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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

As Meninas Mascarenhas

O LIVRO - LXVI

D. Maria II, em gravura da Wikipédia.
Coroada em 11 de Julho de 1828, teve um
reinado desde 26 de Maio de 1834 a 15 de
Novembro de 1853.
A narrativa desta história tem um interlúdio centrado na passagem da rainha por Vouga, para depois entrar numa descrição histórica, relacionada com a política que o país vivia, e que se descreve no próximo post.
A passagem da rainha foi pela estrada real de Vouga, na ponte que ruiu há pouco tempo, em direcção ao Porto.
Estas festas reais foram invocadas para desculpabilizar a família de Torredeita e de Aguieira. Aguieira falou nelas. Torredeita também falou. Mas interrogava-se: Qual das partes foi mais hábil e mais feliz?
Joaquim Álvaro sentia-se seguro e certo que tinha o êxito das suas intenções assegurado, de que se falava muito. Dizia-se que ele desejava casar com a sua cunhada Casimira, logo que esta atingisse a idade legal de contrair matrimónio, por corresponder ao pensamento intimo  de seu falecido primo, o fidalgo do Sobreiro.
Este, Joaquim Mascarenhas, se tinha ordenado a aliança do primo com sua filha mais velha, certissimamente havia de querer que se realizasse o casamento de sua filha mais nova, morta a primogénita, e malograda a união que tanto recomendara no seu testamento.
Com este tipo de boas reflexões, Joaquim Álvaro, logicamente, parece que se podia defender bem das acusações que lhe iam ser feitas. Tendo o sobrinho Dr. Guilherme Teles à frente da administração do concelho de Vouga, pensava considerar-se intangível na sua segurança individual e na defesa dos seus direitos de tutor.
Por isso sossegou e limitava-se a entreter, por intermédio da irmã, a expectativa de uma conciliação, em que ele mesmo não acreditava. Ele bem sabia que por trás de D. Maria Carolina, a mãe das órfãs, estavam seus irmãos, que a aconselhavam e dirigiam, mas nunca supôs que um golpe audacioso viesse perturbá-lo no seu descanso e no trato dos negócios da sua casa.
Tinha terminado o período sangrento da luta civil. A paz reinava, enfim, em Portugal.
A partir daqui inicia-se a descrição histórica das lutas e da situação política referida no início.

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