudo, criou um espaço intermédio, diga-se de circulação, eventualmente destinado a funções práticas, mas que se desconhece exactamente a sua utilidade - refira-se que é um espaço deambulatório que ainda não houve oportunidade de estudar em pormenor, e daí que a sua função se continue a manter desconhecida - nas escavações antigas, anos 40, este espaço serviu de depósito ao material construtivo romano: tigulae e lateres, fragmentados constituem um verdadeiro aterro de difícil análise arqueológica!
A título de informação prévia, diga-se que se trata de um espaço sobre o qual se mantém interrogação, obviamente, mas para o qual, sem estudo específico, se propõe até estudo, uma utilidade funcional - loggia? - (espaço comercial/de armazenamento de vitualhas?), é apenas uma hipótese de trabalho, até posterior confirmação.
Deste conjunto arquitectónico, o que ressalta é a sua imponência com objectivos específicos: reforçar a plataforma augustal que deveria estar em colapso, devido à pressão dos volumes arquitectónicos existentes e a que se quereria adicionar novas volumetrias, donde a necessidade de a reforçar, como medida de segurança.»
A seguir: - Uma economia e uma sociedade à escala do Império
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