Três poemas e cinco textos sobre a morte e esperança cristãs
Como já disse num post anterior sobre este tema, parece que só nos lembramos dos mortos e da morte nesta época. Não sei porquê... os nossos mortos, na minha opinião, devem ser lembrados diariamente. Faz melhor a nós e à alma dos nossos mortos uma oração simples, do que todas as manifestações exteriores que apenas servem para «mostrar» sentimentos que às vezes não correspondem...
A propósito, transcrevo do tal mail que recebo diariamente uns excertos sobre este assunto. Dizem assim:
«Estranhamente, a luz ténue da esperança cristã apresenta duas facetas paradoxais, em relação à morte. Por um lado, surge como salvação da morte e, nesse sentido, como condenação da morte, enquanto o que de pior pode acontecer aos humanos – e que é experimentado, sobretudo, na morte do outro que amamos; por outro lado, o caminho da esperança cristã só é possível através da morte, isto é, depois de dita a penúltima palavra sobre nós, pois é essa palavra que coloca um ponto final na nossa vida terrena e, desse modo, torna essa vida completa – mesmo que, na nossa perspetiva, pareça estar sempre incompleta. Ou seja, cada um de nós só será ele mesmo, sem mais possibilidade de alterar a sua identidade, quando morrer, por mais breve que seja o seu tempo de vida. Assim, a morte é inevitável, não apenas de facto – todos sabemos que morreremos – mas, em certo sentido, de direito – somos seres biologicamente finitos e, para o «encerramento» do nosso processo de construção da identidade pessoal, temos que morrer.»
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