O azeite roubado
A colheita da azeitona
Dos alfarrábios bibliotecários amarelecidos, encontramos duas notícias na Soberania do Povo de 27 de Novembro de 1943, quando, por outros motivos, na Biblioteca Municipal Manuel Alegre, andávamos na pesquisa de elementos sobre outro assunto. E essas notícias, que transcrevemos, com a devida vénia àquele semanário, eram do seguinte teor:
Valongo do Vouga
8 de Novembro
Os gatunos entraram na igreja matriz e roubaram parte do azeite destinado à lâmpada do SS. (Santíssimo Sacramento)
15 de Novembro
Nesta região está quase concluída a apanha da azeitona, que é animadora. Oxalá que a boa farturinha venha a produzir apreciáveis efeitos. O lagar de azeite de Arrancada, que, segundo dizem, é o que nesta área maiores rendimentos dá ao lavrador, graças aos modernos maquinismos de que é provido e à conscienciosa maneira como é dirigido, encontra-se em plena laboração.
A primeira, na época de quarenta, séc. XX, demonstra que o móbil do crime era um. Se fosse hoje, certamente que não tinha interesse o azeite.
Na segunda notícia, o que fica destacado era o lagar de azeite de Arrancada, cuja montagem, cremos, foi da responsabilidade do sr. Manuel de Bastos Xavier e que laborou durante muitos anos, até a azeitona ter desaparecido. Actualmente, já vai aparecendo novamente em certas quantidades, que, nalguns casos, já justifica a sua colheita.
O autor destas notícias era António Rosa da Silva Magalhães, de Fermentões.
Sem comentários:
Enviar um comentário