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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Biblioteca Dr. Fernando Silva

Junta de Freguesia perpetua nome de Fernando Silva


Ontem, quinta-feira dia 21 de Abril de 2010, é uma data que tem um simbolismo local devidamente marcado e acentuado através de uma pessoa simples, anónima, talvez desconhecida da maioria dos comuns habitantes regionais e locais, mas que, certamente e sem discordâncias ou antagonismos balofos, marcou a freguesia de Lamas do Vouga e a freguesia de Valongo do Vouga, onde residiu nos últimos cerca de 15 anos.
Chamava-se Fernando Augusto Pereira da Silva, arqueólogo, licenciado pela Universidade de Coimbra, se não estou em erro, e nos trabalhos da sua especialidade deixou um espólio científico e histórico de grande valor.
A Junta de Freguesia de Valongo do Vouga, com a colaboração da Câmara Municipal de Águeda, implantou na sede da primeira uma biblioteca, a qual recebeu a identificação de «Biblioteca Fernando Silva».

O presidente da Câmara Municipal, Dr. Gil Nadais, a vereadora da Cultura, Elsa Corga que é uma jovem natural e residente na freguesia de Valongo do Vouga, o presidente da Junta, Carlos Alberto Carneiro Pereira, representantes familiares do Dr. Fernando Silva que, recordamos, faleceu inesperadamente em 22 de Janeiro de 2010, no lugar de Carvalhal da Portela, onde residia e que fica a uma pequena distância do sítio da Mina, local arqueológico que teve a sua direcção desde 1996, em que se iniciaram os trabalhos científicos da especialidade.

Um aspecto geral da biblioteca, ainda incompleta

Já antes, nos anos 40 e 60, séc. XX, outras pessoas por lá andaram a fazer um trabalho de escavações, das quais não resultaram quaisquer documentos ou publicações, como refere o Dr. Fernando Silva no «Guia da Estação e do Visitante», na página 17 e seguintes, nomeadamente que no que se refere aos materiais recolhidos, além da ausência de documentação, que não foi produzida e com a qual muito se terá perdido.

Placa alusiva à data da fundação e inauguração da biblioteca «Fernando Silva»

Foi realizada um singela e simples sessão, com a presença, mesmo assim, em dia da semana e à hora possível (18 horas), de bastantes pessoas, tendo o residente da Junta explicado as razões da existência desta biblioteca, que «nasceu» pela boa vontade da Câmara Municipal e da família do arqueólogo já falecido, cujo acervo, em quantidade e qualidade, veio justificar a ocupação de um espaço (quase vazio) que, no projecto de construção da nova sede da Junta já estava previsto para biblioteca.


Cor. Sá Nogueira, familiar do Dr. Fernando Silva, tecendo algumas considerações

O familiar que aqui representou a família do homenageado, na pessoa do Cor. Manuel António Alves de Sá Nogueira, foi acompanhado por outros familiares, nomeadamente os seus filhos, que também estiveram presentes nesta modesta e singela cerimónia. Aquele historiou, num breve resumo, o percurso curricular do Dr. Fernando Silva, até chegar e finar-se em Valongo do Vouga, pormenor, pelo menos para mim, que não sabia, bastante interessante.

Isto para evidenciar que esta biblioteca está recheada de obras que o Dr. Fernando Silva possuía e que com o apoio da Câmara Municipal e a autorização dos herdeiros, ficou estabelecido que passasse a constituir um importante meio público de divulgação cultural.
Ficou ainda a pairar a ideia que esta biblioteca possa ser enriquecida com outras obras de valor, propriedade de particulares que irão aumentar o espólio cultural da freguesia, que ficará em estreita ligação, por internet, com a Biblioteca da Câmara Municipal de Águeda.
Na vivência deste facto, para além do que fica descrito, fiquei com a sensação de que ali existiu, nas palavras e nos actos, mais a face sensível do acto do que um caso oficial - que o foi também, é certo - mas pouco evidenciado com os protocolos a que estão sujeitos. Ou seja, poucos formalismos!


Familiares do Dr. Fernando Silva (o filho à esquerda e o Cor. Sá Nogueira è direita)

E assim, tudo simples, como as pessoas que ali participaram e como era o Dr. Fernando Silva, que deixou o seu nome perpetuamente ligado à freguesia de Valongo do Vouga, como ele queria, nomeadamente ser aqui sepultado. E a sua vontade foi duplamente satisfeita.

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