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terça-feira, 27 de julho de 2010

Pontes dos rios Vouga e Marnel - V

O velhinho Marnel

Certamente que é velhinho este riozinho Marnel, que muita história encerra. Velhinho como a terra, dirão. Não irei tão longe... mas ninguém sabe dizer a idade...
Vamos tentar trazer ao de cima, o que o Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Aveiro - Zona Sul - Lisboa 1959, diz a seu respeito e que é o seguinte:

Vista no alto do adro da Igreja de Lamas, a ponte do Marnel, com a figura do Z
Junto de um ponto vermelho que parece um carro, o nicho oratório citado no texto
«A ponte do Marnel não foi aproveitada pela nova estrada; serve campos de cultura. A presente construção data da idade-moderna. No entanto o exame dos silhares e sua colocação nos ciadutos que a continuam, certas siglas nos arcos, manifestam que na reconstrução se aproveitou omaterial antigo. As siglas mais características são de certo tipo de letra dos fins medievais. Estes sinais e certa expressão do documento referido atrás levam a crer que tivesse havido uma reconstrução na altura da do Vouga, a do norte. A ponte era mandada fazer no «rio de Vouga e sull». Esta expressão «sull» (se o documento foi lido convenientemente) deverá referir-se à segunda ponte, à do Marnel. Nem a parte transcrita nem igualmente o contexto do documento admitem que se ordenasse obra noutro ponto que não fosse nesta zona de atravessamento da estrada.



Não notámos restos que se pudessem atribuir a época anterior.
O seu traçado segue linha quebrada, em Z; ficando um olhal no primeiro troço, os três principais no segundo, um outro noúltimo. Este traçado deveria ter-se originado na necessidade de fixar os pegões nos pontos mais firmes do afloramento da rocha, que é grês tenro.
Os vãos são em curva seguida, rebaixada nos maiores, perfeita nos menores. Cada pegão completa-se completa-se do competente esporão voltado para montante, sendo liso na parte oposta.
Levantaram na entrada da parte norte da ponte nova do Marnel um nicho oratório, para o qual transportaram elementos daquele outro que se erguia na ponte velha, sobre o pegão medial  ao primeiro e segundo arco, da parte de montante. Encerra uma pequena, desataviada e singela edícula de calcário, da renascença coimbrã, do século XVI, do tipo dos sacrários simples, e uma pequena e corrente escultura de barro, setecentista, da Senhora do Rosário. A singela grade de ferro tem entalhado um letreiro, com data de 8 de Julho de 1717.»

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