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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A história local

Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga
- Sítio da Mina -

Da "conquista" ao domínio romano

Guia da estação e do visitante

A partir da página 39, deste guia, uma edição da Câmara Municipal de 2008, e como se dizia no capítulo anterior, continuamos as apreciações sobre as construções que ali existiram. Assim:

«Uma dessas soluções arquitectónicaas consistiu na construção de quatro corpos semicilíndricos que, embora com sinais evidentes de degradação, foram adossados à face interna do paramento oeste do muro da plataforma.

Várias designações lhes foram dadas ao longo do tempo: desde "bastiões", ao jeito militar, até serem considerados como alicerces de casas circulares, passando pela designação de "nichos" de estatuária ornamental, como se de uma fachada monumental se tratasse.

A designação mais feliz, até porque técnica é, sem qualquer dúvida, é a de "abóbadas de eixo vertical", o que é efectivamente a designação mais acertada para tais estruturas arquitectónicas.
Construídas em opus incertum, conheceram grande difusão a partir do séc. I - época de Augusto - contudo, aqui e a partir dos numismas em bronze, associados a tais estruturas, a sua construção é bem mais tardia, datando do séc. III d.C.
Na sua construção, os pedreiros foram pouco escrupulosos já que para o mesmo tipo construtivo não souberam aplicar as mesmas dimensões, pese por certo a existência de um mesmo "módulo" arquitetónico, previamente estabelecido, como era apanágio de engenheiros e arquitectos romanos.
Por outro lado ainda, na construção aplicaram elementos pétreos a esmo, sem qualquer tratamento das superfícies, recorrendo à reutilização de materiais de outras épocas, como fragmentos de mola manuaria e, como se não bastasse, os alicerces das abóbadas de eixo vertical assentam directamente sobre o afloramento arenítico, sem alicerce algum, tendo os pedreiros optado apenas pelo espessamento das bases, tipo rodapé alteado e encostando-as, literalmente, à face interna do muro da plataforma original - muro oeste.»

Concluimos este capítulo, com mais uma série de descrições alusivas às construções romanas existentes no sítio da Mina. Proximamente abordaremos outros aspectos no seguimento das mesmas construções.

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