Como se disse antes, em 23 de Novembro de 1908, o rei D. Manuel II inaugurava a linha férrea do Vale do Vouga, cujo troço inicial ia apenas até Oliveira de Azeméis.
A sua inauguração correspondia a um desejo manifestado pelo pai de D. Manuel II, o rei D. Carlos, assassinado, como se sabe, em Lisboa, em 1 de Fevereiro daquele ano. Os trabalhos continuam e é iniciada a sua exploração até à estação de Sernada do Vouga em 1911.
A linha havia de continuar até Viseu, mas vai apenas de Sernada a Vouzela e Bodiosa a Viseu, em 1913; de Vouzela a Bodiosa, em 1914.
Também como antes se referiu, em Fevereiro de 1909 é aprovado o projecto de construção do ramal de Aveiro, ligando a estação de Aveiro à linha do Vale do Vouga em Sernada. Este ramal é concluído em Setembro de 1911. Quer dizer que daqui a dois anos passa-se o centenário da utilização efectiva do ramal de Aveiro, que particularmente nos diz respeito.
Cabe aqui referir um facto, que não conseguimos confirmar, apesar das pesquisas realizadas. É que constava-se (e creio que corresponde a alguma realidade) que a linha do norte teria sido projectada para passar próximo do nosso concelho (Águeda), mas por influência do grande aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães, este consegue fazer o “desvio” e levar a via larga para a sua cidade.
E pelo que se constava, teve de travar um grande pleito com o Dr. Manuel Homem de Mello da Câmara (Conde de Águeda), por causa da linha férrea quando este pugnava para que obra de tal importância viesse a beneficiar o seu concelho, que, como se sabe, residia na freguesia de Valongo do Vouga, lugar de Aguieira, na Quinta de Aguieira, hoje propriedade de Sociedade Agrícola da Quinta da Aveleda, SA, com sede em Penafiel.
Sobre José Estêvão, apenas conseguimos obter via Internet, da Wikipédia, este pormenor que fala no caminho-de-ferro. “José Estêvão tinha declarado em vida que desejava que o seu cadáver fosse sepultado em Aveiro, junto de seu pai. Passados dois anos sobre a sua morte (em 4 de Novembro de 1862) e inaugurada a linha férrea, pela qual tanto se batera, o corpo do grande tribuno chegou a Aveiro no dia 16 de Maio de 1864, a bordo de um comboio especial, e foi sepultado no cemitério daquela cidade, em jazigo que ele próprio mandara ali construir, tendo-lhe sido erigido, por subscrição pública nacional, um monumento fúnebre no local.”
Por este resumo relacionado com o caminho-de-ferro, é perfeitamente admissível a “intromissão” de José Estêvão no problema da linha férrea de via larga. Se alguém que nos visite tenha elementos que nos possam confirmar a hipótese antes referida, agradecemos contacto.
Ficamos por aqui, como tínhamos prometido. A seguir voltaremos a abordar outros factos sobre a linha do Vale do Vouga, após o aniversário dos 100 anos da sua inauguração, nomeadamente nas automotoras construídas em Sernada e num grave acidente, além de outros, ocorrido numa passagem de nível sem guarda, em Aguieira.
A sua inauguração correspondia a um desejo manifestado pelo pai de D. Manuel II, o rei D. Carlos, assassinado, como se sabe, em Lisboa, em 1 de Fevereiro daquele ano. Os trabalhos continuam e é iniciada a sua exploração até à estação de Sernada do Vouga em 1911.
A linha havia de continuar até Viseu, mas vai apenas de Sernada a Vouzela e Bodiosa a Viseu, em 1913; de Vouzela a Bodiosa, em 1914.
Também como antes se referiu, em Fevereiro de 1909 é aprovado o projecto de construção do ramal de Aveiro, ligando a estação de Aveiro à linha do Vale do Vouga em Sernada. Este ramal é concluído em Setembro de 1911. Quer dizer que daqui a dois anos passa-se o centenário da utilização efectiva do ramal de Aveiro, que particularmente nos diz respeito.
Cabe aqui referir um facto, que não conseguimos confirmar, apesar das pesquisas realizadas. É que constava-se (e creio que corresponde a alguma realidade) que a linha do norte teria sido projectada para passar próximo do nosso concelho (Águeda), mas por influência do grande aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães, este consegue fazer o “desvio” e levar a via larga para a sua cidade.
E pelo que se constava, teve de travar um grande pleito com o Dr. Manuel Homem de Mello da Câmara (Conde de Águeda), por causa da linha férrea quando este pugnava para que obra de tal importância viesse a beneficiar o seu concelho, que, como se sabe, residia na freguesia de Valongo do Vouga, lugar de Aguieira, na Quinta de Aguieira, hoje propriedade de Sociedade Agrícola da Quinta da Aveleda, SA, com sede em Penafiel.
Sobre José Estêvão, apenas conseguimos obter via Internet, da Wikipédia, este pormenor que fala no caminho-de-ferro. “José Estêvão tinha declarado em vida que desejava que o seu cadáver fosse sepultado em Aveiro, junto de seu pai. Passados dois anos sobre a sua morte (em 4 de Novembro de 1862) e inaugurada a linha férrea, pela qual tanto se batera, o corpo do grande tribuno chegou a Aveiro no dia 16 de Maio de 1864, a bordo de um comboio especial, e foi sepultado no cemitério daquela cidade, em jazigo que ele próprio mandara ali construir, tendo-lhe sido erigido, por subscrição pública nacional, um monumento fúnebre no local.”
Por este resumo relacionado com o caminho-de-ferro, é perfeitamente admissível a “intromissão” de José Estêvão no problema da linha férrea de via larga. Se alguém que nos visite tenha elementos que nos possam confirmar a hipótese antes referida, agradecemos contacto.
Ficamos por aqui, como tínhamos prometido. A seguir voltaremos a abordar outros factos sobre a linha do Vale do Vouga, após o aniversário dos 100 anos da sua inauguração, nomeadamente nas automotoras construídas em Sernada e num grave acidente, além de outros, ocorrido numa passagem de nível sem guarda, em Aguieira.
Na foto:
Dois aparelhos de comunicação utilizados na altura,
em exposição no Museu Ferroviário de Macinhata
do Vouga. A linha telefónica era privada e seguia ao
longo da via férrea.
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