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quinta-feira, 29 de julho de 2010

A Junta de Freguesia na história - 51

Acontecimentos avulsos

Quando contamos anteriormente o modo de eleição da Junta e o Auto de Instalação digitalizado, entramos no ano de 1914, século XX.

Os bens da Junta: - E diz a acta de 11 de Janeiro de 1914, que se «procedeu à verificação dos bens desta Junta, os quais estavam conformes, sendo entregue ao novo tesoureiro a quantia de 2$61, em dinheiro, do saldo das contas da gerência do ano pretérito, e papéis de crédito, no valor nominal de 5.900$00.»
Uma curiosidade que se evidencia, era o saldo em dinheiro (diminuto) em contrapartida com os valores que representavam os papéis de crédito que, para o tempo, era uma quantia bastante apreciável.

A fonte na Veiga. No dia em que esta fonte foi inaugurada, houve festa rija, com foguetes e discursos. Agora está desactivada. É visível na placa que diz o seguinte: «José e António Duarte Martins, Junta, Câmara e Souza Baptista - 1950»

Os agueiros: - Numa acta que tem a data de 22 de Fevereiro de 1914, apresentou-se uma queixa contra José Duarte Martins, da Veiga, porque «desviou do seu curso um agueiro com uma estrumeira e outras irregularidades em prejuízo do trânsito. Foram averiguar, para comunicar à Câmara, os vogais António Gomes de Oliveira e Albano Ferreira da Costa e os cidadãos Adelino Almeida Duarte, vogal substituto da mesma Câmara e João Baptista Fernandes Vidal, secretário interino desta Junta.»
E acrescentava a mesma acta, talvez demonstrativo de muitas queixas deste e de outro género:
«De futuro todas as reclamações a fazer perante esta Junta sejam feitas devidamente por escrito

Nesta questão de José Duarte Martins, reparemos na grande comissão de elementos que foram à Veiga averiguar. Isto traduz, talvez, uma postura de autoridade no tempo, nela se integrando as pessoas mais representativas e respeitáveis da freguesia. E está aqui mais um facto confirmativo do que era a vida naquela época, com a questão das estrumeiras, que mais não eram do que autênticas fábricas que produziam matéria orgânica, destinada às agriculturas próprias de cada um.
De notar que já por aqui se fez referência ao pedido de uma Junta à Câmara Municipal para mandar retirar da via pública todas as estrumeiras existentes.
E, concerteza, que foram retiradas. Só que a «fábrica» de matéria orgânica passou para os quintais e traseiras dos respectivos prédios. Quantas vezes calcávamos esses montes de detritos dos pinhais, que permaneciam durante um ano (ou mais) a fermentar até ficarem transformados em completa putrefacção.
Para o nosso tempo, seria inaceitável e inadmissível...

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