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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Efemérides - 4

Insp. Gomes dos Santos
111 Anos! - 1900-1971

Se pertencesse a este mundo, completaria hoje, dia 9 de Fevereiro, 111 anos após o seu nascimento. Pessoa ilustre e culta no tempo em que desempenhou as funções de professor da instrução primária, e pelo seu próprio pé, como é costume dizer-se, subiu na hierarquia até chegar a Inspector Escolar.
Efectivamente nasceu em 9 de Fevereiro de 1900. Faleceu em 30 de Abril de 1971.
Foram seus filhos o Francisco António, meu colega de escola, que emigrou para o Brasil e lá se tornou num famoso e competente jurista. A Nandinha (Maria Fernanda), como era intimamente conhecida, professora, tal como o pai e a mãe, e o Dr. Arménio, professor do ensino secundário.
Era casado com a D. Maria Antónia Valente, também professora e de quem ficou viúvo em 23 de Setembro de 1953, frequentava eu a quarta classe. Não interessa mencionar, agora, o drama que foi aquele dia e ano.
Uma família que quase toda ela enveredou pelas carreiras dos seus progenitores.
De oratória fácil e fluente, como o ouvi por vezes, foi ainda, de acordo com as possbilidades do seu trabalho profissional, autor de alguns livros, a saber:
- Prontuário Escolar (quando não se falava em prontuários).
- «O último romântico», livro de poemas.
- «Da educação e do ensino».
- «Ao redor do globalismo» ou «Análise e Crítica dos métodos de leitura global».
- «Por Bem da Língua».

Este último faz parte da «minha biblioteca». Foi ainda colaborador em jornais, nomeadamente «O Correio do Vouga», o «Litoral», ambos de Aveiro e no jornal «Soberania do Povo» de Águeda. Era dotado de uma cultura invulgar e de uma dedicação extrema à educação e ao ensino. Por isso, um Valonguense que aqui queremos recordar.

*****

Este livro foi editado em 1960, na Gráfica das Taipas, da Rua das Taipas, 10 - Porto. Dele retiro alguns passos, descritos logo nas primeiras páginas, e não podendo retirar tudo o que queria, deixo estas citações:

«Escrito de pé, por não ter tempo para me sentar, eu gostaria de que ele ficasse sempre de pé, solícito em vos ajudar nas vossas dúvidas e, sobretudo, em vos entusiasmar nos vossos e nossos bons ptropósitos.»

E na página sete, onde tem algumas dedicatórias, retiramos esta que a consideramos mais expressiva.
«As Letras são um ramo da Educação Nacional.
Umas de proveniência particular; outras de iniciativa oficial.
Este ensaio, à guisa de aperitivo, é voluntário e particular, mas, intencionalmente, é prolongamento da minha função de Inspector do Ensino Primário, orientador de dois mil agentes de ensino, desde as rudes escarpas do Douro, quase às bucólicas margens do Mondego.»

Aqui temos uma imagem adequada das suas funções e da área que lhe cabia em sorte de competências. Hoje, nada disto é assim. Mudou muito o ensino e a educação oficial... e até particular.

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