Junta oferece 100 contos!!!
As árvores não morrem de pé: Roubam-nas!
Introdução:
Voltamos ao jornal paroquial «Valongo do Vouga» e terminar esta série de transcrições que foram publicadas na última página deste jornal, do mês de Março de 1997. Os títulos eram mesmo aqueles que acima se inserem. Reparemos no que se dizia:
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A notícia correu célere. Havia que fazer constar, também concordamos.
Não terão sido muitas, mas foram algumas árvores recentemente plantadas e, num ápice, roubadas.
Chegou-se a este cúmulo. Até as árvores servem, bem como pilares de ferro já armado nos balneários do Valonguense, como aqui ja foi noticiado.
A Junta de Freguesia, embora numa região muito frondosa em árvores, aproveitou todos os espaços livres e tratou de plantar várias espécies.
Foram plantadas junto ao apeadeiro de Valongo. No largo fronteiro e de estacionamento junto ao campo «Bastos Xavier». No Calvário de Arrancada, ali mesmo perto da capela de Santo António. Em Valongo em em outros locais. Enfim, foram plantadas algumas centenas de árvores que, mais tarde, serão a beleza desta terra, pois, não sendo rica em outros atractivos, há que a dotar de algo que a projecte para o futuro. E se não há monumentos de impacto e outras coisas naturais (há alguns, modestos, mas com muito valor), existem coisas que o ambiente e nós necessitamos.
Pois é verdade. Arrancaram, roubaram as árvores plantadas!
O facto mereceu notícia em diários, em rádios de âmbito nacional (RR-Canal 1 e RFM). Foi motivo de entrevista na RTP, no dia 23 de Fevereiro passado.
Não sabemos é se alguém já terá recebido as alvíssaras que os membros da Junta se propõem atribuir, no valor de 100 contos, após se terem cotizado entre si.
Vão ser plantadas novas laranjeiras e outras árvores, e vai estar gente atenta a novas investidas de outra gente sem escrúpulos, a quem tudo serve.
Podemos até adiantar que pessoas houve que colaboraram com a Junta no embelezamento das rotundas entretanto levantadas, colocando plantas no centro. Mesmo nisto, passado pouco tempo, as plantaas foram roubadas. Dadas, as plantas pegam na mesma... não era preciso roubá-las, mas apenas pedi-las.
De qualquer forma, caso caricato a merecer mais civismo e respeito pela coisa pública, que é de todos e para a qual todos pagamos.
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Esta notícia, como se percebe, era da minha autoria e, como se disse, foi publicada em Março de 1997. Ainda não há muito tempo!
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