sexta-feira, 30 de abril de 2010
A região do Vouga
A história local
quinta-feira, 29 de abril de 2010
A história local
É precisamente esta que antecede a ilustrar este post e que faz parte integrante da igreja paroquial.
Gente destas terras - 24
Por outro lado, a intervenção do Filipe fez-me suscitar que, de certo modo, se justifica trazer para a história desta freguesia outras pessoas que se distinguiram em outras actividades. Mas agora tratamos de dar a conhecer um pouco da figura de António Barros.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
A história local
domingo, 25 de abril de 2010
A história local
Vamos continuar a dar nota de alguns casos pitorescos de um caso que apaixonou o povo do século XIX na freguesia de Valongo do Vouga e areedores.
Mas os planos sairiam gorados...
25 de Abril, sempre!

PS-Só agora reparei que, quando cliquei 'Publicar Mensagem', já era 25 de Abril. Poderia corrigir, mas agora fica assim.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
A história local

O resumo
Vamos continuar a respigar do livro com o título mencionado, uma narrativa, recorde-se, de um advogado que residia em Jafafe, de seu nome José Joaquim da Silva Pinho, que viveu e acompanhou esta história que decorreu no século XIX.
Ficamos em Covelas, junto a Fermedo, e já próximo de Arouca, onde as meninas, transportadas pelo seu tutor, Joaquim Álvaro Teles de Figueiredo Pacheco, procurava fugir à perseguição que lhes era movida pelos seus familiares, os tios das mesmas, Bandeira da Gama, de Torredeita-Tondela (Campo de Besteiros).
Corrupção já em 1846?!
Mas talvez em 1846, ou próximo deste ano, havia corrupção. Ou seja, após uma discussão travada desde a varanda da casa de D. Margarida Coelho da Rocha, para o pátio, o Dr. Pinho convidou o escrivão a dialogar lá em cima, por causa da barulheira que a conversa provocava, estando distantes uns dos outros. É pelo menos essa a ilacção que se retira da narrativa.
Biblioteca Dr. Fernando Silva
A Junta de Freguesia de Valongo do Vouga, com a colaboração da
Já antes, nos anos 40 e 60, séc. XX, outras pessoas por lá andaram a fazer um trabalho de escavações, das quais não resultaram quaisquer documentos ou publicações, como refere o Dr. Fernando Silva no «Guia da Estação e do Visitante», na página 17 e seguintes, nomeadamente que no que se refere aos materiais recolhidos, além da ausência de documentação, que não foi produzida e com a qual muito se terá perdido.
Placa alusiva à data da fundação e inauguração da biblioteca «Fernando Silva»
Cor. Sá Nogueira, familiar do Dr. Fernando Silva, tecendo algumas considerações
O familiar que aqui representou a família do homenageado, na pessoa do Cor. Manuel António Alves de Sá Nogueira, foi acompanhado por outros familiares, nomeadamente os seus filhos, que também estiveram presentes nesta modesta e singela cerimónia. Aquele historiou, num breve resumo, o percurso curricular do Dr. Fernando Silva, até chegar e finar-se em Valongo do Vouga, pormenor, pelo menos para mim, que não sabia, bastante interessante.
Familiares do Dr. Fernando Silva (o filho à esquerda e o Cor. Sá Nogueira è direita)
E assim, tudo simples, como as pessoas que ali participaram e como era o Dr. Fernando Silva, que deixou o seu nome perpetuamente ligado à freguesia de Valongo do Vouga, como ele queria, nomeadamente ser aqui sepultado. E a sua vontade foi duplamente satisfeita.
terça-feira, 20 de abril de 2010
A Junta de Freguesia na história - 33
Vista parcial da freguesia de Valongo (ha aqui fotos idênticas)
sábado, 17 de abril de 2010
A história local

Igreja de Fermedo (Arouca)
Antes disto, a dita D. Margarida passou a ser toda mesuras com os seus visitantes, até que, (o que queriam era fugir dali o mais rápido possível e chegar ao Porto), toda cheia de atenções, com ar de arrependida, dorida, etc. e tal, convidando-os a almoçar, cujo almoço eram uns apetitosos rojões. Contrariados lá foram, até porque estava tudo pronto, as meninas vestidas e aptas a prosseguir viagem.
Lá foram almoçar. Durante o almoço o ambiente era pesado, pouca conversa existiu, a não ser de circunstância, mas consideraram que, apesar da noite tempestuosa que tinham passado, sempre eram hóspedes e a boa educação aconselhava que fossem amáveis.
O almoço terminou e o Dr. José Joaquim da Silva Pinho foi o primeiro a sair, vendo da varanda que dava para o pátio os criados e os cavalos prontos para a marcha. Só faltavam os viajantes.
De repente deu de caras com algumas figuras extravagantes, quatro homens mal arranjados, com aspecto sujo, com espingarda ao ombro e demonstrando - como dizia o Dr. Pinho - modos bastante atrevidos. Um deles - transcrevo do livro - mesmo do pátio e no momento em que Joaquim Álvaro e o abade apareciam na varanda, levantou a voz rude e fez esta intimação:
- Sei que estão aqui as Meninas Bandeiras que sua mãe procura por toda a parte e foram roubadas de um convento de Aveiro. Ficam os senhores presos, mais elas, até se dar notícia aos srs. Bandeira.
Foi uma surpresa e mais uma contrariedade enorme. Como era possível esta afirmação? Ficaram os protagonistas petrificados. O Dr. Pinho fez um esforço para dissimular e conseguiu retorquir:
- Quem é que ousa dirigir-se-nos dessa maneira? Com que autoridade nos interroga e prende?
- Com a força da lei e a autoridade da justiça.
- Da justiça!...
- Da justiça, sim senhor! Saibam que eu sou o escrivão ordinário de Fermedo, e está ali o sr. Juiz.
- Pois não parece. É inacreditável!
- Nós, ambos, representamos a justiça. Eu sou o Osório, sobrinho do abade da Foz, tão cabralista como meu tio, e fui nomeado pelo duque de Saldanha quando tinha o seu quartel-general em Oliveira de Azeméis, como lugar-Tenente da rainha nas províncias do norte.
Trocaram-se ainda mais umas frases entre o Dr. Pinho e o auto-identificado Osório, que parecia um maltrapilho, como diz o advogado amigo de Joaquim Álvaro.
O Juiz antes referido é descrito pelo Dr. José Joaquim da Silva Pinho como um figurão, grosseiro e velho, chapéu na cabeça, fatiota de burel, polainas de cavador, sapatorros de sola pregada, de brochas gradas, um montanhês, parecendo um bandido. Era o ordinário juiz de Fermedo, cara de bruto e mau, mãos sujas, não proferindo uma única palavra, pois quem falava era o escrivão.
Lá se acalmaram os ânimos e o Dr. Pinho convidou-os a conversar lá em cima na varanda, por causa da bulha de palavreado que se estava a desenvolver.
Vamos contar mais este facto que se passou na varanda e a forma ardiolsa como se desenvencilharam do teimoso escrivão, que os queria prender apenas 24 horas e ir ao Porto chamar o Bandeira da Gama para ver se as meninas eram ou não suas sobrinhas. E, dizia ele, já com bonomia: Vinte e quatro horas passam num instante...
sexta-feira, 16 de abril de 2010
A Junta de Freguesia na história - 32
quinta-feira, 15 de abril de 2010
A Junta de Freguesia na história - 31

O actual largo citado na acta de 1912
A história local
O Livro - XI

Jardim de Cabeçais na actualidade
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Estamos ainda na Páscoa!

Imagem da ressurreição num altar da igreja de Valongo
domingo, 11 de abril de 2010
A nossa terra
Então pensei, não só no que respeita aos Luso-Brasileiros, mas também a todos os que estão ausentes, em lançar um pequeno desafio, que, resumidamente, consiste:
A região do Vouga
- As mulheres -
Trajes de outrora idênticos aos descritos, aqui apresentados por duas componentes do Grupo de Folclore da Região do Vouga-Mourisca do Vouga
As mulheres desta região também usavam, ainda no século passado [século XIX, entenda-se, à data de publicação deste escrito], indumentária diferente da actual.
Nos dias festivos calçavam chinelinhas pretas lustrosas e meias brancas, mas as chinelas, mais curtas que os pés, deixavam os calcanhares de fora, e era elegante caminhar aos passinhos miúdos e aligeirados dando as chinelas estalinhos nas plantas dos pés.
As saias, de farta roda, com rendadas saias brancas por baixo, desciam até às chinelas, e no tronco uma blusa clara muito justa, que encolarinhava parte do pescoço e desenhava nitídamente os contornos dos seios.
Na cabeça da moçoila morena, de cabelo farto, lustroso e bem penteado, um lenço claro de ramagens. E a cair-lhe dos ombros, a envolvê-la à guisa de capa, o chaile de merino franjado, o melhor, dos dias de festa, que ela guardava religiosamente embrulhado na gaveta da velha cómoda, entre raminhos de murta e alecrim, pro-môr-da-traça.
A completar esta indumentária dos grandes dias, o bom e grosso cordão de ouro (que era das mães e já fôra dás avós), com o qual era costume darem duas ou três voltas ao pescoço, caindo o restante em dois fios, até à cintura, sobre a blusa clara e muito justa aos seios.
Este cordão, o xaile de merino e aquelas chinelinhas eram toda a maluqueira (faceirice) das moças casadouras.
Mas certas cachopas, mais da vida da lavoura, não usavam chinelas nem meias; andavam descalças, sobretudo em dias de romaria. E as saias, compridas e de farta roda, cintavam-nas com cinta preta ou de cor, aparecendo, assim, com as saias subidas, palmo e meio das pernas roliças. E na cabeça, sobre o lenço desatado, e de ramagens berrantes, a cair pelos ombros, um cahpeuzinho preto e redondo (como alguns que ainda se vêem por esta região) enfeitado, ao lado, com penas coloridas compradas nas romarias. Estas penas ofereciam-nas os conversados ou os admiradores às cahopas que traziam debaixo d´olho. Já pouco também se vê esta interessante indumentária das cahopas nos dias que correm.
E havia também antigamente uma capinha (não era a capucha serrana) que dos ombros descia até quase aos joelhos e era usada por algumas pessoas do sexo feminino, de mais categoria, quando iam à missa. Ainda há quem tenha guardadas por velhas gavetas, como reminiscência, esas românticas e elegantes capinhas que marcaram uma época.
*****
Nas romarias, sempre muita gente. Tocavam violas e harmónicas. Havia homens com «borrachas» e com grandes chifres, cheios de vinho, a tiracolo. Havia descantes e desafios versejados, entre homem e mulher.
As cachopas bailaricavam, meneando muito os quadris, a esturlicar (estralicar) os dedos no ar ou agarradas aos conversados, as saias cintadas com cintas pretas e de cores...
Anadvam suarentas, faces coradas, os cabelos negros em desalinho sensual, os olhos em volúpia... E daí a pouco (ai meninos!) havia marmeleiros no ar e cabeças rachadas, que o amor é belo e o vinho é bom, graças a Baco e Cupido, dois velhos deuses amigos.
Autor: Laudelino de Miranda Melo
IN: - Arquivo do Distrito de Aveiro
Data: Desconhecemos
sábado, 10 de abril de 2010
A Junta de Freguesia na história - 30
Rio Marnel. Era um pouco mais a juzante da "Cascata do Visconde", na foto, que ficava o Lameirão
A Junta de Freguesia na história - 29
Lugar de Brunhido-Rua da Audiência-Esta era a casa da audiência onde funcionavam alguns serviços do concelho de Brunhido
sexta-feira, 9 de abril de 2010
A região do Vouga
Monumento alusivo à lenda da Justiça de Fafe, in blogue do Prof. Kiber, em
http://esoterismo-kiber.blogs.sapo.pt/
A história local

Brazão do Visconde existente na parece exterior (lado sul) da Quinta de Aguieira
Neste recomeço de contacto com muitos amigos que gostam de blogues e daquilo que neles se transpõe, estou crente que falar mais um pouco da história de «As Meninas Mascarenhas» não deve ser fastidioso. Antes pelo contrário, para quem não conheça a história e pelo resumo que aqui deixamos, admitimos que ela pode constituir alguma curiosidade. Vamos retomar o seu fio condutor, a partir do momento em que a resposta de D. Margarida Coelho da Rocha, para servir de testemunha identificativa dos viajantes terá constituído um terramoto para estes.