Em momentos mais ou menos acentuados, esta Instituição pautava-se por uma certa independência (ou separação) das restantes existentes na freguesia.
Chamar-lhe-ia, dada a especificidade das actividades e dos fins que a orientaram, segundo os desígnios do seu fundador, um certo respeito não se intrometendo nas «vida dos outros» mas, certamente, que sempre os seus dirigentes se nortearam na manutenção deste tipo de postura, não descurando a sua intervenção nas ocasiões em que tal fosse necessário, no estrito intuito de ajudar os outros, que eram e são, também, a freguesia. Quer logo após a sua fundação, em 1942, quer na actualidade, pese embora alguns laivos que aconteceram durante a sua vida e mais até na contemporaneidade, mas sem mácula que a marcassem.
Veja-se este naco de história inserido numa acta de Agosto de 1943. É claro que a Instituição não pretendia abrir fissuras com outras, e, como costuma dizer-se, «cada macaco no seu galho».
Sabemos todos que a Junta de Freguesia e as suas actividades públicas andavam pelas escolas e pelas casas de cada um, por falta de instalações onde se desenvolvessem as suas reuniões, algumas das suas actividades, onde pudessem receber com alguma dignidade o público e os seus utentes. Só nos meados do século XX (creio que em 1958/59, pouco mais ou menos) é que surgiram as primeiras instalações, como aqui recordamos com a imagem, na Póvoa do Espírito Santo, o local mais central para uma Instituição do Povo e para o Povo da freguesia.
Dadas as circunstâncias, em alguns momentos, os elementos que constituíam a Junta de Freguesia, viam-se em palpos de aranha para resolver esta situação. Por isso foram, a certa altura, obrigados a solicitar, temporariamente, as instalações da Casa do Povo.
A pretensão foi atendida mas com algumas regras.
a) - Seria a cedência só para realização das suas sessões.
b) - Recomendava que não seria para outro fim, nomeadamente guardar arquivos.
c) - No fim da cada sessão as chaves seriam devolvidas.
d) - Tinha carácter provisório, como acima se refere.
e) - As chaves seriam procuradas e entregues na casa do sr. Eduardo Vasconcelos Soares.
E assim lá ia vivendo a Junta de Freguesia, coisa que na actualidade, felizmente, já não é necessário.
E termino repetindo: «cada macaco no seu galho».
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