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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Aviões a jacto?! Nem a escola sabia o que era!

O «fenómeno» que aqui conto, era parecido com este. Só que
 este tem quatro motores e deixa quatro rastos de fumo.
O que passou em 1953, tinha um motor e, como tal, só largava
um rasto de fumo, fazendo um desenho geométrico.
(Foto retirada da net)
Efectivamente nos anos 50 do século passado - não se esqueçam que já lá vão doze anos dentro do século XXI - nem as escolas sabiam aquilo que existia para nos poderem, a nós, chamados alunos, explicar o que era, o que existia.
Andava eu na escola primária de Arrancada. É isso mesmo. Naquele local onde agora estão edifícios novos, feitos há pouco tempo.
E andava aqui de volta de uns documentos antigos, quando dou com uma data e uma notícia.
A data era 18 de Abril de 1953. E o facto ocorrido neste dia colocou toda a população da freguesia (e do concelho de Águeda) em autêntica polvorosa.
No céu, aparece ao que hoje chamaríamos o OVNI (Objecto Voador Não Identificado). E esse objecto, cortando os ares, quase não se percebia nem vislumbrava a sua existência. Era pequenino lá no alto do céu.
E andava, andava, mas andava com uma velocidade tal, que nos deixava deslumbrados e aterrorizados. O ambiente era mesmo este. Até as professoras não estavam a achar grande piada àquilo que viam.
Largava um fumo branco, que ficava atrás do OVNI. E o OVNI fez uns circúlos, deixando um desenho muito simétrico e geométrico nos ares. Salvo erro, uma circunferência...
E o problema foi desvendado, disso me lembro.
Passado pouco tempo, chegava a notícia e a explicação para o que se passava. Era um avião a jacto! Isso mesmo, sem tirar nem pôr... um avião a jacto. De tamanho a sair para o pequenito. Mas que cagaceira nos pregou a nós imberbes crianças!
Já adulto, vi alguns deles, ou parecidos. Os FIAT, célebre, eficiente e pequeno aparelho da aviação militar que muito uso tiveram durante o período da guerra colonial.
Era mesmo a jacto. Não lhe foi adpatada nenhuma torneira para andar a jacto, como na história do Raúl Solnado.
Recordo ainda que quem desvendou esse mistério, foi um simples telefonema feito à moda antiga para Coimbra, creio, pela Nandinha (a filha da professora D. Maria Antónia, que todos conhecemos e conhecíamos e mãe  do meu amigo Filipe Vidal), cujo nome próprio é Maria Fernanda Valente Gomes dos Santos, desvendando em poucos minutos o mistério que estava a assustar a comunidade escolar e os habitantes da freguesia e do concelho.
Até os jornais disso fizeram eco e descreveram o acontecimento inédito.
Estamos em crer que foi o primeiro avião a jacto que atravessou os céus de Portugal e, quando chegou a esta região, lá demonstrou as suas capacidades. E os pilotos as suas habilidades...

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