Em vez das escolas de Arrancada, que ainda não estavam construídas, fica a foto do palacete que Leandro Martins mandou construir e que hoje é a Quinta da Póvoa.
No último post desta série prometi aqui trazer um outro expediente, a cuja leitura a Junta de Freguesia procedia na sua sessão de 23 de Agosto de 1914. Referíamos ainda que este expediente falava no sr. Leandro Martins, que foi o proprietário da Quinta da Póvoa e quem mandou construir o palacete que lá se encontra. Vamos então ver o que dizia a acta:
«Foi também lida uma carta dirigida a esta Junta de Paroquia, do Excelentíssimo Ministro da Instrução para o cidadão Leandro Augusto Martins, manifestando-lhe o seu muito apreço, bem como o do Governo da República, e comunicando-lhe ao mesmo tempo que fora justa e publicamente louvado pelo mesmo Governo, em virtude da sua alta filantropia, subsidiando com mil escudos a projectada construção das casas de escola desta freguesia; foi deliberado enviar esta carta ao seu destino, com um ofício desta Junta de Paroquia, significando mais uma vez ao senhor Leandro Martins a grande consideração em que o tem esta Junta e o povo desta freguesia, que lhe foi berço.»
Nada mais há a acrescentar, que não seja destacar estes pequenos pormenores:
a) - Seria um ofício do próprio Ministro (actual Ministro da Educação).
b) - Não sei se este caso (e outros, deste filantropo valonguense) terá ficado apenas pelo louvor do Governo.
c) - Continua a chamar-se casa de escola, e não apenas a Escola, Salas de Aula, etc.
d) - Mil escudos, em 1914, era já uma pequena (ou grande?) fortuna.
A ilustrar este post, fica, mais uma vez, a fotografia existente e possível do palacete acima referido e que mandou construir, cuja história já aqui foi contada.
Sem comentários:
Enviar um comentário