Encontrei uns blocos de apontamentos que têm escritos alguns versos, e na capa a palavra «FOLCLORE». Na primeira folha as palavras «Talhadas - Silveira», e a data de 19 de Novembro de 1989.
Dois componentes do Grupo de Folclore da Casa do Povo de Valongo do Vouga, fotografados em 1989, hoje adultos |
É evidente que se tratou de uma actividade de recolhas relacionadas com o Grupo de Folclore da Casa do Povo de Valongo do Vouga, que acabava de ser fundado uns aninhos antes. No mesmo bloco de apontamentos, encontrei algumas quadras, muito populares, porque inventadas pelo povo, que na sua maioria tinham a ver com tradições, com os amores e desamores, com cantigas de escárnio e mal-dizer e outras tantas coisas mais.
Tal como estão, assim as vamos deixar aqui para consulta e conhecimento dos nossos visitadores, não sendo necessário repetir que sendo oriundas de um povo a sua construção tem algumas singularidades que é necessário ter presentes.
Dado o tempo decorrido, não tomámos nota das explicações e das histórias que a tradição sempre traz agregada a estas cantigas e do seu significado.
Se te disserem um segredo
Não o deves revelar.
É de boa educação
Saber ouvir e calar!
Nossa casa é um céu
De verdade, doce lar.
Que Deus nos deu
Há dentro dela uma irmandade
Nossos filhos, tu e eu.
Tratam-se de quadras soltas, creio eu, porque logo a seguir vem uma outra, muito popular e, de algum modo, muito conhecida, que foi assim ditada:
A perdiz anda no monte
Depenica onde quer,
É como o rapaz solteiro
Quer casar não tem mulher.
Por agora, ficamos com estas...
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