Cita ainda, sobre a ponte do Rio Vouga, o Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Aveiro - Zona Sul, as seguintes passagens:
Um trecho do rio Vouga, em época moribunda de água
«Nada notámos que fosse mais velho que a obra quinhentista. Todavia houve outras anteriores; assim indicam certas doacções medievas às pontes do Vouga, pois que eram consideradas obras pias tais ofertas e legados por morte, havendo no País caixas e administrações para a recolha dos donativos e para as reparações.
Em 1791 ordenava-se uma vistoria minuciosa da ponte, por peritos.
Consta a ponte de 15 arcos, de volta contínua quer semicircular quer ligeiramente descida ou em asa de cesto. Os arranques respectivos estão, na maior parte, sensivelmente ao nível das águas baixas. Não são iguais mas variam tanto nas respectivas cordas como nas clechas correspondentes.
O traçado longitudinal da ponte não segue linha direita, encurva porém na parte média, voltando-se para montante a concavidade. Deve provir tal disposição da necessidade de buscar fundações sólidas no grês pouco firme.
A linha da faixa de rodagem, em alçado, não fica a nível. Já a obra do século XVI tinha os extremos em declive; o acrescentamento do século XVIII atenuou-o em parte; as obras públicas voltaram a diminuí-lo sem o obliterar.»
(Continua)
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