Passar os olhos pela acta da Junta da Paróquia Civil de Valongo, do concelho de Águeda, de 12 de Julho de 1914, descortinamos dois assuntos que sobressaem dos restantes, e que constituem, naturalmente, os factos mais relevantes daquela sessão.
São factos que, de vez em quando, ainda subsistem, mas que não são já os problemas principais que podem afligir e preocupar uma freguesia, uma comunidade, uma autarquia, como este que a seguir encontramos a pedir a intervenção dos representantes do verdadeiro povo, que via nos mais cultos a sua segurança e o remédio para alguns dos seus males e interesses. Diz assim aquela acta naquilo a que nos referimos e deixava transparecer uma preocupação:
«Um ofício da Junta da Paróquia Civil da freguesia das Talhadas, pedindo para se fixar o dia para a demarcação dos baldios entre as duas freguesias; foi deliberado oficiar-se-lhe fixando o dia nove de Agosto próximo, em virtude da urgência que há em resolver este assunto e por não poder ser isso antes, por não ser possível a esta Junta.»
E mais abaixo, uma outra notícia de entre-portas:
«Foi também deliberado auctorisar o presidente a representar esta Junta na confecção da escritura do contrato de compra do terreno para a casa das Escolas de Arrancada...»
Porém, saltando um pouco, encontra-se na acta da sessão de 23 de Agosto de 1914, o resultado da reunião com a Junta das Talhadas, que reza deste modo:
«Não tendo sido possível chegar a um acordo comum na divisão dos baldios entre esta freguesiae a das Talhadas, foi deliberado oficiar àquela Junta no sentido de vêr se se chega a acôrdo, tomando por base as condições por esta Junta apresentadas na reunião das duas Juntas de nove do corrente.»
(Respeitada a redacção da época)
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