A cadela «Coimbra»
Um grupo de amigos caçadores entre 1930-1940 Manuel Rachinhas é o segundo da esquerda, em cima, com «vestimentas» da tropa que se usavam naquele tempo. |
Se aqui fosse a desenvolver as histórias existentes àcerca de caça, desporto apaixonante do conterrâneo Manuel Ferreira Rachinhas, certamente que tínhamos de ocupar alguns «gigabytes» ou «himalaias» de espaço (já estou a ver por aí alguns sorrisos, por causa dos «himalaias»).
Um outro conterrâneo, amigo e antigo companheiro de escola, Avelino dos Santos Gomes, é um alforge sem fundo de histórias de antigamente. Sem querer retirar a primazia a outros, como, por exemplo, o «Pauleta» e o «Grijó». Esta até é muito simples, e sem grande impacto. O certo é que constituía um fenómeno, como animal, sempre fiel ao seu dono.
O ti Manuel Rachinhas tinham uma matilha de cães de caça fantástica. Penso que quem se aborrecia um pouco com isso era a sua mulher, a ti Celeste. Ele chegou a ter no seu quintal, devidamente «arrumadas» e tratadas algumas raposas.
Quando saía para a caça - um cumpridor rigoroso de todas as regraas e licenças, respeitando e protegendo como ninguém a natureza, para que esta lhe viesse a 'fornecer' a matéria para que pudesse praticar este salutar desporto.
Para não alongar e voltando à sua matilha de cães de caça, tinha uma cadela que nunca faltava à chamada quando o ti Manuel se preparava para dar uma volta pelos campos e matos dos arredores de Aguieira, quando não ia para mais longe.
A chamada era feita, do centro do lugar de Aguieira, naquele largo que fica próximo do Largo de S. Miguel. O apito utilizado era inimitável e a cadela, que dava pelo nome de «Coimbra» - que nada tinha a ver com a importante cidade da cultura do Mondego - estivesse onde estivesse, fosse qual fosse a distância, dizia o Avelino, que mal era vista a passar tal a corrida desenfreada que o animal desenvolvia para atender e cumprir tão sublime como responsável chamada para a caça. E após esse apito, apareciam cães de todos os lados, para uma sessão de caça, nem que fosse quase ao fim da tarde.
Tal como qualquer bombeiro, quando ouve a sirene.
Também conheci aquele animal, que merecia mais atenção que os outros animais que por aí andam na vertical....
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