SANTO ANTÓNIO - ARRANCADA DO VOUGA
As festas de Santo António, em Arrancada do Vouga, datam de há mais de trezentos anos. A ermida primitiva, onde é venerado, já não existe. Demolida, foi substituída pela actual, mandada construir pela família Souza Baptista.
A animação das festividades, nos tempos de antanho, tinha por características e atracções principais as grandes peças teatrais, baseadas, muitas vezes, nos autos de Gil Vicente, representados por «artistas» do lugar ou da região. Aconteciam também, com alguma frequência, os espectáculos populares conhecidos por entremezes.
À volta das festividades criaram-se hábitos que, de geração em geração, se transformaram em tradições, que ainda há pouco perduravam, mas que a velocidade e voracidade dos tempos que vivemos as fazem decair e esquecer.
Entre algumas tradições são ou foram de alguma importância como, por exemplo, ter sido criado um livro, que passa de comissão em comissão e no qual além de alguns factos significativos, são registados os nomes dos elementos da Comissão de cada ano e, bem assim, as contas respectivas de cada uma das comissões responsável pela festa. Nalguns casos fica ainda ali colada a fotografia dos membros da Comissão do respectivo ano.
Por outro lado, na altura das vindimas, era contratada uma mulher que, de canado à cabeça, ia de porta em porta colher o vinho mosto que cada um tinha prometido e, logo que estivesse cheio, era despejado nas pipas pertenças da capela (ou do santo?), retomando, como é evidente, a actividade de recolha do mosto.
Mas não pára aqui a tradição. Havia ainda a recolha de outras ofertas, que consistia, numa outra altura, irem de porta em porta, entrando em acção os elementos da comissão de festas desse ano que, por via de promessas, recolhiam os pés de porco e as malgas de milho, percorrendo os diversos lugares da freguesia.
Todas estas ofertas ficavam a aguardar até ao dia de Domingo Gordo, em que, tudo reunido, se procedia à sua venda, em leilão, no adro da capela.
Admito que esta tradição possa estar incompleta. Sei também que o nosso conterrâneo Joaquim de Matos Branco, que mora precisamente na Rua de Santo António, nº 3, em Arrancada, tinha feito um trabalho descritivo completo e exaustivo sobre estas tradições, nomeadamente porque é que se passou a realizar a festa em Agosto e não no dia próprio de Santo António, que é, como sabemos, a 13 de Junho.
À volta das festividades criaram-se hábitos que, de geração em geração, se transformaram em tradições, que ainda há pouco perduravam, mas que a velocidade e voracidade dos tempos que vivemos as fazem decair e esquecer.
Entre algumas tradições são ou foram de alguma importância como, por exemplo, ter sido criado um livro, que passa de comissão em comissão e no qual além de alguns factos significativos, são registados os nomes dos elementos da Comissão de cada ano e, bem assim, as contas respectivas de cada uma das comissões responsável pela festa. Nalguns casos fica ainda ali colada a fotografia dos membros da Comissão do respectivo ano.
Por outro lado, na altura das vindimas, era contratada uma mulher que, de canado à cabeça, ia de porta em porta colher o vinho mosto que cada um tinha prometido e, logo que estivesse cheio, era despejado nas pipas pertenças da capela (ou do santo?), retomando, como é evidente, a actividade de recolha do mosto.
Mas não pára aqui a tradição. Havia ainda a recolha de outras ofertas, que consistia, numa outra altura, irem de porta em porta, entrando em acção os elementos da comissão de festas desse ano que, por via de promessas, recolhiam os pés de porco e as malgas de milho, percorrendo os diversos lugares da freguesia.
Todas estas ofertas ficavam a aguardar até ao dia de Domingo Gordo, em que, tudo reunido, se procedia à sua venda, em leilão, no adro da capela.
Admito que esta tradição possa estar incompleta. Sei também que o nosso conterrâneo Joaquim de Matos Branco, que mora precisamente na Rua de Santo António, nº 3, em Arrancada, tinha feito um trabalho descritivo completo e exaustivo sobre estas tradições, nomeadamente porque é que se passou a realizar a festa em Agosto e não no dia próprio de Santo António, que é, como sabemos, a 13 de Junho.
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