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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Folclore Local - 3


Quero bem à minha sogra

Relacionado com o folclore e até algumas tradições, acabei por "descobrir" que tenho por cá uma pasta com bastantes manuscritos, que me foram 'oferecidos' pela Izilda Maria, que teve o trabalhão de passar à mão uma série de cantigas da região, que ela tão bem interpretava quando vocalista do Grupo de Folclore, na altura infantil, da Casa do Povo de Valongo do Vouga.
Esta cantiga, que fazia parte das que a Izilda cantava, creio eu, constava-se na altura que a sua recolha foi feita no lugar da Veiga, junto de D. Zulmira Marques, esposa de Ângelo de Almeida Carvalhoso, pelo arqº Rui Aguiar, fazendo parte do reportório do «Cancioneiro de Águeda». A D. Zulmira que foi afamada padeira como outras que constituíram o grupo e construíram a fama do paladoso pão da Veiga. Agora em decadência crescente. Talvez ao mesmo tempo e com o mesmo destino que as oficinas de pregos que ali existiram em grande número.
Essa cantiga tinha a seguinte composição:
Casa onde morou D. Zulmira Marques, a partir da
esquerda da foto de rés do chão e 1º andar


Quero bem à minha sogra,
Que me criou meu marido  
Ai, ai, ai, que me criou meu marido.  
Quero bem ao Deus do céu,
Que mo tinha prometido
Ai, ai, ai, que mo tinha prometido                                                 
O meu amor eras tu,
Se te não foras gabar,
Ai, ai, ai se te não foras gabar.
Pela boca morre o peixe
Quem te manda a ti falar,
Ai, ai, ai, quem te manda a ti falar.

O meu amor de brioso,
Não me come quase nada,
Ai, ai, ai, não me come quase nada.
Come só dezoito broas
E um alguidar de salada,
Ai, ai, ai, e um alguidar de salada.

Aqui d'el rei quem me acode,
A quem não sabe nadar,
Ai, ai, ai, a quem não sabe nadar.
Às meninas dos meus olhos,
Que se afogam com chorar,
Ai, ai, ai, que se afogam com chorar.



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