Na época, como hoje, a condução de negócios é feita também por pessoas fluentes e conhecedoras da matéria. Foi o caso do Vale do Vouga. Eram engenheiros franceses dos caminhos-de-ferro, empreiteiros da construção civil, fabricantes de material de tracção (locomotivas), construtores de carruagens. Era um conjunto de áreas de actividades, todas elas direccionadas e interessadas no que o caminho-de-ferro lhes perspectivava. E foi assim, durante os últimos cerca de 20 anos do século XIX.
Era uma perspectiva lucrativa o investimento no caminho-de-ferro. Todas aquelas actividades andavam com bastante azáfama na construção de algumas linhas que pudessem servir algumas partes do país que até ao momento não desfrutavam desta via de comunicação.
Em 1906, a Compagnie Francaise pour la Construction e l’Exploration de Chemins de Fer à l’Étranger, (a Companhia que construiu o Vale do Vouga) era formada por um consórcio de homens de negócio de origem francesa e belga. Entre eles destacaram-se nesta construção, M. Chatelier (chefe da firma que construía locomotivas, chamada Societé Française de Constructions Mechaniques) e François Mercier, engenheiro civil, que foi o principal obreiro e grande impulsionador na finalização do projecto do Vale do Vouga.
O seu empreendedorismo já tinha sido demonstrado em França, no Réseau Breton, com a construção de uma linha, de bitola estreita (1m de largura), na extensão de 485 Kms., para a Companhia do Oeste. Por isso, foram surpreendentemente semelhantes determinadas obras aplicadas e construídas ao longo da linha. É o caso do edifício das estações, que eram em tudo idênticas.
Este engenheiro foi acolitado pela competência de outras pessoas, que não ficaram esquecidas nos anais da história do Vale do Vouga, como foi o caso dos engenheiros Chatard e Lestang. A construção foi rápida e teve por base a experiência vivida em França, na Réseau Breton. Os carris, pesando cerca de 25 Kgs/m foram importados do sul de Gales e foram construídos, como se via nas suas laterais, por Richard Thomas e Co. A história menciona outros aspectos técnicos dos carris, havendo alguns preservados em Macinhata do Vouga (que rolaram em 1910), sendo substituídos por outros de 35Kg/m, menos curvados que os primeiros.
Era uma perspectiva lucrativa o investimento no caminho-de-ferro. Todas aquelas actividades andavam com bastante azáfama na construção de algumas linhas que pudessem servir algumas partes do país que até ao momento não desfrutavam desta via de comunicação.
Em 1906, a Compagnie Francaise pour la Construction e l’Exploration de Chemins de Fer à l’Étranger, (a Companhia que construiu o Vale do Vouga) era formada por um consórcio de homens de negócio de origem francesa e belga. Entre eles destacaram-se nesta construção, M. Chatelier (chefe da firma que construía locomotivas, chamada Societé Française de Constructions Mechaniques) e François Mercier, engenheiro civil, que foi o principal obreiro e grande impulsionador na finalização do projecto do Vale do Vouga.
O seu empreendedorismo já tinha sido demonstrado em França, no Réseau Breton, com a construção de uma linha, de bitola estreita (1m de largura), na extensão de 485 Kms., para a Companhia do Oeste. Por isso, foram surpreendentemente semelhantes determinadas obras aplicadas e construídas ao longo da linha. É o caso do edifício das estações, que eram em tudo idênticas.
Este engenheiro foi acolitado pela competência de outras pessoas, que não ficaram esquecidas nos anais da história do Vale do Vouga, como foi o caso dos engenheiros Chatard e Lestang. A construção foi rápida e teve por base a experiência vivida em França, na Réseau Breton. Os carris, pesando cerca de 25 Kgs/m foram importados do sul de Gales e foram construídos, como se via nas suas laterais, por Richard Thomas e Co. A história menciona outros aspectos técnicos dos carris, havendo alguns preservados em Macinhata do Vouga (que rolaram em 1910), sendo substituídos por outros de 35Kg/m, menos curvados que os primeiros.
A CRISE, SEMPRE A CRISE !!!
Houve uma certa urgência para completar a primeira secção do caminho-de-ferro, a que não foi alheia alguma falta de capital. E isto originou atrasos, quer de construção, quer de material que tinha sido encomendado. Como este material não apareceu e por conselho dos construtores franceses de locomotivas, foi feita uma aproximação aos alemães (Berlim) da Borsig que forneceram quatro locomotivas desmontadas, para serem posteriormente montadas em Espinho. Mas os técnicos do Vale do Vouga, tiveram alguma dificuldade em pô-las a funcionar em tempo útil.
Mas, finalmente, a linha estava pronta para serviço público entre Espinho e Oliveira de Azeméis a partir de 21 de Dezembro de 1908. O troço entre Oliveira de Azemeis e Albergaria-a-Velha foi aberto à exploração em 30 de Setembro de 1909. Em 1 de Dezembro de 1909 era aberta provisória e temporariamente uma estação em Albergaria-a-Velha e, a partir daí, para Sernada do Vouga, incluindo os dois túneis em Minhoto e Açores, a 10 de Setembro de 1910. Há documentos que colocam a ligação entre Albergaria-a-Velha-Sernada-Aveiro em 8 de Setembro de 1911.
Bibliografia:
-O Vale do Vouga (Rosa Gomes-Agosto de 1995, funcionária da CP, área museológica)
-Vouguinha - Ontem e Hoje (Stuart Lester Rankin e Alexandre Cardoso)
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